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Eu não quero a felicidade pós-moderna

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Desde os tempos remotos que o objetivo de todo ser humano é a busca da felicidade. A própria definição de felicidade sempre esteve presente nas reflexões filosóficas, políticas e religiosas.

Artigo cristão escrito por Samuel Torralbo

Desde os tempos remotos que o objetivo de todo ser humano é a busca da felicidade. A própria definição de felicidade sempre esteve presente nas reflexões filosóficas, políticas e religiosas. Por exemplo, para Aristóteles – “A felicidade é um princípio; é para alcançá-la que realizamos todos os outros atos; ela é exatamente o gênio de nossas motivações.”

Porém, em cada momento da história, a felicidade teve seu próprio significado de acordo com a consciência, experiências e motivações pertinentes a cada geração. De modo que, é possível detectar resumidamente a diversidade de significados que a felicidade tomou no percurso da história recente do ocidente:

Na idade média, período caracterizado pelos feudos, pelo trabalho camponês, agricultura e sistema econômico de trocas, a igreja católica era o único sistema religioso permitido entre as pessoas e instituições. De modo que, a felicidade estava atrelada a religiosidade e aos progressos materiais realizados pelo homem daquela época.

Na idade moderna, com os diversos movimentos e revoluções, inclusive o próprio protestantismo, a felicidade passou a ser garimpada nos campos da razão, com o surgimento do iluminismo que pregava o antropocentrismo – onde o homem era o centro do universo.

Porém, com a chegada da idade pós moderna (no inicio do século XX), o significado de felicidade foi novamente sendo redesenhado através das diversas transições culturais, econômicas e sociais que ocorreram, como por exemplo a industrialização (que anunciava a felicidade como fruto do trabalho).

Contudo, devido as diversas crises que ocorreram no inicio do século XX, novas necessidades foram sendo criadas, segundo os escritores Maria Severiano e José Estramiana “ocorreu uma nova estruturação no sistema de necessidades do indivíduo que antes era orientada somente para satisfação de necessidades básicas que passou a ter como foco a satisfação de desejos abstratos.” Ou seja, inaugurava-se a era da publicidade e propaganda, que estimulariam a sociedade a valorizar a estética, o design e as marcas. O estilo de vida, como também, o bem estar ou a felicidade estariam atrelados aos estímulos externos que aguçariam o imaginário coletivo a acreditar que a plenitude e a significação existencial estariam aliançados aos objetos de consumo.

De modo que, em nosso tempo o consumidor é uma espécie de estereótipos da felicidade pós moderna, onde o bem estar depende do poder de consumo. E mais do que isto, percebe-se que, setores jamais imaginados que pudessem se relacionar com a era homem-objeto, como por exemplo algumas “igrejas” (adeptas da teologia da prosperidade), infelizmente passaram a servir a cultura tirânica do consumo.

Deste modo, enquanto o significado de felicidade for a busca pelas demandas e futilidades narcisistas que habitam o coração do homem pós moderno, fica caracterizado o engodo e a sutileza maligna que se avoluma em nossos dias, através de uma falsa aparência de bem estar e plenitude existencial. Uma vez que, as escrituras sagradas em nenhum momento menciona a felicidade que o homem atual tanto busca. Não encontramos por exemplo, Jesus Cristo dizendo: “Vinde a mim, e alcançaras a felicidade que tanto desejas”, ou os apóstolos dizendo: “O evangelho que pregamos é o evangelho da felicidade”, pelo contrário encontramos Paulo (o apóstolo), dizendo: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” (I Corintios 1.18)

Sendo assim, o evangelho de Jesus Cristo não promete a felicidade que acontece quando as circunstâncias estão favoráveis, ou enquanto o individuo tem condições para consumir objetos ou coisas temporais, mas antes, o evangelho de Cristo Jesus, oferece a alegria, que é fruto do Espírito, e que não depende das circunstâncias, objetos ou de qualquer outra coisa para se manifestar, porque a fonte desta alegria é o próprio Espírito de Deus, que procede do interior do homem para o exterior.

Deste modo, o desejo de Deus para seus filhos não é a felicidade pós moderna que é frágil e maligna, mas antes, certamente é o estilo de vida que o apóstolo Paulo declarou: Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. (Romanos 14.17)

autor

Samuel Torralbo

Cristão por adoção, Pastor por vocação, Escritor por paixão. Formado em Teologia pela Faculdade Metodista de São Paulo, Diretor do Instituto Teológico Petra, e fundador do projeto Em Defesa da Igreja, Co-Pastor na Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Casa Verde Alta em Mogi das Cruzes.

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