Por Renato Vargens
Ontem morreu o sambista Dicró, que era conhecido como o último dos malandros cariocas. Dicró era um tipo de cantor debochado, escrachado e que sempre tinha na manga uma piada sobre sogra. Lembro de uma entrevista antológica no programa do Jô, onde de forma descontraída e risonha contava seus casos e contos a uma platéia extremamente diversificada.
Prezado amigo, o objetivo deste post não é tratar especificamente da morte de Dicró, nem tampouco do destino da sua alma. Na verdade, o que me motivou a escrever este texto foi o testemunho dos seus filhos. Isso mesmo, tive a oportunidade de ver na TV, além é claro, de ler nos jornais o quanto os seus filhos o amavam. Pois é, Dicró aparentemente possuía uma boa relação com os seus filhos, e o fato disso ser uma realidade em sua vida, fez com os rapazes testemunhassem a dor de ter perdido o pai.
Caro leitor, isto, posto, fico a pensar na enorme quantidade de pais que não se relacionam bem com os seus filhos. Quantos não são aqueles que durante toda a vida mantiveram-se distantes daqueles que Deus lhes confiou, proporcionando feridas em suas almas? Quantos não são os pais repressores e ignorantes que tratam mal os seus filhos, esbravejando e gritando com eles o tempo todo? Quantos pais deste imenso país optaram por uma vida egoísta e ensimesmada em detrimento amizade à com seus filhos?
E você? Quando morrer, o que será que os seus filhos irão dizer?
Dá pra pensar não é verdade?
Naquele que vive e reina,
Renato Vargens
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