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Os neocons versus Donald Trump

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Os neocons versus Donald TrumpComentário de Julio Severo: Por falta de credenciais pró-vida e pró-família, não penso que o Sr. Donald Trump é o melhor candidato presidencial dos EUA. Mas, por falta de credenciais contra os neocons, penso que o Sr. Ted Cruz deveria aprender… 

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Os neocons versus Donald Trump

Comentário de Julio Severo: Por falta de credenciais pró-vida e pró-família, não penso que o Sr. Donald Trump é o melhor candidato presidencial dos EUA. Mas, por falta de credenciais contra os neocons, penso que o Sr. Ted Cruz deveria aprender com o Sr. Trump e suas posturas teóricas contra as insanidades neocons. Diferente de Cruz, que se importa com valores pró-família, os neocons sob Obama têm podido expandir a hegemonia americana com o imperialismo homossexual. Contudo, Bush também se importava com questões pró-vida, mas ele foi incapaz de se opor às ambições dos neocons e intrusões em países estrangeiros, grandemente beneficiando muçulmanos radicais e seus crimes e grandemente prejudicando minorias cristãos em países muçulmanos. O que Cruz faria? Gosto da atitude de Trump de confrontar os neocons, mas essa atitude só seria útil, e esplêndida, se ele se opusesse ao atual imperialismo de aborto e homossexualismo dos EUA no mundo inteiro. Só Cruz poderia fazer isso. Mas ele precisa ser muito mais “Trump” em política externa — muito mais anti-neocon e mais como um republicano original, não se intrometendo nos assuntos de outros países, especialmente para beneficiar opressores islâmicos e prejudicar suas vítimas cristãs. Só tal republicano, com princípios cristãos, poderá dar aos EUA, que se tornaram a maior potência de promoção mundial do aborto e homossexualidade, inclusive de propaganda islâmica, um curso melhor.

Aí vão eles de novo. Os neocons que conduziram o governo de George W. Bush na invasão do Iraque agora estão preparando uma nova cruzada para salvar a democracia americana — e o Partido Republicano — de um inimigo autoritário: Donald J. Trump.

A campanha deles começou com um artigo veemente no site The American Interest no mês passado escrito por Eliot A. Cohen, ex-funcionário do Departamento de Estado do governo Bush, que retratou o Sr. Trump como sintoma da vasta “podridão moral” dos EUA. Então, numa carta aberta, mais de 100 especialistas republicanos de política externa, inclusive neocons como o Sr. Cohen e Robert Kagan, assim como figuras republicanas tradicionais de política externa como Robert B. Zoellick, ex-presidente do Banco Mundial, anunciaram que estão “unidos em nossa oposição a uma presidência de Donald Trump.”

Agora, num esforço desesperado de último minuto, importantes pensadores neocons fundaram o que eles chamam de Conselho Consultivo de Segurança Nacional para apoiar o senador Marco Rubio. E muitos estão anunciando que se essa situação ficar pior, eles apoiarão Hillary Clinton acima do Sr. Trump. Aliás, na revista Commentary, o historiador neoconservador Max Boot escreveu, um tanto quanto exagerado, que o Sr. Trump é “a ameaça número 1 para a segurança dos EUA” — maior do que o Estado Islâmico ou a China.

Os neocons estão certos de que uma presidência Trump provavelmente seria um desastre de política externa, principalmente por causa de sua personalidade imprevisível e propensão para antagonizar líderes e públicos estrangeiros. Mas eles estão errados em afirmar que ele é de certo modo um perigo para os princípios tradicionais do Partido Republicano. Pelo contrário, o Sr. Trump representa uma volta às raízes desse partido. São os neocons que são os intrusos.

Os neocons e suas cruzadas wilsonianas dominaram a elite republicana de política externa de forma tão praticamente total, começando na década de 1970, que pode ser difícil lembrar que uma consciência muito diferente havia governado o Partido Republicano no passado. Essa consciência faz lembrar as próprias posições do Sr. Trump: cansaço com as intervenções em outros países, defesa de políticas comerciais protecionistas, crença no exercício de poder militar unilateral e desconfiança das elites e instituições mundiais.

Considere o debate da Liga das Nações em 1919, o teste supremo em que a maior parte da política externa republicana foi forjada. Ao liderar o ataque contra os que queriam que os Estados Unidos se tornassem membro dessa liga, o senador republicano Henry Cabot Lodge argumentou que intervir em outros países minaria a segurança americana. Ele disse: “Se vocês envolverem os EUA nas intrigas da Europa, vocês destruirão o poder dos EUA para o bem e colocarão em perigo a própria existência dos EUA.”

