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Qual é a causa dos EUA no mundo hoje?

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Patrick J. Buchanan

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Depois de ser empossado para um quarto mandato, Vladimir Putin deixou o Kremlin para a Catedral da Anunciação para receber a bênção televisionada do Patriarca Cirilo da Igreja Ortodoxa Russa.

O patriarca e seus sacerdotes em vestes sagradas cercaram Putin, que, sozinho, fez o sinal da cruz.

Enquanto isso, vestimentas sagradas da Capela Sistina estavam sendo transportadas pelo Vaticano para o Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque para adornar modelos seminuas em um espetáculo sexy anunciado como “Corpos Celestiais: A Moda e a Imaginação Católica.” Uma modelo ostentava uma tiara papal.

O espetáculo foi uma sensação na mídia secular.

Em Minsk, na Bielorrússia, em 17 de maio, para celebrar o Dia Internacional Contra Homofobia, Transfobia e Bifobia, a embaixada britânica ergueu a bandeira do arco-íris. O Ministério dos Assuntos Internos da Bielorrússia não achou graça:

“Relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo são falsos. E a essência do falso é sempre a mesma — a desvalorização da verdade. A comunidade LGBT e toda essa luta por ‘seus direitos,’ e a data especial dessa própria comunidade, são apenas uma farsa!”

A Bielorrússia está declarando a verdade moral — à Grã-Bretanha.

O que está acontecendo? Um estudo acadêmico resume: “As tendências estatísticas de religião mostram duas Europas separadas: o Ocidente está passando por um processo de secularização enquanto o Leste pós-socialista está se dessecularizando.”

Uma Europa está se voltando para Deus; a outra está voltando as costas para Deus. E quando Vladimir Putin e Alexander Lukashenko, da Bielorrússia, defendem valores tradicionais contra as elites culturais ocidentais, a luta entre Leste e Ocidente perdeu sua clareza moral.

E, então, o que os EUA defendem agora? Qual é a causa americana no mundo hoje?

Na Segunda Guerra Mundial, os americanos não tinham dúvidas de que estavam certos contra o nazismo e um Japão militarista que atacara os EUA em Pearl Harbor.

Na Guerra Fria, acreditávamos que os EUA estavam do lado de Deus contra a ideologia maligna do marxismo-leninismo, que declarava o Estado comunista supremo e que não havia direitos dados por Deus.

Com a clareza moral da Guerra Fria desaparecida, como reunir americanos para lutar do outro lado do mundo em lugares que a maioria deles não consegue encontrar em um mapa?

Um artigo de fim de semana no Washington Post discute a dificuldade estratégica dos EUA até de prevalecer, caso os EUA se envolvam em guerras com o Irã e a Coréia do Norte.

“Você esperaria que os EUA e seus aliados prevalecessem, mas a um custo humano e material que seria quase incalculável, particularmente no caso do exemplo coreano,” disse o pesquisador Rand David Ochmanek.

Mara Karlin, professora da Johns Hopkins, acrescentou: “Se você quer garantir que o Pentágono possa realmente planejar, preparar e prover recursos para um possível conflito com a China ou a Rússia, então entrar em conflito com o Irã ou com a Coréia do Norte é exatamente a coisa errada a se fazer.”

Pode-se perguntar: Quantas dessas guerras potenciais — com a Coréia do Norte, o Irã, a Rússia, a China — os EUA poderiam lutar sem sangrar e falir? Que benefício concebível os EUA poderiam obter dessas guerras, especialmente com a China ou a Rússia, para justificar o custo?

Vendo em retrospectiva, apenas uma grande potência sobreviveu ao século passado como uma potência mundial. Os impérios alemão, russo, austro-húngaro e otomano não sobreviveram à Primeira Guerra Mundial. A Segunda Guerra Mundial pôs fim aos impérios britânico, francês, italiano e japonês.

A União Soviética e os Estados Unidos foram as únicas grandes potências sobreviventes da Segunda Guerra Mundial, e a própria URSS entrou em colapso entre 1989 e 1991.

Então, em 1991, os EUA começaram a estrada bastante desgastada do imperialismo, esmagando o Iraque para resgatar o Kuwait. Embriagados com esse triunfo militar, os EUA mergulharam no Afeganistão, no Iraque, na Líbia, na Síria e no Iêmen.

Apesar de os EUA ainda estarem envolvidos nessas guerras, estamos agora falando de guerra com a Coreia do Norte ou com o Irã, ou mesmo com a Rússia ou a China; com a Rússia, por causa da anexação da Crimeia e com a China, por causa da anexação do Mar do Sul da China.

Donald Trump é presidente hoje porque ele disse às pessoas que ele “tornaria os EUA grandes de novo” e colocaria “os EUA em primeiro lugar.”

Tudo isso nos leva de volta à pergunta: Qual é a causa dos EUA hoje?

Derrotar o nazismo e o fascismo foi uma causa. Defender o Ocidente contra o comunismo foi uma causa. Mas que causa agora une os americanos?

Certamente não é cristianizar o mundo como era há séculos, ou impor o domínio ocidental sobre a humanidade como era na era dos impérios do século XVII ao século XX.

A luta pela democracia está fora de moda, já que as eleições livres que os EUA exigiram produziram o Hamas, o Hezbollah, a Irmandade Muçulmana no Egito, Muqtada al-Sadr no Iraque e nacionalistas, populistas e autocratas da Ásia ao Oriente Médio e à Europa.

Talvez a missão dos EUA seja defender e proteger o que é vital para os americanos, ficar fora de guerras estrangeiras onde interesses americanos cruciais não estejam em perigo e reunir a república americana dividida e disputada — se é que ainda há esperança para isso.

Pat Buchanan é colunista do WND e foi assessor do presidente Ronald Reagan. Ele é católico tradicionalista pró-vida e já foi candidato republicano à presidência dos EUA.

Fonte: Julio Severo

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