Estudos Bíblicos

Você está convidado a crescer

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Creio que será impossível encontrar alguém no mundo que não tenha jamais recebido um convite. Alguns convites que certas pessoas receberam e aceitaram, causaram sua completa ruína. Outros convites levaram muitos ao sucesso e à vitória plena.

Texto Bíblico: Ef 4.15.

Creio que será impossível encontrar alguém no mundo que não tenha jamais recebido um convite. Alguns convites que certas pessoas receberam e aceitaram, causaram sua completa ruína. Outros convites levaram muitos ao sucesso e à vitória plena.

Todos já recebemos convites: para cultos, passeios, refeições, noivados e casamentos, aniversários, funerais, etc. etc.

Entretanto, você se recorda de alguma vez ter recebido um convite para crescer? Provavelmente, não. Você há de ponderar que não se cresce. Absolutamente certo. O crescimento é um processo natural que independe de convite. No entanto, a Bíblia nos convida a crescermos. Todos precisamos crescer.

No mundo natural os que crescem se tornam grandes. No mundo espiritual, se tornam maduros, espiritualmente adultos.

A palavra crescimento aparece centenas de vezes no texto sagrado, o que nos permite entender a sua alta importância no propósito de Deus ao doar-nos o Sagrado Livro.

I. A IMPORTÂNCIA DO CRESCIMENTO.

1. O Valor do Crescimento. – O crescimento é importante nos três mundos que nos rodeiam: o vegetal, o humano e o espiritual. Cada criança que nasce e vem à luz, cada flor que desabrocha, cada animal que nasce, cada congregação que é fundada, segue um ritmo natural de crescimento, de acordo com sua espécie. Grande é a angústia dos pais que percebem alguma anomalia no processo de crescimento de seu filho recém-nascido. Ou dos agricultores que nunca viram crescer as sementes que brotaram.

2. O Crescimento mais importante. –  De todos os crescimentos, o mais importante é o espiritual. O crescimento espiritual está associado ao grupo de experiências sobrenaturais relacionadas com a salvação. Onde existe vida tem de haver crescimento. Devemos crescer porque nascemos. Nascemos de novo pela Palavra e pelo Espírito (Jo 3.3,5; 1Pe 1.23).

3. O Convite ao crescimento. – De diferentes maneiras a Palavra nos convida ao crescimento. Leia por exemplo 2 Pe 1.8. Deixar de crescer significa que existem profundos problemas e graves enfermidades. Essas enfermidades e esses problemas precisam ser tratados com rapidez, para evitar a morte.

II. O CRESCIMENTO DE JESUS, O PADRÃO IMUTÁVEL.

O Dr. Lucas nos informa em seu Evangelho que o menino Jesus cresceu em 4 dimensões. Naturalmente Deus não cresce e se Jesus cresceu isto prova Sua perfeita humanidade, (Lc 2.52). Ele cresceu em sabedoria, em estatura, em graça para com Deus e em graça para com os homens.

Você está convidado a crescer nas mesmas dimensões e esferas. O crescimento humano de Jesus tornou-se um modelo de crescimento para cada filho de Deus em particular e para Sua Igreja como um todo.

Esse modelo deve ser seguido por todos nós, que pela fé recebemos interiormente a vida de Cristo e dEle nos fizemos participantes (Ef 3.6; Hb 3.14; 2Pe 1.4).

João Batista cresceu quando atentou para o crescimento do Mestre e declarou: “Convém que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30).

É comum não querermos realmente crescer porque isso significaria ter que examinar o que existe dentro de nós, e tememos o que poderíamos ver. Como membros da Igreja do Senhor, é indispensável que cresçamos individualmente. O crescimento da Igreja é a soma do crescimento de seus membros.

O crescimento exige que estejamos prontos para ouvir a nós mesmos e dispostos a lidar com o que encontrarmos. Jesus ensinou que temos que ter coragem para crescer. É preciso querer.

A coragem não é ausência do medo e sim à presença da fé apesar do medo.

