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Trump quebrou sua promessa de suspender o financiamento do holocausto do aborto nos EUA

Trump quebrou sua promessa de suspender o financiamento do holocausto do aborto nos EUA
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Julio Severo

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Com suor e lágrimas, americanos conservadores deram aos políticos republicanos: maioria na Câmara dos Deputados, maioria no Senado e a coroa e vitória máxima: a presidência dos Estados Unidos. Eles fizeram isso porque acreditaram em suas promessas conservadoras.

Se alguns anos atrás os republicanos não conseguiam suspender o financiamento da Federação de Planejamento Familiar (a maior rede de clínicas de aborto e planejamento familiar nos EUA) porque os democratas socialistas tinham maioria na Câmara dos Deputados, no Senado e tinham a Casa Branca, agora a supremacia pertence aos republicanos. Se no passado os democratas podiam financiar o aborto, agora os republicanos podem suspender seu financiamento… se quiserem.

Entretanto, parece que eles não querem, ainda que tenham sido eleitos por seus eleitores conservadores exatamente para fazer oposição ao aborto.

Na semana passada, o Congresso controlado pelo Partido Republicano aprovou um Projeto de Lei de Gastos Abrangentes (Projeto de Lei Abrangente) no valor de 1,3 trilhão a fim de impedir o governo dos EUA de paralisar.

Contudo, valeu a pena não paralisá-lo?

O fato é que a assinatura de Trump fez muito mais do que só impedir o governo americano de paralisar. Impediu também a indústria do aborto de paralisar.

O Projeto de Lei Abrangente preserva os “reembolsos” da saúde pública e financiamento do governo federal para o “planejamento familiar.” Isto é, mantém a contribuição anual de 500 milhões de dólares do governo federal para a Federação de Planejamento Familiar, a maior fábrica de abortos nos EUA.

Basicamente, quando Trump aprovou o Projeto de Lei Abrangente, ele aplicou a pena capital em todas as suas promessas de suspender o financiamento do aborto.

Um governo que financia o aborto merece não paralisar?

A aprovação de Trump do Projeto de Lei Abrangente é especialmente trágica porque em janeiro passado ele fez um discurso pró-vida histórico.

Os grandes vencedores foram os ativistas pró-aborto.

O aborto não foi a única tragédia no projeto de lei que Trump sancionou.

O Projeto de Lei Abrangente financia o aborto e não financia a construção do Muro de Fronteira, que é essencial para a segurança dos EUA.

Financia guerra contra os bebês em solo americano e guerras em solo estrangeiro, ao aumentar as despesas militares. Ainda que a responsabilidade principal de uma força militar seja guardar as fronteiras de sua própria nação, as despesas americanas apoiam a Polícia Global Americana, inclusive 800 bases militares americanas no mundo inteiro. É difícil imaginar um caso mais ridículo e hipócrita do que uma nação que consegue guardar suas ambições militares no mundo inteiro, mas não consegue guardar seu próprio quintal!

Os grandes vitoriosos foram os neocons.

A colunista e escritora conservadora Ann Coulter na terça-feira passada acusou o Presidente Trump de ser um “ignorante” que “não está cumprindo o que ele nos prometeu” durante um discurso na Universidade de Colúmbia.

“Eu sabia que ele era um ignorante raso e preguiçoso, e eu não me importava,” Coulter disse à audiência, que era em grande parte composta de universitários republicanos.

“De certo modo me parte o coração,” ela acrescentou. “Ele não está cumprindo nenhuma das promessas que ele fez durante a campanha.”

Entretanto, Coulter argumentou que a campanha de Trump foi vastamente preferível à campanha dos concorrentes dele, aos quais ela assemelhou a pacientes que escaparam de um asilo de doentes mentais.

“Os EUA tinham 16 lunáticos, sendo caçados por homens com redes, que estavam concorrendo para presidente — e Trump,” Coulter explicou. “Então é claro tive de dar todo apoio a Donald Trump. Eu havia esperado 30 anos para alguém dizer todas as coisas que ele disse,” provavelmente se referindo à promessa dele de construir um muro ao longo da fronteira entre EUA e México e também sua promessa de deter a intromissão dos neocons em outras nações.

Em 2016, Coulter publicou o e-book “In Trump We Trust: E Pluribus Awesome!” (Em Trump Confiamos) para desafiar os EUA a votar em Trump.

