Destaques Teologia

Um Novo Cântico

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Autor: Paul Proctor

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Parte 1

Rick Warren escreveu em um artigo recente publicado em www.Pastors.com que “Não existe música cristã. O que existe são letras cristãs”, implicando que toda e qualquer música é aceitável para a adoração contanto que as letras sejam “cristãs” — seja lá o que isso signifique. Eu diria ao pastor Warren que se o grupo AC/DC fornecesse a música de adoração em sua igreja na próxima manhã de domingo, poucos de seus membros e freqüentadores seriam capazes de se certificarem se as letras eram “cristãs” ou não devido ao nível de decibéis estridente criado somente pela instrumentação. Minha pergunta é: Sob essas circunstâncias, que diferença as letras fariam?

Na consideração dos “estilos musicais” julgados apropriados ou não para a igreja e a adoração, muitos acreditam hoje que a música, separada de sua letra, é amoral — o que quer dizer que ela não é nem boa nem má. Geralmente, essas são as mesmas pessoas que aceitam a noção humanista de que não existe nenhum absoluto — que o mundo em que vivemos não é nem preto nem branco, mas somente cinzento e relativo. O fato é que a música é uma obra, uma realização, uma ação e um produto da iniciativa humana que pode ser tão moral ou imoral quanto aquele que a executa. Os “progressistas” de hoje dentro do Movimento de Crescimento de Igreja orientado para resultados e sensível aos buscadores, que está atualmente espalhando seus métodos na corrente dominante da vida da igreja, gostariam de nos fazer reconsiderar o que é bom e mau para a adoração e ao mesmo tempo sugerir que é vontade de Deus para você e para mim experimentarmos coisas novas e emocionantes simplesmente por que nunca as experimentamos antes. Isso soa como a lógica da serpente para mim. E, a propósito, pode alguém do novo paradigma me mostrar onde a Bíblia incentiva a experimentação em questões espirituais? Engraçado, eu sempre pensei que era obediência que Deus queria.

Certamente, o Senhor não deu nenhum mandamento que diga “Não tocarás Rock and Roll na igreja aos domingos”, mas também não disse “Não realizarás os serviços da igreja no meio de um cruzamento movimentado”. Algumas coisas são realmente óbvias.

Tendo saído de uma vida de tocar muitos estilos musicais profissionalmente, eu tinha a mesma mentalidade pragmática que os aderentes do Movimento de Crescimento de Igrejas. Francamente, tal atitude é muito comum entre os músicos. Cedo em minha caminhada cristã, tentei incorporar meus gostos barulhentos e exóticos em música em minha vida cristã, não percebendo naquele tempo que os dois eram em grande parte incompatíveis — que, na realidade, meu “gosto musical” tinha um efeito adverso em minhas atitudes e comportamento como cristão. Infelizmente, eu era demasiado egoísta e imaturo para aceitar isso.

A música é muito parecida com o álcool e as drogas. Ela pode ser muito enganadora e destrutiva quando mal empregada e pode distorcer as emoções, o raciocínio, o julgamento, a perspectiva e o comportamento da pessoa. A pressão dos pares somente piora as coisas. A música, com ou sem letras, pode ser uma força muito poderosa em nossas vidas. A razão é que os instrumentais sozinhos podem produzir lágrimas nos olhos ou gritos de uma multidão antes mesmo que uma única palavra seja cantada. Do mesmo modo, outras emoções podem facilmente ser despertadas por melodias e por ritmos sem letras tendo com resultado a alegria, a felicidade, o entusiasmo, a ira, a amargura, a depressão e a raiva. Dizer que a música sem letras é amoral é como dizer que a música sem letras não mexe com as emoções. É um absurdo.

Como Kimberly Smith escreveu em seu livro: Let Those Who Have Ears To Hear (Quem Tem Ouvidos, Ouça), a música tem uma mensagem própria, independente da letra. Se você duvidar disso, observe o que as pessoas fazem em uma multidão quando músicas em volume alto e com batidas fortes são tocadas. Sob o poder e a influência da música e das batidas, elas moverão os braços, pernas, pés, mãos, quadris, cabeças, pescoços, dedos e mesmo seus rostos de formas como NUNCA fariam em uma sala silenciosa ou em um salão de igreja repleto de pessoas. Observe então ao que elas fazem quando a música suave e delicada é tocada. Elas se tornam tão tranqüilas e delicadas quanto a música. Não são as palavras que compelem nossos corpos a responder. É a música. Por quê? Porque, OUTRA VEZ, a música tem uma mensagem própria — uma mensagem estimuladora que pode ou não ser consistente com as palavras que estão sendo cantadas.