1. A Igreja deve crescer em Sabedoria, isto é, no pleno conhecimento de Deus (Os 6.3). O temor a Deus é a chave que conduz a esse conhecimento e consequentemente a esse crescimento (Pv 1.7).

2. A Igreja deve crescer em estatura, isto é, numericamente, estatisticamente. Aqueles que declaram que “Deus não está interessado em números” deveriam ler cuidadosamente Lc 14.23. Deus tanto aprecia os números que mandou inserir no cânon um livro chamado NÚMEROS.

3. A Igreja deve crescer na graça para com os homens. Quando isto acontece, ela adquire credibilidade.

III. O PAPEL EXERCIDO POR DEUS NO CRESCIMENTO.

1. O crescimento é uma dádiva de Deus. –  Mt 13.30. – O ato de crescer é algo privativo de Deus. Sim, unicamente Deus provê o fenômeno do verdadeiro crescimento (Êx 1.6,7; Sl 104.14; Jn 4.10; Mc 4.27). Deus deve sempre ser louvado pelo crescimento (Mt 6.28).

2. Deus estabelece os métodos, as regras para o crescimento. – Os 14.5; Ml 4.2; Ef 4.15; Sl 90.5,6; Mc 4.32. – Deus é quem estabelece as regras para o crescimento. É ele quem apresenta o padrão para o crescimento (Gn 48.16; Sl 92.12; At 5.14). –

3. Deus também designa os agentes para o crescimento. – Jo 8.11; Jó 39.4.

4. Deus neutraliza os impedimentos para o crescimento. – 1 Pe 2.2.

IV. AGENTES DESIGNADOS POR DEUS PARA O CRESCIMENTO ESPIRITUAL.

Se você crescer a Igreja crescerá. Este crescimento é providenciado por Deus. Mas Ele usa agentes para promover o crescimento, a saber:

1. A Palavra de Deus. – Pv 9.9. – “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo” (1Pe 2.2).

2. O Espírito Santo. – De que maneira o Espírito Santo promove o crescimento da igreja? Veja Atos 9.31. Para fazer a Igreja crescer, o Espírito Santo levanta obreiros espirituais. (At 4.8,31; 6.5; 11.22-24; 13.9,52). Ele estabelece as bases morais e doutrinárias, (At 2.42,43; 15.28,29; Rm 12.9-21). Finalmente o Espírito libera os dons espirituais e também promove os recursos necessários e adequados para a expansão da obra, (At 2.44,47; 4.34.35).

3. A Fé. – “Não nos gloriamos fora da medida nos trabalhos alheios, antes tendo esperança de que, crescendo a vossa fé, seremos abundantemente engrandecidos entre vós, conforme a nossa regra” (2Co 10.15).

4. O Uso sensato e dinâmico de metas espirituais.

5. A atividade incessante da igreja como um todo,  (Ef 2.21), e a atividade incessante de cada crente em particular. No mundo natural o exercício da criança contribui eficazmente para seu crescimento. Isto também é verdade no mundo espiritual. Devemos exercitar-nos diariamente. Eis algumas idéias para o nosso exercício:

a) O exercício do amor. (Rm 12.10); amor a Deus, à Igreja, ao próximo, à obra missionária, etc.

b) O exercício da atuação diligente, zeloso: a comunicação com os outros irmãos, a fraternidade e a hospitalidade.

c) O exercício da conservação da alegria. A alegria da salvação, da esperança (Rm 12.12), a alegria na tribulação.

d) O exercício da paciência na tribulação (Rm 12.2). A tribulação é inevitável na vida do cristão porque ela possui um caráter disciplinador. Se você aceita o convite para o crescimento, você descobre que a tribulação não é um desafio impossível. Com Cristo, sempre será possível suportá-la. Os exemplos da Bíblia nos confirmam que é possível vencer a tribulação.

