Estudos Bíblicos

A perfeita justiça e o grandioso amor de Deus pelos séculos

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Quem tem conhecimento da soberania de Deus, de que Ele é criador de todas as coisas e de sua sabedoria infinita, não questiona os atos Criador. É claro que a sabedoria de Deus, necessária para criar todo o universo…

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Artigo cristão escrito por Rubens Teixeira

Quem tem conhecimento da soberania de Deus, de que Ele é criador de todas as coisas e de sua sabedoria infinita, não questiona os atos Criador. É claro que a sabedoria de Deus, necessária para criar todo o universo, seres espirituais e materiais, transcende o parco conhecimento humano, por mais profundo que ele pareça, e impõe submissão plena das criaturas ao criador, seja consciente ou inconscientemente. O Senhor é proprietário de todas as coisas (Sl 24.1).

Talvez seja ingênuo perguntar a alguém que questiona as ações do criador, se ele teria alguma alternativa às ações de Deus. Não podemos esquecer que Deus deu o livre arbítrio aos homens. Nenhum exército, governo, cientista político ou estrategista propõe ao exército vencedor que se alie ao derrotado e compartilhe o poder com ele. O grande estrategista militar Clausewitz, por exemplo, sugere que se não houver domínio da vontade do inimigo este não está derrotado.

Alguns ousam criticar as orientações que Deus dava ao povo de Israel para que vencessem exércitos opositores. Ressalte-se que as orientações de Deus ocorriam quando o povo estava em obediência ou arrependidos. E os exércitos confrontados se opunham aos princípios de Deus. Muitas vezes representavam governos praticantes de muitas atrocidades e idolatrias. Não podemos perder de vista que Deus dava orientação para que o exército de Israel, composto por homens, vencesse. Em geral, não era Deus agindo diretamente, mas ensinando estratégias de guerra.

Maquiavel, no seu livro O Príncipe, manual de política e estratégia, destaca Moisés dentre os três principais soberanos que, em todos os tempos, agiram corretamente no sentido de manter-se no poder. Maquiavel alerta ainda que a crítica a Moisés de que ele recebia de Deus as orientações, o que poderia diminuir os seus méritos, não cabem, pois ele teve a “graça de Deus” para recebê-las. Ora, não me parece que em uma situação de beligerância algum entendido do assunto proponha a um exército que seja benevolente. O perdedor está condenado à submissão.

Naquela época os exércitos contra quem Israel lutava usavam de muitos ardis e eram cruéis. Consulte os livros de história antiga e terá a confirmação. Se Israel não os destruísse criaria cobra para mordê-lo. Quanto a Acã e Saul, a Bíblia não mostra por parte deles o arrependimento. A desobediência deles implicara prejuízos a Israel. Sabe quantos maus resultados, incluindo perdas de vidas, sobrevieram em função da desobediência dos dois? Por que não levantar esse argumento?

Por outro lado Deus tem as suas formas de aplicar o seu “justo juízo” (Sl 19.9) aos seres humanos. Ele que conhece os pensamentos e intenções de todos os corações, sabe avaliar a profundidade do juízo a aplicar. O homem consegue dissimular comportamentos e intenções. Outro estrategista conhecido, Sun Tzu, inclusive, valoriza a dissimulação como estratégia no seu livro “A Arte da Guerra”. Com Deus não adianta dissimular, pois ele conhece os corações. Por conhecer na real dimensão os corações e intenções e ter profundo senso de justiça e sabedoria, sabe fazer juízo de maneira mais eficiente que qualquer homem.

O profeta Isaías, que foi estadista, destaca que os atos de justiça dos homens são como trapo de imundícia (Is 64.6). Deus, portanto, é justo. Ele não está sujeito ao tempo, portanto a expressão é justo nos equivale a dizer: foi, é e sempre será justo. Ademais, em muitas passagens do Antigo Testamento, o amor de Deus é evidenciado.

Como exemplo do grande amor de Deus, temos em Gênesis o momento em que Deus prometeu dar seu filho ao mundo para que o mundo fosse salvo por ele (Gn 3.15) e no livro de Jonas Deus não destruiu Nínive quando esta cidade se arrependeu após a pregação do profeta Jonas (Jn 3.10). Portanto, como afirma a Palavra de Deus, no Velho Testamento, Deus é bom e pronto a perdoar (Sl 86.5). Deus sempre foi perdoador para os verdadeiros arrependidos. Davi afirmou que “a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” (Sl 51.17).

Quanto ao Novo Testamento, logo no início nasce Jesus Cristo para “tirar o pecado do mundo” (Jo 1.29) derramando o seu próprio sangue. Entretanto no fim do Novo Testamento há a previsão de que os que forem infiéis ao Senhor e não se arrependerem dos seus pecados serão queimados no lago que arde com fogo e enxofre que é a segunda morte (Ap 21.8). Há em Gálatas 6.7 a previsão de que “Deus não se deixa escarnecer, mas tudo o que o homem semear isso também ceifará”. Na carta aos Hebreus (Hb 12.29) é afirmado que o nosso Deus é fogo consumidor. Todas estas passagens não deixam dúvida quanto ao caráter de Deus.

Portanto, Deus é amor, mas também é justo, único digno de toda a honra e glória e não admite a divisão da sua glória com outro: é Senhor dos Exércitos, Deus todo poderoso, perdoador e amor. Quem anda segundo os seus mandamentos expressos no Antigo ou Novo Testamento não tem do que se preocupar, pois o céu lhe espera. Entretanto, quem tem o seu coração voltado apenas para as coisas deste mundo, sob os pressupostos falhos dos seres humanos, e despreza a lei de Deus, já está condenado. Foi o próprio Jesus quem afirmou que “quem não crê, já está condenado” (Jo 3.18). Entretanto, havendo mudança de atitude do homem pecador, com sinceridade diante de Deus, o Senhor “não leva em conta o tempo da ignorância” (At 17.30).

Assim, Deus não mudou o seu caráter, seja agindo com Acã, Saul, com o povo amalequita ou em qualquer outro momento no Antigo Testamento, mas sempre agiu com seu caráter justo, bom e perdoador. Jamais podemos perder de vista que “Deus não se deixa escarnecer”, como já citado, e que “o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho” (Hb 12.6). Em Gn 6.3, às vésperas do dilúvio, Deus afirma que não contenderá o seu Espírito para sempre com o homem. Essa passagem mostra que a tolerância de Deus tem limites. Mais cedo ou mais tarde os rebeldes serão punidos pelos seus atos, caso não se arrependam. Portanto, o arrependimento é algo requerido e valorizado por Deus no Antigo e no Novo Testamento. Faz parte do caráter de Deus perdoar, por isso que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O caráter de Deus é imutável. Permanecendo ainda dúvidas leia do capítulo 38 ao 42 do livro de Jó.

autor

Rubens Teixeira

Doutor em Economia pela UFF • Mestre em Engenharia Nuclear pelo IME • Pós-graduado em Auditoria e Perícia Contábil pela UNESA • Engenheiro de Fortificação e Construção (civil) pelo IME • Bacharel em Direito pela UFRJ (aprovado na prova da OAB-RJ) • Bacharel em Ciências Militares pela AMAN

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