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Igualdade, cegueira da liberdade

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Os mais recentes fatos políticos na Venezuela mostram que o presidente Maduro prendeu outro opositor, o Sr. Antonio Ledezma, atual prefeito de Caracas e apreendeu outras 53 pessoas durante os primeiros dois meses do ano. Esses fatos lamentáveis, como bem os podemos considerar, estão tendo um aspecto favorável. Esse fator favorável é que pôs à luz do dia, e por conseguinte ante o mundo, a realidade da tendência totalitária do governo venezuelano, enquanto que por mais de cinqüenta anos ela foi ignorada na Cuba de Castro.

Tanto assim que ao tempo em que se põem de manifesto os fatos mencionados na Venezuela, o governo dos Estados Unidos pretende reiniciar relações com o governo de Cuba. Assim, já teve lugar reuniões de representantes dos Estados Unidos com o governo mais criminoso que apareceu na América Latina. E mais ainda, não obstante que Raúl Castro já manifestou que não haverá nenhuma mudança no sistema de governo cubano, está programada a visita do vice-presidente dos Estados Unidos, John Kerry, ao Uruguai, para se entrevistar com Raúl Castro.

A proposta americana ao governo cubano certamente inclui a suspensão do embargo que, segundo o verbo político da esquerda igualitária, o chamam de bloqueio. E ignoram que se tivesse sido um bloqueio Fidel Castro não estaria no governo. Há tempo me dei conta de que o embargo americano beneficiou politicamente foi ao governo cubano. Ele fez aparecer ante o mundo que a causa do empobrecimento sofrido pelo país que em 1960 tinha o nível de vida mais alto da América Latina havia sido o embargo americano. Por isso me permiti sugerir que se levantasse o embargo, porém jamais que se negociasse com os Castro. Se algum americano estava disposto a investir em um país onde não se reconhece o direito de propriedade, era seu direito assumir esse risco.

Nesta oportunidade a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, organismo autônomo da OEA, emitiu um comunicado criticando a detenção de Ledezma na Venezuela. Pelo contrário, quando a oposição em Honduras destituiu constitucionalmente o presidente, a OEA, sob a direção do Sr. Insulza, expulsou Honduras da OEA e solicitou a Castro que incorporasse Cuba novamente na organização. Certamente Fidel se opôs a tomar essa decisão.

Não quero por este meio desconhecer a lamentável atualidade política venezuelana, porém o que acho positivo é a aparente consciência dessa realidade que está tendo no mundo. Devo insistir tão somente em que enquanto Maduro põe opositores presos e aparentemente é possível que também os submeta a torturas, o caso de Cuba foi e continua sendo mais criminoso que o venezuelano atual. Lembremos que no princípio da revolução, na prisão militar de La Cabaña, por um tempo a cargo de Che Guevara, mataram milhares de cubanos.

Atualmente tenho notícias de que no meio das conversações sobre as futuras relações com os Estados Unidos, o Dr. Oscar Elías Biscet, diretor do projeto EMILIA (pela liberdade de Cuba), foi preso. Também foram detidos outros ativistas opositores ao regime. Certamente o projeto EMILIA rechaça o acordo Obama-Castro, e assim seus diretores expressaram publicamente: “Ratificamos com firmeza de nossas convicções e a clareza de nossos princípios que não haverá paz para estas moradas, nem aceitamos uma paz de medo, senão a paz que nasce da liberdade. A proposta por nosso apóstolo José Martí: Só a liberdade tem consigo a paz e a riqueza”.

O genocídio em Cuba continua sendo ignorado, pois como repeti até o cansaço e assim reconheceram Thomas Sowell e Rush Limbaugh, a esquerda em nome da falaciosa igualdade monopolizou a ética. Ou seja, que quando se mata pela esquerda, se é idealista, e quem os mata para que não matem, é genocida. Por isso me atrevi a assinalar que a esquerda defende brilhantemente a estupidez e a direita estupidamente o brilhantismo do sistema que permitiu a liberdade pela primeira vez na história. Tanto assim que parece que os liberais têm complexo de culpa por estar a favor dos ricos. Assim, meu amigo Mario Vargas Llosa recentemente se declarou publicamente liberal de esquerda.

Outro aspecto a levar em conta é que Raúl Castro reclamou aos Estados Unidos U$S 116.860 milhões em compensação pelas perdas causadas a Cuba pelo embargo. O embargo esteve longe de produzir tais perdas a Cuba, e menos ainda nos últimos tempos em que aparentemente se violaram regulações e os cubanos em Miami estiveram enviando dólares a seus familiares em Cuba. O valor das propriedades expropriadas aos americanos em 1960 estima-se em U$S 2.000 milhões. Essa cifra em dólares de hoje, e levando em conta um lucro mínimo de 5% ao ano, em 54 anos alcançaria hoje U$S 220.276 milhões. Ou seja, aproximadamente o dobro da reclamação cubana.

O mundo hoje está tomando consciência do terror islâmico. Todavia, tal como mostra detalhadamente Juan Yofre em sua última obra “Cuba Fue”, continua-se ignorando o terrorismo cubano na década de setenta e assim como sua participação na subversão na América Latina. E voltando aos efeitos Obama-Castro em Cuba, vale lembrar as palavras de Bertha Soler, líder das Damas de Branco a respeito do mesmo: “Tristemente o presidente Obama tomou a decisão errada. A liberdade do povo cubano não se alcançará através destes benefícios, não ao povo cubano, senão ao governo cubano. O governo cubano só levará vantagem para reforçar a maquinaria repressiva, para reprimir a sociedade, seu povo e permanecer no poder”. E não esqueçamos tampouco que recentemente foi morto Oswaldo Payá, um ativo defensor dos direitos humanos em Cuba. Pois bem, esperemos que os fatos da Venezuela permitam o mundo reconhecer que eles representam o projeto de tirania cubana presente durante os últimos 56 anos. Assim, a igualdade permite ignorar a liberdade.

ESCRITO POR ARMANDO RIBAS | 11 MARÇO 2015
INTERNACIONAL – AMÉRICA LATINA

Tradução: Graça Salgueiro

Divulgação: eismeaqui.com.br

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