6. Evangelização e Missões. – Finalmente, e não menos importante, o crescimento da Obra de Deus depende da Evangelização individual e coletiva e da expansão permanente e desafiadora da Obra Missionária. Veja isto no livro de Atos dos Apóstolos, desde o capítulo 2 até o 28.

V. DEUS NOS CONVIDA A CRESCER EM DIFERENTES DIMENSÕES.

Jesus ensinou que o crescimento espiritual não é um objetivo que podemos alcançar sozinhos. Precisamos de Deus e dos outros. Esta necessidade não é um sinal de fraqueza, e sim o começo da força. Muitas pessoas prefeririam acreditar que podem mudar por si mesmas em vez de pedir aos outros que as ajudem. Esta atitude geralmente impede o crescimento delas.

Devemos atentar para as diferentes áreas, nas quais devemos crescer, a fim de que o crescimento seja harmônico e produtivo.

1. Devemos crescer na graça. –  (2 Pe 3.18). – Nunca nos esqueçamos de que temos sido salvos pela graça (Ef 2.8). A mesma graça que se manifestou a todos os homens, através da vinda de Jesus a este mundo (Tt 2.11). Deus então nos permitiu que pela fé tivéssemos acesso a esta graça (Rm 5.2). Nós podemos crescer na graça de uma forma ilimitada, porque Deus é o Deus de toda a graça (1Pe 5.10), e pela Pessoa Augusta do Senhor Jesus encontramos a porta aberta que nos permite receber as riquezas da Sua Graça (Ef 2.7).

2. Devemos crescer na fé. – (2 Ts 1.3). – A Bíblia menciona diferentes medidas de fé (Rm 12.3,6). Por essa razão é que lemos de pouca fé, muita fé, grande fé, cheios de fé, etc. Ninguém deve estar conformado com a intensidade de fé que possui atualmente, visto que esta fé pode crescer muitíssimo, como declarou Paulo aos Tessalonicenses (2Ts 1.3). Os milagres acontecem quando a nossa fé cresce muitíssimo, aleluia.

3. Devemos crescer no conhecimento de Cristo. –  (2Pe 3.18).  O conhecimento real e experimental de Cristo é um dos segredos para desfrutar a vida eterna (Jo 17.1,2). A experiência inicial de nossa conversão nos permite uma aproximação do Senhor Jesus, mas isto não significa ainda um conhecimento perfeito. Depois de vários anos de fé e de ministério, Paulo confidenciou um desejo seu aos crentes em Filipos: “Para conhecê-lo…”. (Fp 3.10).

Quando cresce o nosso conhecimento, começamos a desvendar os mistérios de Deus (1Co 4.1,2).

Se agradamos a Deus, Ele nos permite crescer em Seu conhecimento (Cl 1.10).

Quando crescemos em conhecimento, começamos a descobrir o que gratuitamente nos tem sido dado por Deus (1Co 2.12).

Quando o nosso crescimento de Cristo cresce, passamos a entender Sua maravilhosa vontade e começamos a andar dignamente diante dEle, agradando-Lhe em tudo e frutificando em toda boa obra (Cl 1. 9,10).

Mas não esqueçamos de um detalhe: por mais que aumente e cresça o nosso conhecimento, ele não pode ser total, enquanto estivermos neste mundo. Sempre “conheceremos em parte”, até que alcancemos o nível de Igreja glorificada e Esposa do Cordeiro (1Co 13.9).

4. Devemos crescer em força, ou seja , em autoridade espiritual. (Jó 17.9).

5. Devemos crescer em tudo, (Ef 4.15). – Isto significa que podemos e devemos crescer na alegria, na paciência, na humildade, na misericórdia, na obediência, no temor, na santidade, na reverência, na adoração, no louvor, no serviço, na contribuição, na dedicação, finalmente em todas as áreas de nossa vida. Então, amados, cresçamos em tudo!