Na década de 1920, os republicanos avançaram a lógica de Lodge. Os tão chamados republicanos ultraconservadores apoiaram a punitiva Lei de Imigração de 1924, que incluía cláusulas proibindo imigrantes asiáticos e restringindo imigrantes africanos. O Partido Republicano também apoiou o protecionismo: Em junho de 1930 Herbert Hoover sancionou a taxa alfandegária Smoot-Hawley, que piorou a Grande Depressão e atiçou o nacionalismo no mundo inteiro.

O fato de que o Partido Republicano adotou o isolacionismo total culminou na oposição à ajuda à Inglaterra quando começou a 2ª Guerra Mundial em 1939. Republicanos liberais como Henry Stimson e Frank Knox foram expulsos do partido na convenção de 1940 por se juntarem ao governo Roosevelt, o primeiro como ministro da guerra e o segundo como ministro da marinha. Ao mesmo tempo, a página editorial do Wall Street Journal defendeu a doutrina política do “realismo” para com Hitler, que, garantiu aos seus leitores, havia “já determinado os amplos cursos de nossa vida nacional por menos outra geração.”

Depois da 2ª Guerra Mundial, a Direita permaneceu desconfiada do militarismo. A Direita denunciou as vastas alianças do presidente democrata Harry S. Truman na Europa. Em 1950, Herbert Hoover provocou indignação nacional quando declarou que os EUA tinham de reconhecer limites ao seu poder. Enquanto isso, o senador John W. Bricker de Ohio propôs emendas constitucionais visando destruir a capacidade do presidente de concluir tratados estrangeiros. E em 1951, outro senador de Ohio, Robert A. Taft, anunciou: “O propósito principal da política externa dos Estados Unidos é manter a liberdade de nosso povo.”

Dá para ouvirmos ecos desse passado republicano nas próprias posições do Sr. Trump. Sua doutrina estimulante de política externa parece ser deixar os esforços pesados para outros países sempre que possível. Falando no programa de TV “The Hugh Hewitt Show” no sábado passado, ele deixou claro que tem aversão a intervenções em outros países: “Em algum momento, não dará para os EUA serem a polícia do mundo. Temos de reconstruir nosso próprio país.” Desde então, para o choque da elite do Partido Republicano, ele vem também denunciando, de forma explícita, a guerra do Iraque, declarando que o argumento do governo Bush para essa guerra foi baseado numa “mentira.”

A doutrina de Trump, se dá para se empregar esse termo, faz lembrar as doutrinas básicas dos realistas de política externa. Aliás, como Thomas Wright do Instituto Brookings primeiramente apontou, no site Politico, o Sr. Trump tem uma “cosmovisão estupendamente coerente.” O Sr. Trump, dava para você até dizer, é um tipo de cara das esferas de influência: Para ele, a Europa deveria cuidar sozinha da questão da Ucrânia, a Rússia deveria lidar com a Síria. “Quando vejo a política de algumas dessas pessoas em nosso governo,” ele disse no canal de TV MSNBC neste mês, “os americanos estarão no Oriente Médio outros 15 anos se eles não acabarem perdendo pelo fato de que os EUA estão se desintegrando.”

Ao mesmo tempo, ele tem rejeitado a ideia de repudiar o acordo do governo de Obama com o Irã, e diz que é importante permanecer “neutro” no conflito entre Israel e os palestinos — dois pontos que atingem bem no coração da ortodoxia neocon republicana. E ele parece ter pouca necessidade de alianças: Ele exige que países como Alemanha, Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita paguem mais para os Estados Unidos os defenderem. Ao mesmo tempo, ele está pronto para impor elevadas tarifas alfandegárias sobre o Japão e a China — algo que poderia provocar uma recessão econômica no mundo inteiro.

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A posição do Sr. Trump pode se assemelhar ao realismo em esteroide. No fundo, ele não quer que os Estados Unidos liderem o mundo; ele quer que o mundo saía de seu caminho. Até mesmo muitos realistas teimosos estão indispostos a segui-lo: Na sexta-feira passada sua sinistra defesa da tortura, que desde então ele repudiou, levou não só neocons, mas também realistas proeminentes como Andrew J. Bacevich e Richard Betts a assinarem uma carta chamada “Defendendo a Honra das Forças Armadas dos Estados Unidos contra Donald Trump na Política Externa.”

Nada disso parece antagonizar a base republicana, que parece menos ideológica em impostos e política externa do que a elite republicana. Considerando o fato de que George W. Bush e os neocons conduziram os EUA a invadir o Iraque, era provavelmente só uma questão de tempo antes que os neocons fossem chamados a prestar contas. Talvez o que é surpreendente não é que o Partido Republicano esteja começando a se transformar de novo em sua encarnação original, mas que levou muito tempo para acontecer isso.

Fonte: Julio Severo

Divulgação: Eismeaqui.com.br

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