Antigo, e o Novo Testamento não é homogêneo quanto à perspicácia espiritual,pois alguns autores eram mais perceptivos do que outros. Calvino também supunha que os autores limitavam-se à compreensão potencial de seus leitores.
As Idéias Principais de Calvino
1) A revelação bíblica é progressiva = o Novo Testamento ultrapassa ao
Antigo, e o Novo Testamento não é homogêneo quanto à perspicácia espiritual,pois alguns autores eram mais perceptivos do que outros. Calvino também supunha que os autores limitavam-se à compreensão potencial de seus leitores.
Para exemplificar: “A esse respeito temos muitas coisas que dizer, e difíceis de
explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir…” (He 5:11).
2) Deus é a causa absoluta e não-condicionada de todas as coisas.
Deus revela sua mente no homem e na natureza. – Visto que o homem foi cego
pelo pecado, ele precisa de mais do que somente a Palavra objetiva de Deus, as
Escrituras, para orientá-lo na direção correta de sua vida. Ele precisa de
iluminação espiritual.
3) Deus ordena todas as coisas, mas sem fazer violência à liberdade
de suas criaturas inteligentes, algumas delas sendo necessárias, outras
contingentes e outras livres.
4) O homem foi criado puro e segundo a imagem divina, mas caiu e
ficou corrompido, mediante o abandono voluntário do bem. Permanece nele,
contudo, uma parte da imagem de Deus, embora isso não seja suficiente para o
homem salvar a si mesmo.
5) Cristo, o Redentor, é a ajuda de que o homem precisa para a
salvação de sua alma, pois n’Ele encontra-se toda graça suficiente.
6) O homem depende de Deus quanto a uma dupla predestinação: ou
para a salvação, ou para a perdição. O homem é salvo inteiramente à parte de
qualquer mérito pessoal, mas é condenado por causa do pecado.
7) A graça de Deus renova a vontade do homem, e a reação humana
é inspirada pelo Espírito Santo. Isso recupera para o homem a verdadeira
liberdade.
8) Todos os crentes são iguais diante de Deus. As hierarquias criadas
pelos homens são prejudiciais à espiritualidade.
9) As Escrituras, com exclusividade, são a nossa autoridade de fé e
prática. Portanto, a teologia de Calvino é, acima de tudo, bíblica.Principais Doutrinas de Armínio
1) O conhecimento que Deus tem dos atos futuros dos livres agentes não é a causa
destes atos. O fato que Deus prevê não é a causa dos acontecimentos.
2) Os decretos de Deus repousam sobre Sua presciência, pelo que a eleição é baseada
na fé prevista, e a reprovação é baseada na incredulidade e na desobediência dos
incrédulos.
3) O homem predomina sobre criaturas inferiores porque há nele a imagem de Deus.
4) Adão foi criado na inocência, mas não em verdadeira santidade.
5) O pacto de obras foi ab-rogado após a queda.
6) O pecado consiste em atos da vontade, que se tornou rebelde.
7) A pecaminosidade é por nós herdada de Adão, mas sua culpa não é imputada ao
homem.
8) A reprovação do homem, resultante da queda, não é total.
9) Portanto, o homem reteve a faculdade de autodeterminação, e sua vontade pode
inclina-se para o bem e não para o mal.
10) A expiação se faz necessária para expor somente uma as maneiras como Deus pode
manifesta Seu amor, sem prejuízo da Sua santidade.
11) A expiação é universal, mas a vontade pervertida pode rejeitar essa provisão.
12) A graça é uma só: não há graça comum que a distinga da especial.
13) Graça universal e suficiente segue a pregação do evangelho; todos podem reagir
favoravelmente ou não, segundo a vontade de cada um. A graça não é irresistível em
qualquer caso.
14) A regeneração origina-se no arrependimento e na fé.
15) A vontade humana é uma das causas da regeneração.
16) A fé é uma boa obra humana, base de aceitação diante de Deus.
17) A justiça de Cristo não é imputada ao crente.
18) Nesta vida, o crente pode chegar à perfeição impecável, conformando-se à vontade
divina, com a cooperação de sua vontade.
19) O indivíduo pode cair da graça e perder a salvação que antes possuía.
20) O amor é o atributo supremo de Deus, a essência mesma de Seu ser.
21) O alvo da criação é a felicidade (eudaemonismo).
22) O homem foi criado naturalmente como um ser moral.
23) A expiação é rectoral ou governamental, o que significa que a expiação não é
estritamente vicária e penal, e, sim, uma realização simbólica que visa a salvaguardar os
interesses do governo moral de Deus, ao mesmo tempo que abre a possibilidade de
salvação, alicerçada sobre a obediência evangélica.
24) Plena certeza de salvação não é possível nesta vida, exceto mediante a revelação ou
iluminação individuais.
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