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Ex-testemunhas de Jeová lidam com rejeição da família

Ex-testemunhas de Jeová lidam com rejeição da família
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“Não falo com ninguém da minha família. Não temos nenhum contato, porque eu me ‘desassociei'”, conta ex-membro.

A vida de alguns ex-testemunhas de Jeová é cercada de isolamento e dificuldades, revela reportagem promovida pela BBC. O distanciamento da religião provoca, em alguns casos, o afastamento dos familiares e posteriores problemas psíquicos dos dissidentes.

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Um dos casos é de uma mulher, cujo nome não foi revelado, que foi expulsa depois de não querer continuar com seu parceiro, também membro da religião, que a espancava. Ela foi ajudada por colegas de trabalho a denunciá-lo, o que prejudicou sua permanência entre os demais.

“Não falo com ninguém da minha família. Não temos nenhum contato, porque eu me ‘desassociei’”, disse ela, que também afirmou que seu ex-companheiro não foi punido pelos testemunhas de Jeová e que seus familiares se afastaram assim que foi expulsa.

Em um comunicado, a instituição religiosa falou à BBC: “Se uma testemunha batizada viola o código moral da Bíblia e não apresenta evidências de que não continua a fazer isso, ela ou ele serão afastados e desassociados”.

“Quando se trata desse afastamento, as testemunhas seguem as instruções da Bíblia, e, neste ponto, a Bíblia diz claramente: ‘Removam os homens perversos entre vocês’”, acrescentam.

A mulher, no entanto, disse que foi abraçada pelos colegas de trabalho e pretende se casar em breve. “São pessoas que minha religião dizia serem terríveis e más companhias, que seriam castigadas por Deus no Apocalipse. Mas essas pessoas abriram as portas de suas casas para mim”, contou.

Ela diz que não sente ódio das pessoas. “Há boas pessoas nessa religião, que acreditam estar salvando outras. Guardo boas memórias, porque são as últimas que tenho com minha família. Mas também olho para trás e é dolorido, porque nunca mais poderei sentar com eles para um almoço de domingo. Quando morrerem, eu não serei convidada para seus enterros”, lamentou.

Outro caso, de um homem que não foi identificado, conta sobre o seu desligamento há dois anos. Segundo ele, tudo ocorreu após perder um velório. Porém, no seu caso, já estava a se questionar acerca de dogmas da instituição.

Ele conta que passou a estranhar ensinamentos de que, no fim do mundo, somente 144 mil pessoas iriam para o céu. Sua fé foi abalada, também, após um de seus amigos morrer por não receber transfusão de sangue. “Foi uma vida desperdiçada”, lamentou.

Era casado, e sua mulher testemunhou para que fosse retirado da religião. Segundo a BBC, sua vida perdeu toda a estabilidade, também perdeu contato com seus filhos e irmãos.

Fonte: gospelprime

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