Além de não trazer uma genealogia, como é normal no caso de um servo, tudo no Evangelho de Marcos aponta para aquele que “embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou
Leitura: Marcos1:1-8
Além de não trazer uma genealogia, como é normal no caso de um servo, tudo no Evangelho de Marcos aponta para aquele que “embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.” (Fp 3:6-7). Aqui não existe um relato detalhado do nascimento de Jesus e nem da homenagem prestada pelos sábios do Oriente. É um Evangelho breve e sem grandes diálogos, que é o que se espera de um Servo que mais faz do que fala. Por isso você encontra aqui mais ações do que ensinos. Um versículo resume o espírito deste Evangelho: “O próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. (Mc 10:45).
O autor deste Evangelho é também um exemplo de como Deus escolhe o mais improvável servo para ser útil aos seus propósitos. Quem escreve é o mesmo João Marcos mencionado em Atos 12:12, que falhou em sua carreira de discípulo ao se tornar o pomo de discórdia entre Barnabé e Paulo no incidente de Atos 15:36-40. Mas Deus, em sua infinita graça e misericórdia, nos mostra um Marcos restaurado em 2 Timóteo 4:1, quando Paulo escreve a Timóteo a seu respeito, dizendo: “Traga Marcos com você, porque ele me é útil para o ministério.” Um servo contrito foi quem Deus escolheu para ser o autor do Evangelho do Servo sofredor.
Mas, enquanto olhamos para Jesus como Servo neste Evangelho, somos surpreendidos pelas profecias que Marcos utiliza para apresentar a missão de João Batista: “Enviarei à tua frente o meu mensageiro; ele preparará o teu caminho — voz do que clama no deserto: Preparem o caminho para o Senhor, façam veredas retas para ele”. (Mc 1:2-3). As citações são de Malaquias 3:1 e Isaías 40:3, e dizem explicitamente que a missão do mensageiro João Batista seria a de preparar “o caminho de Jeová”.
Portanto, ao acompanhar o humilde Jesus neste Evangelho tenha em mente que ele é o mesmo Jeová, cuja vinda Isaías previu com estas palavras: “Assim diz Jeová, o Rei de Israel, o seu Redentor, o Jeová dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último; além de mim não há Deus.” (Is 44:6). Jesus, que é Redentor e Rei, mais tarde diria a João em Apocalipse 1:17: “Não tenha medo. Eu sou o primeiro e o último”. E Paulo, em seu ‘evangelho explicado’, que é a carta aos Romanos, usaria a mesma expressão do profeta Joel para falar de Jesus: “Todo aquele que invocar o nome do Jeová será salvo” (Jl 2:32; Rm 10:13).
Fonte: Evangelho em 3 Minutos
Divulgação: Eismeaqui.com.br
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