REFERÊNCIA: Lucas 16.31
PROBLEMA: Começando com Moisés, os milagres foram dados como uma prova da missão divina dos servos de Deus (cf. Êx 4.1-17). Nicodemos reconheceu que Jesus fora enviado por Deus porque, conforme ele disse a Jesus: “Ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele” (Jo 3.2). Pedro nos diz que Jesus foi “aprovado por Deus diante de vos com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós” (At 2.22). O autor de Hebreus declarou que Deus deu “testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade” (Hb 2.4).
Por outro lado, é evidente que os milagres não operam no sentido de confirmar a mensagem divina na vida das pessoas que não creem. O próprio Jesus admitiu isso na passagem em que disse: “Tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos” (LC 16.31). E, num importante versículo de João, depois de Jesus ter realizado muitos de seus sinais milagrosos, o evangelista admitiu que, “embora tivesse feito tantos sinais na sua presença, não creram nele” (Jo 12.37).
Assim, com base nesses versículos, tudo indica que os milagres realmente não contribuem para a confirmação de uma missão divina.
SOLUÇÃO: A razão de tal discrepância não é difícil de ser encontrada. Há uma diferença entre provar e persuadir. Devido ao contexto teísta, os milagres de Jesus eram uma confirmação de suas afirmações, mas isso não significa que todo aquele que os visse seria convencido pelos milagres. Estes eram uma demonstração objetiva das afirmações de Jesus, mas nem todos se convenceram subjetivamente por eles. Até mesmo a melhor evidência só é efetiva havendo vontade, não rejeição. Os que se fecharem para Deus ouvirão apenas o “trovão”, ao passo que os que estiverem abertos ouvirão a própria voz de Deus (cf. Jo 12.27-29).
Fonte: Bíblia de Estudo – Perguntas & Repostas
Divulgação: Eis-me Aqui!
