Aqui está um tema que não poderei tratar apenas em um ponto de vista teórico ou teológico. Até porque tenho uma grande amiga que vive no estado de viuvez, sim, vive no estado, pois este é o estado daquele que ao perder o cônjuge não voltou a contrair núpcias, então permanece viúva, ou viúvo.
Subsídio para Escola Dominical da Lição 05 – As aflições da viuvez.
INTRODUÇÃO
I. O CONCEITO DE VIUVEZ
II. O ASPECTO SOCIAL DA VIUVEZ
Aqui está um tema que não poderei tratar apenas em um ponto de vista teórico ou teológico. Até porque tenho uma grande amiga que vive no estado de viuvez, sim, vive no estado, pois este é o estado daquele que ao perder o cônjuge não voltou a contrair núpcias, então permanece viúva, ou viúvo. Tal estado é totalmente inviolável, pois abrange uma intensa emoção e saudade.
Este é um assunto difícil de abordar e apesar de já ter se passado alguns anos desde o falecimento do meu grande amigo, que deixou esta jovem viúva, confesso que nunca consegui sequer escrever algo sobre o tema ou sobre a grande perda que tivemos.
Lembro-me que nos primeiros dias após o falecimento eu sequer conseguia olhar para ela sem imaginar a intensidade da dor e saudade que ela deveria estar sentindo. Se eu, que era apenas um amigo, já estava sentindo tanta saudade, quanto mais ela, que após o matrimônio passou a fazer parte do mesmo corpo (Gênesis 2.24). Mas a grande surpresa foi a coragem e força que esta jovem teve em superar este trauma terrível e empenhar-se mais ainda no serviço e ministério que exercia.
A Bíblia tem exemplos de superação da viuvez, mas este é um exemplo mais próximo. De uma jovem que mesmo após ter perdido o marido e sofrido com uma saudade inexplicável conseguiu se empenhar mais ainda em fazer a obra de Deus e acabou servindo como conforto para os mais chegados.
Claro que os amigos e a igreja tiveram um grande papel para a recuperação de uma vida feliz. Mas acredito que a maior força não pode ter sido humana, pois só Deus acompanhou de perto as noites de sofrimento e o sentimento de abandono sentidos por ela.
O que mais me preocupa neste assunto é o sentimento de desamparo e solidão. Sim, pois a pessoa que acabou de perder o cônjuge passa a relembrar as juras e sentimentos e depara-se com uma saudade intensa e desconfortante que só seria saciada com o carinho da pessoa amada. Acredito que o amparo e o afeto oferecido pelo Corpo de Cristo são essenciais para que o sentimento de solidão não leve a pessoa a uma depressão e posteriormente a desistir da vida.
O papel da igreja é confortar e ajudar as pessoas a superarem os traumas sociais e abandonarem todo o sentimento de desespero trazidos pelas grandes perdas que a vida proporciona. Não permitindo que a viuvez leve as pessoas a um estado de isolamento a ponto de não encontrar mais sentido para sua existência.
autor
Michael Caceres
Conferencista, escritor, contemplador, aprendiz e examinador de questões teológicas.
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