 O livro louva as promessas de Trump de

  1. Construir um Muro. Coulter disse: “Trump anunciou que ele estava concorrendo a presidente num discurso que falava sobre estupradores mexicanos, prometendo deportar os imigrantes ilegais e construir um muro.” Após mais de um ano de governo, Trump ainda não construiu um centímetro do muro.
  2. Não se intrometer na Síria. Coulter disse: “Trump foi o único republicano — com exceção de Rand Paul — que não propôs começar um monte de novas guerras no Oriente Médio.” No entanto, no ano passado ela precisou criticá-lo por quebrar sua promessa sobre a Síria.
  3. Não armar a Ucrânia contra a Rússia. Em seu livro Coulter apontou que todos os candidatos, exceto Trump, haviam prometido armar a Ucrânia. Ela comentou: “Quantos americanos despertam no meio da noite todos os dias suando frio de angústia sobre a Ucrânia? Até pessoas que têm medo do aquecimento global não estão preocupadas com isso. A Ucrânia era parte da Rússia na maior parte da sua história. Seria como se Putin enviasse aviões de guerra para forçar os EUA a devolverem o Texas para o México. A maioria dos americanos não se importa se Putin pega a Crimeia e a Ucrânia inteira.” Contudo, Trump quebrou sua promessa.
  4. Dar-se bem com Putin. Coulter acrescentou: “A maioria dos políticos republicanos busca provar sua boa-fé conservadora tendo coceira no dedo para apertar o gatilho — principalmente contra a Rússia. Hoje em dia, não há ninguém que se oponha a esses [republicanos belicistas]. A esquerda americana costumava aceitar muito bem a União Soviética — os gulags, a invasão da Europa Oriental, os julgamentos de fachada. Tudo isso até a Rússia se opor à agenda gay. Agora os russos estão na ofensiva contra os esquerdistas!” Até Trump embarcou nos ataques a Putin.

Coulter está certa. Trump não está cumprindo nenhuma de suas promessas de campanha — pelo menos, não em política externa, onde Trump costumava enojar os neocons, mas agora ele agrada a eles em todos os pontos.

A missão vital das forças armadas é proteger o próprio quintal. As forças armadas americanas estão falhando horrivelmente nessa missão, pois estão ocupadas demais em aventuras militares dos neocons em outras nações.

Antes de Trump aprovar o Projeto de Lei Abrangente, líderes pró-vida suplicaram com ele que o vetasse.

“Sr. Presidente, a Federação de Planejamento Familiar é a maior empresa de aborto nos EUA, tornando-a um dos maiores violadores de direitos humanos no mundo,” disse Troy Newman, presidente da entidade Operação Resgate e um dos membros fundadores do Centro de Progresso Médico. “Está no momento sob investigação do seu Ministério da Justiça por se envolver na venda ilegal de restos de bebês abortados por lucro, conforme foi revelado numa série de vídeos secretos autenticados que abalaram a nação em 2015.”

“Durante sua Campanha Presidencial de 2016, você prometeu suspender o financiamento da Federação de Planejamento Familiar,” ele recordou a Trump. “Eu o exorto agora a guardar sua promessa e vetar o Projeto de Lei Abrangente até que não mais forneça nenhum dinheiro de nossos impostos para a Federação de Planejamento Familiar.”

Entretanto, Trump quebrou sua promessa. Ele não vetou o Projeto de Lei Abrangente.

Se uma força estrangeira estivesse massacrando mais de 500.000 bebês americanos inocentes por ano, as forças armadas dos EUA trabalhariam para derrotar o criminoso. Tais números elevados de vidas inocentes estão realmente sendo destruídas em solo americano, e o criminoso não é a China e nem mesmo o bicho-papão favorito dos EUA: a Rússia. Os criminosos são clínicas de aborto, principalmente a Federação de Planejamento Familiar. O aborto é hoje a principal causa de assassinatos nos Estados Unidos.

As forças armadas americanas não estão fazendo nada para destruir esse inimigo.

O Presidente Trump, que por muitas vezes prometeu suspender o financiamento da Federação de Planejamento Familiar e seu holocausto do aborto, sancionou o Projeto de Lei Abrangente. No passado, o Holocausto do Aborto nos EUA tinha a assistência de democratas socialistas para continuar matando. Agora o Holocausto do Aborto nos EUA precisou da assistência de Trump, e recebeu.

Nenhum governo merece continuar operando entregando seus bebês inocentes no altar médico do massacre.

Nenhum governo merece continuar operando abandonando a proteção de suas fronteiras para investir na intromissão militar das fronteiras de outras nações, só para satisfazer aos neocons.

É simplesmente triste que os conservadores votem em políticos para salvar os EUA do aborto, e então os políticos precisem manter o financiamento do aborto para salvar o governo de ser paralisado.

De que vale os eleitores conservadores elegerem políticos “conservadores” se eles acabam aprovando o financiamento do aborto?

“Eu digo ao Congresso, nunca mais assinarei outro projeto de lei como esse,” Trump disse no início deste mês. Uma charge inteligente retrata Trump prestes a pular de uma prancha de um edifício arranha-céu e prometendo a seus assessores: “Ok, mas nunca mais vou fazer isso.” Não haverá segunda chance.

Pelo amor de bebês inocentes condenados à matança médica e governamental, será que os conservadores americanos não poderiam simplesmente paralisar o governo dos EUA? Ou eles aguardarão que Deus faça isso?

Com informações de “Chronicles, a Magazine of American Culture,” “In Trump We Trust,” The Hill e LifeSiteNews.

Fonte: Julio Severo

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