Combinar mensagens gentis, amáveis e evangélicas com música alta, agressiva, raivosa ou sugestiva somente confunde o ouvinte no sentido de justificar e aceitar quaisquer sentimentos, emoções, pensamentos e atitudes que possam surgir. Embalar a música sensual ou romântica com letras preenchidas com graça e mensagens amáveis meramente disfarça o perigo de enganar e desarmar um ouvinte que normalmente teria discernimento, e levá-lo a aceitar o inaceitável — freqüentemente resultando em confusão, dissipação, desapontamento e derrota. É como dizer que é aceitável beber muito álcool contanto que esteja misturado com suco de fruta. A verdade é que os efeitos intoxicantes do álcool sempre se sobreporão e anularão quaisquer benefícios à saúde que o suco puder oferecer.

O volume em que a música é tocada é outra área em que os limites devem ser colocados para facilitar a adoração. Exceder esses limites pode ser não somente contra produtivo, mas também muito perigoso. Aprendi muito tempo atrás que quanto mais alta e mais agressiva era a música em meu carro, mais rápido, mais agressiva e mais irrefletidamente eu dirigia. Não é nada diferente no trabalho, em casa, na escola ou na igreja. Se a música errada é tocada na adoração OU mesmo se a música certa for tocada da maneira errada, todos os efeitos positivos serão perdidos. Mesmo uma boa canção pode ser tocada tão ruidosamente em uma sala cheia de pessoas que elas são forçadas a tapar seus ouvidos e correr para fora, provocando uma circunstância conhecida como a “Síndrome do Lutar ou Voar”. Exatamente como todos têm seu próprio gosto em música, todos têm seu próprio ponto inicial de tolerância com relação ao volume. Respeitar os limites e ter consideração altruísta pelos outros são essenciais em agradar a Deus, não somente na vida diária, mas também na adoração na igreja aos domingos. É por isso que os princípios bíblicos de moderação e humildade são sempre apropriados.

Você sabia que música em um volume alto é tão insalubre que com o tempo, pode prejudicar seu sistema imunológico e danificar permanentemente o desempenho das glândulas supra-renais e causar mais tarde diversos problemas físicos e emocionais na vida — desde depressão até fadiga e alergias, pressão alta, dor nas juntas, fraqueza muscular, constipação e muito mais — ALÉM de deixá-lo surdo? Sendo esse o caso, você consideraria que o Rock cristão ser executado domingo na igreja a 110 decibéis seja bom ou mau? Algo assim torna o assunto da letra cristã irrelevante, não é?

Embora existam muitas maneiras para julgar qual música é apropriada para a adoração, depois de muito estudo, muita reflexão e muita oração, cheguei à conclusão que a música de alguém, assim como o caráter da pessoa é definido melhor pela atitude. Nossa música de adoração transmite o fruto do Espírito conforme delineado nas Escrituras ou incentiva e celebra nossa natureza pecaminosa e os impulsos da carne?

“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei.” [Gálatas 5:22-23].

Procuramos adorar ao Ancião de Dias com nossa música ou tentamos estimular, gratificar e entreter a nós mesmos usando o que quer que traga o maior número de pessoas e os mais altos aplausos? Nossa música exalta um Deus que não é dado à celebridade, modas, apetites ou devaneios ou serve para exaltar algo ou alguma outra pessoa mais? Nosso cântico louva ao servo sofredor, a Cristo, que foi crucificado e que ressuscitou, ou uma cultura que contemporiza com a lascívia e a vaidade? Estamos oferecendo o cântico a Deus ou aos homens? Nosso canto é diferente das cantigas do mundo ou, com exceção das letras, é quase a mesma coisa? Se nosso estilo de vida for como nosso estilo musical, em nada diferindo do estilo do mundo, que diferença farão as letras “cristãs”?

O Salmo 33:3 diz: “Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo.”

Muitas das personalidades do Movimento de Crescimento de Igrejas e da Música Cristã Contemporânea de hoje tentarão persuadi-lo que o salmista quer dizer nesse verso que devemos descartar os hinos antigos, os estilos antigos, os modos antigos, os instrumentos antigos, os músicos antigos e os cantores antigos e tocar somente aquilo que for mais recente e em volume mais alto na música cristã contemporânea, seja Rock, hip hop, grunge, metal, jazz, R & B, ou o que quer que faça as pessoas se SENTIREM BEM e os céus se abalarem.

