Simone Barreto Silva. Brasileira. Negra. Católica. Foi morta de forma brutal por terroristas na igreja, enquanto aguardava a primeira missa do dia. Esfaqueada, conseguiu fugir e pedir socorro. Evitou que a tragédia fosse maior. Deixou filhos. Foi uma das três vítimas deste ataque terrorista ocorrido em Nice, na França, e uma das várias vítimas do terrorismo islâmico na Europa.
João Alberto Freitas. Brasileiro. Negro. Agressor de mulher. Foi morto de forma brutal por seguranças no supermercado, após arrumar confusão com uma funcionária. Conduzido para fora, deu o primeiro soco. Deixou filhos. Lamentavelmente, foi uma das vítimas da falta de preparo dos seguranças e uma das várias vítimas da violência que ele mesmo era agente em outras ocasiões.
No primeiro caso, apesar de ter sido bem divulgado, não houve comoção de base racial insuflada pela mídia e quase nada de intolerância religiosa foi dito. Poucas reportagens deram destaque para o fato da vítima ser negra e o assassino ser terrorista islâmico e imigrante recém chegado da Tunísia. No segundo, o fato da vítima ser negra e os assassinos brancos foi o que mais recebeu destaque, mesmo não havendo provas de que a motivação tenha sido racial.
Nada justifica a violência. Nem mesmo João Alberto Freitas ter longa ficha criminal, ter iniciado a confusão e dado o primeiro soco. Mas a hipocrisia na forma diferente com que a imprensa trata cada um dos casos se justifica pela histeria e pelo verdadeiro objetivo, que é criar um personagem que sirva de símbolo para fomentar protestos violentos e caos social.
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Fonte: https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/24914/duas-historias-duas-reacoes-a-violencia-nao-tem-justificativa-mas-a-hipocrisia-tem-varias
