Estudos Bíblicos

Diminuindo Para Poder Crescer

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Possivelmente a oração mais comum a um sincero filho de Deus é a oração por crescimento e maior utilidade. Cada um de nós deseja ser útil, produzir mais fruto para Deus. Os coríntios, como vemos na segunda carta que Paulo lhes escreveu…

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O caminho para crescermos é aquele que os homens chamam de árido e estreito. Originalmente publicado nos primeiros números da revista “O Caminho”.

Possivelmente a oração mais comum a um sincero filho de Deus é a oração por crescimento e maior utilidade. Cada um de nós deseja ser útil, produzir mais fruto para Deus. Os coríntios, como vemos na segunda carta que Paulo lhes escreveu, não fugiam à regra. Mas em meio a seu desejo de servir, Satanás havia conseguido introduzir uma armadilha. Paulo percebeu o problema; para ele, as condições eram condições de crise.

É neste espírito que Paulo inicia o capítulo seis de II Cor. Suas palavras, “eis agora o tempo aceitável” (v. 2). Apesar de geralmente (e com razão) serem usadas no evangelho, são realmente dirigidas aos santos. Elas destacam a gravidade com que Paulo via a situação. Satanás queria por uma cunha entre os santos e Deus, entre a igreja e seu Senhor, quebrando as paredes de separação entre os incrédulos. A utilidade destes crentes, para Deus, estava em risco.

Presunção de Crescimento

Quase podemos ouvir o raciocínio de alguns dos santos em Corinto. Eles certamente iriam insistir que os tempos mudaram; Paulo não poderia esperar que todos vivessem de acordo com seus princípios rígidos. Alguns poderiam argumentar que é necessário estar com o mundo para poder ganhá-lo. Eles teriam que “desenvolver” deixando os padrões antiquados, tornando-se “homens de Corinto” para alcançar a Corinto.

Nos versículos que seguem, Paulo mostra com clareza que Deus nos edifica quebrantando-nos, que Ele nos dilata estreitando-nos, que Ele aumenta a utilidade de nossas mãos no serviço através do aumento da misericórdia em nossos corações.

Paulo, compelido pela atmosfera de crise em Corinto, sente a necessidade de entrar em detalhes acerca de sua própria experiência. Ele apresenta o segredo de seu sucesso nos versículos 5 a 10. Suas circunstâncias e o caráter de seu ministério são revelados. Encontramos aqui palavras que soam estranhas aos ouvidos de qualquer entendido atual em relações públicas. Nenhuma organização estava por trás de Paulo, tornando seu nome popular; nenhum aparato grande e moderno era usado para preparar tudo para que as visitas de Paulo fossem um grande sucesso. Nenhum registro era guardado, relacionando grande número de conversões. Eis um homem que conheceu a solidão e falsas acusações; eis um homem que conheceu açoites e lágrimas, prisões e perigos; ele era um homem reduzido à pobreza, mas tornando muitos ricos. Quanto mais sua fortuna diminuía, mais parece que ele frutificava. Deus o estava trazendo a uma esfera de utilidade.

O coração de Paulo estava dilatado (v. 11) para eles, e o seu desejo é que eles também fossem dilatados (v. 13) Achando que estavam crescendo, eles tinham realmente diminuído a sua capacidade de ser usados por Deus. Achando que possuíam um coração grande, que aparentemente via o amor como sendo a única virtude, eles restringiram o uso que Deus poderia fazer deles.

A exortação de Paulo, “dilatai-vos também vós” é imediatamente seguida de outra correspondente, “não vos prendais a um jugo desigual…” O caminho para nos dilatarmos é contrário à mente humana. É o caminho da rigidez, o caminho da separação de tudo o que é contrário à Deus.

Nos versículos seguintes, Paulo mostra o

Perigo das Alianças.

Em uma das passagens mais bem conhecidas de nossas Bíblias, Paulo apresenta cinco aspectos diferentes de jugo desigual. Estes cinco aspectos já tem sido descritos como os cinco jugos aos quais o crente não deve se prender: negócios, religião, jugo social, matrimonial, e político.

O essencial é vermos como seria inconsistente unir duas pessoas, ou princípios, ou práticas, diferentes. Jamais poderemos esperar fazer algo para Deus pedindo ajuda ao que é contrário à Sua natureza. Ele pode, na Sua soberania, usar os meios que quiser; Ele pode usar o corvo (um animal imundo) para alimentar Elias. O carro de bois dos Filisteus poderia levar a arca em segurança até Israel, mas Davi aprendeu, de maneira trágica, que Deus exige um padrão mais alto para o Seu povo. Eu não posso usar, conscientemente, um método anti-bíblico e esperar que Ele dê Sua aprovação.

Uma das táticas mais bem sucedidas de Satanás no século vinte tem sido unir aquilo que Deus nunca quis ver unido. Tudo tem sido permitido em nome da unidade, e com a desculpa de apresentarmos ao mundo uma frente unida. A base para estes argumentos tem sido João cap. 17. Nós desejamos a unidade nas coisas divinas, mas nunca podemos comprometer a verdade. O ensino de João 17 não é união prática, mas posicional; ela já tem sido feita. Foi uma oração feita pelo Senhor Jesus à Seu Pai, respondida em Atos cap. 2. É minha responsabilidade expressar esta unidade quando possível. Mas eu não devo me unir ao mundo numa atitude anti-bíblica para tentar expressar uma verdade bíblica.

Promessas de Deus.

Paulo deixa bem claro que andar no caminho de separação não leva ao isolamento, mas à comunhão com Deus. Renunciar aos caminhos do mundo nos leva a uma revelação do Pai e do Seu amor.

As pessoas que conseguem dizer “não” ao convite do mundo logo percebem que Deus está esperando para lhes receber (v. 17). Aqueles que olham unicamente ao Senhor para auxílio e bênção descobrem a fonte de suas forças, “O Senhor Todo-Poderoso” (v. 18).

Ao sentirmos crescer nosso desejo de ver bênçãos, e percebendo a nossa fraqueza, que possamos ser preservados do atalho que muitos tem escolhido! A união com o mundo evangélico para a pregação do evangelho nos forçará a comprometer a vontade divina. A incorporação das técnicas do mundo evangélico nos nossos trabalhos, numa tentativa de criar uma aparência de sucesso, nos levará a perder a verdade divina. Podemos ter certeza absoluta que nenhuma alma irá perecer devido ao fato de termos permanecido fiéis ao que Deus nos revelou.

Que possamos aprender a lição que Paulo ensinou aos santos em Corinto e em outras eras. O caminho para crescermos é aquele que os homens chamam de árido e estreito. A maneira de agradar a Deus, e conhecê-lo, é escolhermos ter sociedade com Ele, e não com o mundo.

A. J. Higgins (traduzido por W.J.W.)

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