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O que é que eles têm feito? Neocons que nunca vão à guerra pedem agressivamente guerras nas quais jovens inocentes têm de lutar no lugar deles

O que é que eles têm feito? Neocons que nunca vão à guerra pedem agressivamente guerras nas quais jovens inocentes têm de lutar no lugar deles
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John Duncan

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O aniversário de 100 anos da assinatura do Armistício que terminou a Primeira Guerra Mundial gerou muitas discussões e artigos sobre a chamada “Grande Guerra.”

Os neoconservadores adoram provocar guerras e enviar jovens inocentes para lutar enquanto eles mesmos ficam confortavelmente sentados em suas poltronas, sem pisar em campo de batalha. A maioria deles, que tão ansiosamente conduziram os EUA à desastrosa guerra no Iraque, aparentemente quer ser considerada como Winston Churchills dos tempos modernos.

Eles podem ficar muito surpresos ao ler a grande biografia de Woodrow Wilson, de Scott Berg, que cita Churchill dizendo: “Os Estados Unidos deveriam cuidar de seu próprio país e ficar de fora da Guerra Mundial,” querendo dizer a Primeira Guerra Mundial.

Churchill disse a William Griffin, editor do jornal New York Enquirer em agosto de 1936: “Se os EUA não tivessem entrado na guerra, os Aliados teriam feito as pazes com a Alemanha na primavera de 1917. Se tivéssemos feito a paz, então não teria havido nenhum colapso na Rússia seguido pelo comunismo, nenhum colapso na Itália seguido pelo fascismo, e a Alemanha não teria… entronizado o nazismo.”

É incrível a frequência com que uma guerra leva ou causa outra.

É também impressionante como aqueles que nunca lutaram na guerra podem se empenhar em mandar outros para lutar e até serem mortos ou mutilados.

O que mostra tristemente a condição dos EUA é que na sua recente história de guerras desnecessárias, mas aparentemente permanentes, o presidente mais anti-guerra que os EUA tiveram nos últimos 70 anos foi Dwight D. Eisenhower, um militar de carreira e líder na Segunda Guerra Mundial.

As palavras mais famosas de Eisenhower vieram em seu discurso de despedida no final de sua presidência, quando ele advertiu contra os excessos do complexo militar-industrial.

Acredito que ele ficaria chocado com o fato de que os EUA foram longe no militarismo excessivo que ele orientou os americanos a evitar.

Menos famosas são as palavras de seu primeiro grande discurso como presidente quando ele falou à Sociedade Americana de Editores de Jornais em abril de 1953.

Nesse discurso, ele chamou a paz de “a questão que mais urgentemente desafia e exige a sabedoria e a coragem de todo o nosso povo.”

Ele acrescentou: “Cada arma que é feita, cada navio de guerra lançado, cada foguete disparado significa, no sentido final, um roubo contra aqueles que têm fome e não são alimentados, contra aqueles que estão com frio e não são vestidos.”

O presidente Donald Trump parece ter bons instintos. Depois de ter se manifestado contra a guerra no Iraque, ele disse que os EUA não deveriam pagar tantas contas de defesa militar de outros países.

Igualmente importante, em dezembro de 2016, cinco semanas depois de vencer a eleição, ele criticou o programa F-35 de US$ 400 bilhões e disse que haveria uma “restrição vitalícia” aos altos oficiais militares que vão trabalhar para a indústria bélica, a famosa porta giratória o Pentágono.

No entanto, o presidente até agora não trouxe de volta para os EUA nenhum número significativo de tropas americanas que estão em outros países. Ele também tem se gabado de seus grandes aumentos em gastos militares.

Os gastos militares americanos mais do que dobraram desde o ano 2000. Eu me opus à maioria dos programas do presidente Barack Obama, mas é falso dizer que ele dizimou as forças armadas quando os gastos militares aumentaram tanto no governo de Bush quanto no governo de Obama.

Segundo algumas estimativas, os EUA têm hoje gastos militares, ou relacionados à indústria bélica, de quase US$ 1 trilhão por ano. Além disso, o Congresso concedeu ao Departamento de Defesa mais de US$ 200 bilhões em alívio dos tetos orçamentários ineficazes que vigoraram entre 2013 e 2017.

Agora, é claro, os EUA estão entrando em seu 18º ano de guerra no Afeganistão, estão apoiando a guerra dos sauditas no Iêmen e estão operando 800 bases militares no mundo inteiro.

Os neocons americanos — que são muito determinados, mas muito tolos — não se envergonham nem um pouco dos erros da política externa no Iraque, e continuam exigindo sanções e ações cada vez mais duras contra o Irã.

Stephen Kinzer, antigo correspondente no exterior do New York Times, escreveu que “a intervenção violenta (da CIA) no Irã pareceu uma boa ideia em 1953, e por um tempo pareceu ter sido bem-sucedida. Agora, porém, está claro que essa intervenção não apenas trouxe ao Irã décadas de tragédia, mas também colocou em movimento forças que minaram gravemente a segurança nacional americana.”

Ele acrescentou que “os resultados foram exatamente o oposto daquilo que os líderes americanos haviam esperado.”

Essas palavras poderiam ser aplicadas a quase tudo o que os EUA fizeram no Oriente Médio nos últimos anos. As guerras desnecessárias e outras iniciativas diplomáticas dos EUA causaram muito mais danos do que benefícios e criaram ainda mais inimigos para os EUA.

Muitos membros do Congresso sentem receio de votar contra ou até criticar os gastos militares por medo de serem chamados de antipatrióticos. Espero que mais membros do Congresso comecem a perceber que as recentes guerras dos EUA tiveram mais a ver com dinheiro e poder do que qualquer ameaça real a essa nação.

E eu gostaria que eles considerassem as palavras do colunista John T. Flynn, escritas em 1956, sobre o que ele chamou de “ocupação profissional corrupta” de usar dinheiro do governo para comprar votos.

“Em busca dessa ocupação profissional corrupta,” escreveu Flynn, “os políticos são confrontados pelo problema de encontrar atividades defensáveis nas quais gastar. Deve haver visibilidade no gasto de alguma utilidade para justificar os impostos pesados. É claro que a mais antiga ocupação profissional corrupta para gastar o dinheiro das pessoas é a instituição do militarismo.”

Precisamos de mais pessoas para atender às ordens da Bíblia, que nos orienta tanto no Antigo Testamento como no Novo a “buscar a paz e persegui-la” (Salmos 34:14 e 1 Pedro 3:11).

John “Jimmy” Duncanque é membro do Partido Republicano, é deputado federal dos EUA pelo Estado do Tennessee.

Fonte: Julio Severo

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