Ou estava o salmista, em vez disso, nos encorajando a cantar sem sentir vergonha de nossa nova vida em Cristo — uma caminhada cheia do Espírito Santo, em arrependimento, fé, humildade e sacrifício, crucificando a carne diariamente em obediência, disciplina, dedicação, perseverança, gratidão e louvor?

Parte 2

“Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo; O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” [Tito 2:13-14].

O que é adoração? Conforme compreendo, adoração é vir diante do Senhor como um povo santo e peculiar, em obediência, humildade, reverência, arrependimento e fé com uma atitude da gratidão, para cantar louvores e glorificar Seu nome, ouvir Sua palavra, e honrá-lo com o todo nosso ser por tudo o que Ele é e pelo que tem feito.

Ao contrário das tendências populares, adoração NÃO é se reunir com todos para festejar em nome de Jesus e nos sentirmos bem conosco mesmos com música e psicoterapia intoxicante.

Claramente, o Senhor não quer que aqueles que são seus pareçam, ajam, e soem como cada outro pecador na rua. Ele quer que sejamos diferentes, distintos, santificados e santos de modo que todos saibam que pertencemos a Ele e não ao mundo. Mas, se formos indistinguíveis do mundo, seremos piores do que inúteis; seremos um insulto e um embaraço e estaremos demonstramos que não somos Dele de forma alguma.

Por que, então, sob o pretexto do pragmatismo, temos nos dedicado a fazer a igreja se parecer, agir e soar exatamente como o mundo não transformado, não arrependido e não regenerado ao nosso redor — basicamente enchendo nossas fortalezas com o inimigo para fazer com que eles se SINTAM como aliados? Como isso glorifica a Deus e propaga o evangelho do arrependimento e da fé em Cristo? Não é a proclamação da nossa transformação e redenção de um estado de perdição e de morte espiritual para sermos uma “nova criatura” [2 Coríntios 5:17] aquilo que o salmista quis dizer com “cantai-lhe um cântico novo…” — para mostrar ao mundo que somos agora um “povo peculiar”, separado para Deus, e para Ele unicamente?

Assim, quem está aprendendo a cântico de quem aqui? Quem está fazendo de quem um prosélito?

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” [1 Pedro 2:9].

Será que estamos agora receosos de sermos “peculiares” — com vergonha de quem somos e a quem pertencemos? Estamos mais confortáveis parecendo como uma meretriz do que como uma noiva? Se for assim, não negamos a Cristo com nossa desobediência?

“Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus” [Mateus 10:33].

Não é bastante DIZER apenas que somos Dele e CONTAR ao mundo que somos diferentes. Deve ser evidente em TUDO que pensamos, dizemos e fazemos; caso contrário, somos mentirosos, hipócritas e zombadores de Deus — ouvintes da Palavra, mas não praticantes.

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” [Mateus 7:21].

Em um artigo recente publicado em www.Pastors.com, Rick Warren, autor de Uma Igreja com Propósitos e Uma Vida com Propósitos, foi citado dizendo: “Acredito que uma das principais questões para a igreja no futuro será como iremos alcançar a geração seguinte com nossa música.”

Ele disse “alcançá-los com NOSSA MÚSICA”? É o que as gravadoras e as estrelas do Rock fazem! É isso que Jesus nos mandou fazer? É isso que transforma pecadores da velha vida para a nova — “NOSSA MÚSICA”? Jesus levava uma banda para ajudá-lo a atrair as multidões e de forma que pudesse “alcançar” sua geração com uma música? Se for a música que nos traz ao arrependimento e à fé, por que Jesus não escolheu doze músicos de alto nível para serem seus apóstolos e apenas cantar para nós? Por que gastar tanto tempo discursando sobre a vontade de Deus? É por que naquele tempo eles não tinham amplificadores e eletricidade para lhes fazer “sentir a música”?

Você não tem ouvido falar e visto as pesquisas? As preleções são chatas e deixam as pessoas impacientes e pouco à vontade. Assim, Jesus fez a coisa de forma errada? De acordo com o novo paradigma, sim. Hoje, em vez de aulas e preleções, temos muitos pequenos grupos de discussões sobre nossos sentimentos e opiniões na igreja para ajudar a facilitar a interação e construir melhores relacionamentos uns com os outros.

Veja: a implicação aqui é que precisamos de mais terapia — e não de teologia. É nisso que Rick Warren, Bill Hybels, George Barna, C. Peter Wagner e todos os demais líderes do Movimento de Crescimento de Igrejas querem que você acredite. Mas o que os sentimentos e as opiniões humanos têm a ver com a proclamação da Palavra de Deus? O que é mais importante: que cheguemos a um consenso e nos liguemos um ao outro emocionalmente (Dialética Hegeliana) ou que obedeçamos a Palavra de Deus mesmo se ninguém mais ao nosso redor obedecer?

