Estudos Bíblicos

Delegue, não Abdique

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Em geral, um líder é uma pessoa ambiciosa e quando ele delega uma função espera que a pessoa que está assumindo obtenha um determinado índice de crescimento. Ao menos deveria ser assim, pois grande parte da liderança da igreja comete três erros distintos…

Em geral, um líder é uma pessoa ambiciosa e quando ele delega uma função espera que a pessoa que está assumindo obtenha um determinado índice de crescimento. Ao menos deveria ser assim, pois grande parte da liderança da igreja comete três erros distintos ao delegar uma determinada tarefa.

Ou eles esquecem de orar ao fazer a escolha para uma determinada função, pois o líder que delega uma tarefa sem oração, esqueceu-se de quem é o verdadeiro guia da igreja. Também esquecem de escolher de acordo com a capacidade intelectual, moral e espiritual. Acabam designando homens sem nenhum conhecimento, moralmente incapazes e mortos espiritualmente. Além disso, muitos líderes não acompanham a evolução do trabalho. Eles não apenas delegam, mas abdicam.

DELEGAR significa atribuir responsabilidades a um subordinado, com a intenção de promovê-lo, fazê-lo crescer. Dividir suas responsabilidades com alguém, porém, continuando a seu lado, oferecendo apoio, acompanhando sua evolução. Jesus delegou uma função a seus discípulos, ir e pregar. Porém, não os abandonou (João 14.16) e enviou um Consolador para ensiná-los (João 14.26).

ABDICAR significa largar, “abandonar o subordinado”. E com essa perda de referenciais muitos tem sucumbido a métodos equivocados para conseguir o crescimento em sua área de atuação. Ou ainda, após esgotarem todos os métodos, resolvem procrastinar — empurrar com a barriga.

Por isso encontramos igrejas vazias, ou cultos mortos espiritualmente. Pregadores secos, sem unção, sem conhecimento, que usam a crítica para tentar justificar sua falta de interesse pelo estudo das Sagradas Escrituras. Procuram nos cantores falhas, procuram na letra dos louvores, procuram na igreja. Há muitos intelectuais, estudiosos, cheios de conhecimento teórico, mas na prática estão mortos, com tantas sugestões sobre aquilo que é espiritual, que extinguiram o Espírito Santo. Julgam tudo o que é espiritual, mas não discernem a própria vida. Vemos também os revolucionários, que tem sempre uma novidade, seja no se vestir ou no falar. Eles são donos da moral, tratam a igreja com desprezo e apresentam muitas novidades, mas nenhuma espiritualidade.

O resultado é que a igreja sofre com as más escolhas da liderança. Muitas delas feitas sob o famoso argumento da bajulação. Líderes arrogantes, que odeiam ser criticados, acabam delegando funções a bajuladores, geralmente homens nem um pouco espirituais e menos voltados para o crescimento da igreja. São eles que se vangloriam por um trabalho que não fizeram, ou que procrastinam o ano todo, levando a igreja ao sofrimento, ao apresentarem contas de seus trabalhos, tem sempre uma boa desculpa. Não são poucos aqueles que, em vez de alimentar o rebanho de Cristo, têm matado tempo, empurado, enrolado.

Lembro-me da passagem dos talentos em Mateus 25.14. Aquele que recebeu cinco talentos, trouxe outros cinco ao prestar contas a seu senhor. O que recebeu dois, igualmente conseguiu outros dois. Mas o que recebeu um, por medo de perdê-lo, enterrou e recebeu a dura crítica do seu senhor. Não é suficiente apenas guardar, ou ocupar uma posição eclesiástica. Deus quer que venhamos a produzir crescimento a sua obra, por isso deixou o ensinamento nesta passagem: “Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos” (Mateus 25:28). Um líder deve delegar tarefas a quem produz.

Crise Vocacional

Não são poucos os missionários que desistem do campo por não ter nenhuma vocação para o trabalho. Existem também aqueles que permanecem, mas acabam mais servindo de escândalo do que de benção. Assim também, são aqueles que assumem determinadas funções e departamentos da igreja, sem ter nenhuma vocação para isso. Líderes de jovem que são ótimos pregadores mais péssimos líderes, líderes da música que nunca aprenderam a tocar um instrumento e pastores que tem um lar destruído e uma família desestruturada, são apenas alguns exemplos de crise vocacional.

Claro que existem aqueles que superam esta crise. Paulo é um exemplo de superação, alguém que tinha fortes tendencias de ter uma crise vocacional após ter tido um encontro com Deus. Apesar de seu preparo e intelecto, Paulo teve de lutar contra aquilo que ele achava moralmente correto. Ele havia estudado a vida toda e conhecia toda a tradição judaica, mas agora deveria pregar entre os gentios e surpreendentemente foi quem levou ao Concílio de Jerusalém a questão sobre a circuncisão (Atos 15.2).

(Este é o segundo artigo da série: Erros que os líderes evangélicos devem evitar. O primeiro artigo é: A gestão dos recursos financeiros)

autor

Michael Caceres

Conferencista, escritor, contemplador, aprendiz e examinador de questões teológicas.

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