O Israel de Deus

Sermão Consagratório sobre: “O Israel de Deus”.
Durante os dias que ficamos em Israel, observamos a religiosidade do povo judeu. Lembramo-nos do ensino de Paulo, na carta aos Romanos.

Sermão Consagratório sobre: “O Israel de Deus”

A caravana da I. P. de Pinheiros à Paris e Israel (8 a 18 de agosto) foi uma experiência abençoadora.

Durante os dias que ficamos em Israel, observamos a religiosidade do povo judeu. Lembramo-nos

do ensino de Paulo, na carta aos Romanos.

Primeiro, o povo de Israel é privilegiado por Deus.

Paulo era judeu e amava o povo da sua raça. Mesmo sendo o “apóstolo aos gentios”, ele desejava a

conversão dos seus compatriotas (Rm 9.1-3). Paulo tem o mesmo sentimento de Moisés, que

preferia a sua morte pelo bem espiritual de Israel (Ex 32.30-35). Em Romanos 9, versos 4-5, Paulo

apresenta nove privilégios que os judeus possuíam: Eles são os descendentes de Israel . Eles são o

povo escolhido e adotado por Deus. Eles tiveram a presença gloriosa do Senhor. Eles receberam

as alianças de Deus. Eles receberam a Lei de Deus. Eles receberam o privilégio do culto. Eles

receberam as promessas de Deus. Eles tiveram os pais ou ancestrais crentes. Eles tiveram o

privilegio de ter O Messias, pois, dos judeus, Cristo derivou sua natureza humana. Jesus era judeu

e Deus escolheu aquela nação para ser o veículo da encarnação. Apesar de tantos privilégios, Israel

fracassou. Quando o Messias prometido veio, Israel o rejeitou: Veio para o que era seu, e os seus

não o receberam (Jo 1.11). Os judeus rejeitaram a Jesus, matando-o numa cruz (At 2.22-24; 4.10).

Segundo, a Igreja é o Verdadeiro Israel de Deus.

O fracasso de Israel significava um erro nos planos de Deus? De modo nenhum! A Palavra do

Senhor é infalível. Paulo, então, apresenta dois ensinos fundamentais da sua teologia: (1) O

verdadeiro Israel de Deus não é quem nasce judeu, mas quem é filho da promessa ou quem

nasceu segundo o Espírito. Paulo diz: E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque

nem todos os de Israel são, de fato, israelitas; nem por serem descendentes de Abraão são todos

seus filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é, estes filhos de Deus não são

propriamente os da carne, mas devem ser considerados como descendência os filhos da promessa.

Porque a palavra da promessa é esta: Por esse tempo, virei, e Sara terá um filho. E não ela somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque, nosso pai (Rm 9.6-10). Três lições importantes:

(a) O fato de Israel rejeitar ao Messias não significa que a Palavra de Deus tenha falhado. (b) Há uma

diferença entre ser um descendente natural de Abraão e os filhos espirituais de Abraão (Rm 2.25-

29; Gl 3.26-29; 4.28-29). (c) A igreja ou o Israel de Deus é constituído por todos os crêem em Jesus, e consequentemente, são filhos de Abraão (Gl 6.16). (2) O verdadeiro Israel de Deus é formado por

pessoas escolhidas por Deus, de todas as nações da terra. Paulo argumenta: E ainda não eram os

gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à

eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), já fora dito a ela: O mais velho

será servo do mais moço. Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú (Rm 9.11-13).

Observe três coisas: (a) Deus escolheu a Jacó em detrimento de Esaú. (b) Deus fez esta escolha

antes deles nascerem. (c) Ele fez isto para mostrar que a sua escolha soberana era incondicional,

isto é, não dependeria do que eles iriam fazer quando vivos.

A lição que aprendemos de tudo isso é que a salvação pertence a Deus. Ele salva pessoas de todas

as nações da terra, formando a sua igreja ou o seu Israel. Devemos pregar o evangelho a toda

criatura e fazer discípulos de todas as nações da terra.

Autor: Arival Dias Casimiro

Fonte: Igreja Presbiteriana de Pinheiros