Você vê o que estão instruindo a igreja a fazer aqui? Reconhece a mudança de paradigma? Não proclame a Palavra de Deus (preleção/pregação/ensino, etc.). Vamos, em vez disso, “focar o grupo”, nossos SENTIMENTOS e OPINIÕES. E tenha SEMPRE muita música sensual para ajudar a facilitar a transição da didática à dialética. Vejam amigos; atrás disso tudo está uma ênfase na MÚSICA — não na Palavra de Deus. Assim, agora diga para mim: a mensagem mudou?

“De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” [Romanos 10:17].

A música, não obstante o “estilo”, o volume, o compasso ou a instrumentação, simplesmente não pode realizar o que faz a proclamação da Palavra de Deus. Ela poderia atrair e prender a atenção de uma multidão maior do que faria uma preleção, deixar todos em pé aplaudindo e ajudar todos a se SENTIREM bem consigo mesmos, mas se um pecador perdido e condenado ao inferno, não se importar com a Palavra de Deus, não há uma canção no mundo que o pode salvar. Ele pode até gritar “Jesus, Jesus!!” a plenos pulmões durante o número de encerramento da banda, mas duvido seriamente que tomará sua cruz e seguirá a Cristo quando a música parar e os tempos trabalhosos chegarem — o que me traz à pergunta controversa: O que fazem afinal estes momentos cheios de paixão induzidos pela música nos serviços dos buscadores — ensinam a obediência à Palavra de Deus ou manipulam as emoções e o comportamento das massas na cooperação comum?

Dirigindo-se aos seus ouvintes na Universidade Liberdade, Warren disse aos jovens apenas o que eles queriam ouvir: “Livrem-se do órgão” e “Acelerem o compasso da música”, adicionando, “A mensagem não muda, mas os métodos sim”.

Ele disse à multidão de ouvintes: “Vocês podem deixar mais pessoas loucas de raiva com música do que com qualquer outra coisa na igreja”. Tudo bem — esta então é sua “visão”, pastor — deixar as pessoas mais velhas loucas de raiva na igreja até que saiam e possamos enfim ter bons momentos? Não é por isso que os adolescentes rebeldes gostam quando seus pais viajam — para que possam aumentar o volume da música, virar a casa de cabeça para baixo e trazer todos os seus amigos para festejarem à vontade? Alguém vê similaridades aqui? O que estamos encorajando e acomodando na igreja com esse tipo da atitude?

Em muitas igrejas reinventadas em todo o país, isto é EXATAMENTE o que está acontecendo. Em uma estranha e triste ironia, o “sal da terra” está sendo espezinhado e lançado fora por causa de suas “tradições”. É assim que honramos nosso pai e nossa mãe e todas as pessoas idosas da nossa geração — aqueles cujos anos do serviço, dedicação e investimento espiritual construíram as próprias casas da adoração, que agora estão sendo renovadas em palácios de festas de “Propósito e Paixão”? Para mim, isto parece mais uma rebelião orquestrada.

Os “progressistas” sempre apontam os fariseus do tempo de Jesus quando querem atacar a “tradição” e a redefini-la como má. Por quê? Porque isso serve a uma agenda alternativa — um plano humanista para a mudança contínua, projetada para amaldiçoar o passado e enaltecer o futuro. Além disso, estão usando a rebelião da juventude para fazer isso para eles. Por que você pensa que sempre ouvimos o clichê “progressista”, “As crianças são nosso futuro”? É porque querem que os loucos tomem conta do hospício de forma que a dialética possa tomar o controle para trazer a mudança social na igreja por meio da contemporização. Contemporização envolvendo o que? A imutável Palavra de Deus.

Mas Jesus não estava condenando a “tradição” por si mesma. Estava condenando a “perversão” — a perversão que os fariseus estavam fazendo da verdade — a verdade da Palavra de Deus. A perversão da Palavra de Deus tinha ocorrido por tanto tempo que SE TRANSFORMARA NA TRADIÇÃO daquele tempo. Isso de maneira alguma invalida todas as coisas tradicionais. Mas, infelizmente, na igreja pós-moderna, a tradição, com o perdão da palavra, está se tornando rapidamente uma coisa do passado.

Além dos aspectos morais e espirituais da música alta e rápida, existem também algumas questões de saúde a serem consideradas. Quando o corpo humano experimenta dor, libera seus próprios anestésicos naturais na corrente sanguínea, chamados de endorfinas. Como todos sabem, um dos efeitos colaterais dos anestésicos é a agitação que produzem.

