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Após votação, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil decide permitir casamento gay

Após votação, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil decide permitir casamento gay
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Apesar da decisão ter sido tomada agora, a entidade já permitia líderes homossexuais em união estável.

A Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) decidiu aceitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em votação, a grande maioria votou que “sim”, a entidade cristã deve “estender o matrimônio a casais do mesmo sexo”.

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Sobre a votação, foram 57 a favor, três votos contra e duas abstenções. Segundo o site oficial da igreja, que classifica a decisão como um “momento histórico”, esta foi a terceira vez que o assunto foi levado à consideração do Sínodo Geral.

O site explica que a pauta já vinha sendo reivindicada desde 1997 de modo formal, mas que já havia sido debatida informalmente muito antes. O artigo oficial da nova decisão fez questão de salientar a decisão estatal brasileira sobre o casamento civil homossexual, legalizado no país em 2012.

“Reafirmamos nosso compromisso com o Evangelho de Jesus e a pertença à Família Global Anglicana, à medida que buscamos continuar a caminhar conjuntamente com aquelas pessoas de quem discordamos e responder aos desafios à nossa frente, dentro de nossos contextos”, diz o artigo.

Francisco de Assis da Silva, o bispo Primaz do Brasil disse: “Senti a decisão como resultado da presença e trabalho do Espírito Santo. Isso amplia nossas fronteiras, permitindo que nós possamos ser mais acolhedoras(es) à diversidade no nosso país”.

Ainda de acordo com o site oficial, o Secretário Geral da IEAB, Rev. Arthur Cavalcante, que também é um membro da comunidade LGBT, afirma que foi escolhido secretário geral em 2011 mesmo a igreja sabendo de sua orientação sexual. O fato mostra que a entidade já compactuava com a prática homossexual e a união de pessoas de mesmo sexo, mesmo antes da decisão oficial.

“Quando fui escolhido Secretário Geral em 2011, a Igreja estava ciente de minha orientação sexual e do fato de que estava em união estável com meu companheiro, Dr. David Morales. Isso não foi impedimento a tal função crucial”, explica.

A texto ressalta que não haverá mudanças litúrgicas por conta da mudança que o Livro de Oração Comum sofreu, fazendo com que o rito matrimonial tivesse uma “neutralidade de gênero”, permitindo o uso do texto para celebrações de casamento para pessoas do mesmo sexo.

Rev. Arthur Cavalcante e Dr. David Morales, que vivem em união estável. (Foto: Reprodução / Site IEAB).

Rev. Arthur Cavalcante e Dr. David Morales, que vivem em união estável. (Foto: Reprodução / Site IEAB).

Anglicanismo

O que é o Anglicanismo? Ora, nada mais é que “a manutenção da tradição católica com a aceitação de muitos elementos da reforma protestante”. Estas são palavras do bispo Dom Sebastião Armando, em entrevista para um documentário desenvolvido pelo Fórum Inter-religioso da Universidade Católica de Pernambuco.

Ele conta que o anglicanismo nasceu exatamente no período em que na Europa a Igreja Católica quebrava e a reforma protestante crescia. Surgiu então algo que tentou abraçar as duas vertentes.

Apesar de se apossar das identidades cristãs, que historicamente são conservadoras, a Igreja Episcopal Anglicana vem se moldando à agenda progressista. O casamento gay não é a primeira pauta que fere as escrituras a ser concebida pela entidade.

O Anglicanismo apoia a morte de indefesos?

Daniel Veitel, secretário executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disse em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo (em 2010) que “a Igreja Católica é contra qualquer tipo de aborto, até mesmo os previstos no Código Penal”. Ele ainda salientou: “Somos a favor da vida. Esse é o preceito cristão”.

Na mesma entrevista, o secretário-geral da Igreja Episcopal Anglicana no Brasil, reverendo-cônego Francisco de Assis da Silva, discordou de todos os representantes do Conic (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil).

“A defesa da vida é cláusula pétrea para nós. Mas temos de lembrar que nem por isso temos de transformar a defesa da vida num dogma. É preciso levar em conta a saúde das pessoas, tanto do ponto de vista físico quanto espiritual”, disse ele mostrando certa reverência ao Estado.

“No caso do risco de morte, a medicina tem critérios científicos para definir quando deve ou não ser feita a interrupção da gravidez. Não somos favoráveis à descriminalização total do aborto, porque criaria muita confusão. Mas não somos a favor de dogmas. Defendemos políticas públicas”, ressaltou Francisco de Assis.

O jornalista João Domingos explicou que o jornal “ouviu os representantes de todas as cinco igrejas que compõem o Conic”. São elas a Apostólica Romana, Anglicana do Brasil, Confissão Luterana, Síria Ortodoxa da Antioquia e Presbiteriana Unida. Segundo ele, todas as entidades possuem uma opinião comum sobre o aborto, e a defesa da vida, exceto uma. “A que mais se diferencia na discussão desse tema é a Episcopal Anglicana”, relatou.

Fonte: Guia-me

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