Crescer em tudo certamente significa também crescer em todas as direções, como as árvores do bosque: para baixo, (Os 14.5; Jr 17.7,8; Cl 2.7); para cima (Sl 92.12; Ef 2.6); quando crescemos para cima descobrimos o que significa Hb 6.18-20;  para os lados, como José do Egito (Gn 49.22); quando crescemos para os lados avançamos maravilhosamente na obra da evangelização, (2Co 10.15,16), e ampliamos a nossa tenda (Is 54.2).

Naturalmente crescer em tudo inclui um real crescimento de nossas atividades na obra de Deus.

Que permaneçam diante de nós dois clássicos exemplos de crescimento individual. Você está convidado por Deus a crescer como Samuel (1Sm 2.26): “E o jovem Samuel ia crescendo e fazia-se agradável, assim para com o Senhor como também para com os homens”. Você está sendo convidado por Deus a crescer como Davi, (2Sm 5.10): “E Davi se ia cada vez mais aumentando e crescendo, porque o Senhor, Deus dos Exércitos, era com ele”.

VI. PARTICIPAÇÃO DO CULTO E O CRESCIMENTO.

A verdadeira religião não se cultiva na solidão e no isolamento; é, antes, na comunidade dos redimidos, na companhia dos irmãos em Jesus Cristo, que a vida cristã se desenvolve, alcança a maturidade e se aperfeiçoa. Por isso muito perde o crente que se afasta do ambiente do culto. Não se considera a presença do crente na igreja como uma obrigação, que lhe é imposta. É um privilegio que ele tem, um recurso que Deus lhe dá para crescer na sua fé e estimular os outros crentes com o seu exemplo.

1. Unidade no Louvor a Deus (At 2.46,47). – O louvor é à parte do culto que nos fornece uma antevisão do “cântico novo” que há de ressoar no reino celestial.

A igreja que dá importância ao louvor no culto, cresce espiritualmente, porque se adestra para o perfeito louvor na eternidade.

2. Visão da Glória de Deus (Is 6.1-3). – No culto, em comunhão com Deus, predispomo-nos a uma visão da excelsa glória de Deus. Esta visão torna inexpressivas as glórias do mundo.

3. Conhecimento da Santidade de Deus (Is 6.5). – A intimidade do nosso espírito com o Deus santo no ato do culto é um incentivo a que busquemos a santidade como o supremo ideal da vida cristã.

4. Alegria na Casa de Deus (Hb 10.25). – O crente que não participa dos cultos com os demais irmãos, não tarda muito a perder o estímulo para crescer. Nele há experiências com Deus que não se alcançam noutro ambiente.

VII. OS RESULTADOS DO CRESCIMENTO.

Se decidirmos aceitar o convite para crescer, experimentaremos preciosos resultados:

Tomamos posse da vida eterna – 1Tm 6.12.

Tomamos posse daquilo que diz respeito à vida eterna – Rm 8.17.

Somos transformados de glória em glória – 2Co 3.18.

Vamos indo de força em força – Sl 84.

Aproximamo-nos da estatura de Cristo – Ef 4.13.

Nossa luz brilhará mais e mais – Pv 4.18.

Começamos a atuar como mestres – Hb 5.11-14.

Deixamos de ser carnais (meninos) e passamos a ser espirituais –  (1Co 3.1-3; Rm 8.7,8; 1Co 13.11).

Passamos a compreender as coisas de Deus – (1Co 2.14).

Portamo-nos varonilmente, isto é, como adultos, heróis – (1Co 16.13).

Pelo que acabamos de estudar não recuse o convite para crescer. Não faça esforço especial para crescer. Somente permaneça se alimentando do leite da Palavra (1Pe 2.2) e andando em íntima comunhão com Ele (Am 3.3), pois quem nos convida para crescer é Deus, o mesmo “Deus que dá o crescimento” (1Co 3.7).

autor

Adilson Faria Soares

Pastor Presidente da Assembléia de Deus em Mutuá – Rio de Janeiro. Membro do Conselho Sudeste da CGADB.Conferencista Internacional. Comentarista de várias Revistas da EBD – CPAD.

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