O som alto, sustentado, pulsante e repetitivo prejudica não apenas o ouvido, mas também todo o corpo humano — especialmente as freqüências abaixo de 100 Hertz e níveis acima de 110 decibéis. Quanto mais intensas e unidirecionais forem as ondas sonoras, maiores serão os danos causados às células e mais substâncias anestésicas nosso organismo liberará para amenizar a dor. Essa é uma das razões por que a música alta é tão apelativa aos jovens nos concertos das bandas musicais; porque eles não apenas a ouvem, mas a SENTEM também e, adivinhe, a música alta lhes dá uma sensação agradável, o que me leva a fazer a seguinte pergunta: Aqueles que freqüentam os serviços dos “buscadores” com sua música alta e animada estão sendo alimentados espiritualmente por sua presença e participação ou estão sendo levados sonoramente a sentirem interesse por Jesus? Você chamaria isso de uma experiência motivada pelo Espírito ou pelas endorfinas? Eu chamaria de um incidente relacionado com as drogas.

Outra substância que é liberada no organismo quando a pessoa é exposta ao estresse causado pelo som em volume elevado é a adrenalina. Entre outras coisas, a música alta, como outros eventos e atividades estressantes, produz o que é geralmente chamado de “descarga de adrenalina”. A adrenalina ajuda nosso organismo a lidar com o estresse e o trauma provocados pelas ondas sonoras em volume extremamente alto e em baixa freqüência que podem embrutecer os freqüentadores de apresentações de bandas musicais. Como as endorfinas, a adrenalina também é um mecanismo de defesa natural. Se nos sujeitarmos repetidamente a níveis sonoros que forcem nossas glândulas supra-renais a um esforço excessivo para liberarem adrenalina apenas para lidar com o choque auditivo e físico de um concerto de Rock, podemos não somente nos tornar viciados com ela, mas também experimentar muitos dos efeitos físicos e emocionais adversos da supressão ENTRE CONCERTOS (serviços dos buscadores) quando NÃO recebemos a adrenalina que fomos condicionados a receber — potencialmente tornando nossas vidas diárias sem música alta um inferno na Terra. É por isso que nos sentimos com dores no corpo, fatigados, agitados e às vezes deprimidos um dia após termos enfrentado um evento clamoroso. A adrenalina declina junto com o nível sonoro, deixando-nos em um estado menos que desejável.

Falando no seminário “Construindo uma Igreja com Propósitos”, Rick Warren teve isto a dizer: “Música alta e barulhenta com uma batida dirigida é o tipo de música que seu povo escutava.” Disse: “Somos realmente bem barulhentos em um serviço do fim de semana… Eu digo, ‘Não vamos abaixar o som’. Agora a razão é por que a geração que cresceu a partir dos anos 50, os baby boomers, querem sentir a música, não apenas ouvi-la…”

Entretanto, embora essas observações sejam tristes e reveladoras — nada me preparou para a seguinte afirmação do pastor Warren:

“Insistir que toda música boa veio da Europa duzentos anos atrás — há um nome para isso — racismo.”

Você vê o que ele está fazendo aqui? Mostrando “tolerância, diversidade e unidade” (a doutrina diretora do “buscadorismo”), Warren faz o que os liberais SEMPRE fazem aos tradicionalistas, usa o argumento racial para tentar não apenas elevar a si mesmo e sua causa sob um disfarce de humildade e compaixão, mas também envergonhar e silenciar seus críticos “presos ao passado” com hipérbole e insinuação politicamente corretas.

Assim, todos os cristãos mais velhos e tradicionais devem ficar bem atentos, porque torcer o nariz para a música na igreja que é espiritual, emocional e fisicamente nociva faz agora de você um racista.

Paul Proctor reside em uma área rural no estado do Tennessee e é um veterano na indústria da música sertaneja americana. Ele abandonou suas atividades musicais no fim dos anos 90 para se dedicar a abordar importantes assuntos sociais a partir de uma perspectiva bíblica. Como autor independente e colunista regular da News With Views, exalta a sabedoria e as verdades das Escrituras em seus comentários e opiniões sobre as tendências culturais e os eventos da atualidade. Seus artigos aparecem regularmente em diversos sites de notícias e de opinião na Internet e em publicações impressas. Este artigo, em particular, foi copiado de Kjos Ministries, em http://www.crossroad.to/articles2/2002/proctor/new-song.htm

Tradução: Walter Nunes Braz Jr.

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