Estudos Bíblicos

Ana Paula Valadão, os piolhos e a glória de Deus debaixo do banco.

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Em primeiro lugar gostaria de afirmar que meu intuito não é denegrir a imagem da Ana Paula Valadão. Reconheço que muitas de suas canções foram e ainda são uma bênção para a igreja evangélica brasileira.

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Por Renato Vargens

Em primeiro lugar gostaria de afirmar que meu intuito não é denegrir a imagem da Ana Paula Valadão. Reconheço que muitas de suas canções foram e ainda são uma bênção para a igreja evangélica brasileira. Ressalto também que acredito que o desejo de seu coração seja servir ao Senhor , bem como adorá-lo com seus talentos e dons. Todavia, não posso deixar de questionar à luz das Escrituras Sagradas algumas de suas doutrinas e comportamentos, que de forma sorrateira e avassaladora tem desconstruído os valores do Reino.

Isto posto, gostaria de comentar um texto publicado no BLOG da Ana que segue abaixo na integra:

“Palavras não podem conter o que vivemos neste 12º Congresso! Abaixo, um testemunho de uma visão e confirmação do que Deus fez nesses dias. É de uma querida irmã. Veja:

“Oi minha linda irmã, que a graça, a paz,  a unção e o amor do Pai sejam abundantes em sua vida. Estou te escrevendo para compartilhar um sonho e uma visão que tive e tem a ver com o 12º Congresso de Louvor. Há 6 meses sonhei que estava chegando na Lagoinha e havia um rebuliço na porta, porque o Pr. Márcio tinha mandado arrancar todos os bancos e colocado toda a equipe pastoral na porta com uma bacia de álcool gel e pente fino. E as pessoas que chegavam só podiam entrar no templo depois de deixar a equipe passar pente fino em suas cabeças. E só podiam entrar no templo depois de tirar os sapatos. Tudo isso porque o Senhor tinha dito ao Pr. Márcio que a Glória dEle estava debaixo dos bancos, que o povo estava sentado sobre a Glória de Deus. E ao passarmos o pente fino na cabeça das pessoas, saíam muitos piolhos, até da cabeça dos homens que estavam careca. Mas aqueles que deixavam, que obedeciam, tiravam os sapatos  e entravam, não conseguiam ficar de pé, engatinhavam no templo, tamanha era a Glória de Deus ali. Então, o Senhor me falou em Romanos 12. 1-2 sobre a santificação e renovação da mente, para ver a Glória dEle. No Congresso, ouvi do pastor da Finlândia, uma palavra semelhante, ele disse também que haverá dias que as pessoas entrarão engatinhando no templo. Glorifiquei muito a Deus por isso… Quando ele te tocou e você foi para o chão, depois o Pr. Márcio, e ele chamou a Igreja para se arrepender, vi muitas pessoas entrando debaixo dos bancos, e estes levaram a Glória de Deus… mas isto foi só o começo, vai ter que humilhar mais… Sei que muitos tiveram visões, e você receberá muitos relatos sobre visões e sonhos. Porque a Glória do Senhor esta aqui… Um grande abraço.  Que o Senhor te renove as forcas e restaure a sua voz.”

Bom,  o texto em questão não pertence a Ana e sim a uma de suas leitoras. Todavia, a pastora da Lagoinha o publicou no seu blog, o que nos leva a crêr que referenda tanto o sonho e visão descrita neste artigo.

Caro leitor,  acredito que seja muito perigoso fundamentarmos algumas posturas teológicas em experiências misticas. Veja bem, o relato em questão, em vez de ser submetido ao crivo das  Escrituras, foi tratado pela Ana Paula  como uma se de fato fosse uma Palavra inequivoca de Deus. Sinceramente afirmar que a glória de Deus estava debaixo dos bancos e que o povo estava sentado sobre ela e que havia necessidade de se passar pente fino na cabeça das pessoas é de uma sandice só.Ora, vamos combinar uma coisa? Aonde encontramos isso nas Escrituras? Em que lugar no Novo Testamento encontramos base bíblica para a unção do cai-cai?

Infelizmente uma das características mais marcantes de alguns dos evangélicos deste tempo é a sua avidez por novidades.  De fato é impressionante a quantidade de cristãos que abandonaram o estudo sistemático das Escrituras Sagradas em detrimento as “experiências e novas revelações.” Segundo essas pessoas o crente não deve se preocupar em conhecer ou estudar a Bíblia, mesmo porque, para estes a “letra mata”. Para os que defendem este tipo de pensamento, o estudo ordenado das Escrituras e de suas doutrinas contribui para a extinção do fogo do Espírito Santo na vida da igreja . Diante do exposto, contraponho-me com veemência a este tipo de percepção afirmando efetivamente que a Palavra de Deus é viva, infalível, eterna e totalmente fidedigna. E que é somente por Ela que devemos nortear as nossas mais variadas e complexas decisões. É Ela que sacia a fome do coração e preenche as lacunas da existência. É Ela que revela o Criador, bem como o seu imensurável amor pelos eleitos de Deus.

As Escrituras são por definição a única Palavra de Deus escrita como também a única expressão verbal das verdades de Deus publicamente acessível, visível, e infalível no mundo.  A Bíblia possui suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; e somente ela é o árbitro de todas as controvérsias. Ela é a norma normanda e não a norma normata  para todas as decisões de fé e vida.  Se junta a isso o fato, de que a autoridade das Escrituras é superior à da Igreja, da tradição como também de qualquer estrutura hierárquica religiosa.

Diante disto repito aquilo que o Reformador alemão Martinho Lutero certa vez  afirmou: “Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir.” Soli Deo gloria,

Renato Vargens

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