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Governo Trump projeta 100 mil a 240 mil mortes por COVID-19 nos EUA

Governo Trump projeta 100 mil a 240 mil mortes por COVID-19 nos EUA
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Aamer Madhani, Kevin Freking e Ricardo Alonso-Zaldivar

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WASHINGTON, EUA (Associated Press) — O presidente Donald Trump alertou na terça-feira os americanos a se prepararem para um “inferno de duas semanas ruins” pela frente, enquanto a Casa Branca projetou que poderá haver de 100.000 a 240.000 mortes nos EUA devido à pandemia do coronavírus, mesmo que as atuais normas sociais de distanciamento sejam mantidas.

As autoridades de saúde pública enfatizaram que o número poderia ser menor se as pessoas em todo o país insistissem em manter distância entre si.

“Nós realmente acreditamos que podemos fazer muito melhor do que isso,” disse Deborah Birx, coordenadora da força-tarefa de coronavírus da Casa Branca. Isso exigiria que todos os americanos levem a sério seu papel na prevenção da propagação de doenças, disse ela.

Trump chamou os esforços americanos para retardar a disseminação do coronavírus “uma questão de vida e morte” e exortou o público a prestar atenção às normas de seu governo. Ele previu que os EUA logo verão uma “luz no fim do túnel” na pandemia que matou mais de 3.500 americanos e infectou 170.000 mais.

“Quero que todo americano esteja preparado para os dias difíceis que estão pela frente,” disse Trump.

“Esta será uma das duas ou três semanas mais difíceis que já tivemos em nosso país,” acrescentou Trump. “Vamos perder milhares de pessoas.”

O Dr. Anthony Fauci, o principal especialista em doenças infecciosas do governo, disse que os números são “preocupantes” e pediu aos americanos que “pisem no acelerador” com seus esforços coletivos de mitigação.

“Continuamos vendo as coisas melhorarem,” disse Fauci. “Não podemos desanimar com isso porque a mitigação está realmente funcionando e funcionará.”

Birx disse que as previsões de pandemia inicialmente previam de 1,5 a 2,2 milhões de mortes nos EUA. Mas esse foi o pior cenário, sem esforços para retardar a propagação do coronavírus por meio do distanciamento social.

Birx disse que os estados ainda não viram um aumento nos casos enquanto Nova Iorque pôde tomar medidas para achatar a curva do aumento de hospitalizações e mortes.

Quanto à projeção de 100.000 a 240.000 mortes, Fauci, dos Institutos Nacionais de Saúde, disse: “Não aceitamos esse número, mas é isso que vai ser… Queremos fazer muito melhor que isso.”

Não é apenas o distanciamento social que pode fazer a diferença, mas também os esforços frenéticos dos hospitais de todo o país para se preparar para uma invasão de pacientes gravemente enfermos. Quanto mais preparados os hospitais estiverem, maiores as chances de vidas serem salvas.

Há também um curinga no que diz respeito ao tratamento: se a combinação de drogas que Trump divulgou — um remédio para malária e um antibiótico — fará realmente a diferença. Essa combinação já está sendo usada em milhares de pacientes, e Fauci disse que gostaria de ver um teste rigoroso de sua eficácia.

Os comentários de Trump vieram depois que ele anunciou no domingo que estenderia até 30 de abril as normas de distanciamento social que exortavam os americanos a cessar grandes reuniões, trabalhar em casa, suspender o aprendizado nas escolas e mais em uma campanha nacional para conter a propagação do vírus.

Foi uma reversão abrupta para Trump, que passou boa parte da semana passada mirando em 12 de abril como o dia em que ele queria ver os americanos “enchendo os bancos” das igrejas para os cultos do domingo de Páscoa.

Trump chamou os dados de “muito preocupantes,” dizendo que entendia que as 100.000 mortes eram um mínimo que seria difícil de evitar. Ele também procurou reescrever sua minimização do surto, dizendo que rejeitava aqueles que comparavam o novo coronavírus à gripe — quando na verdade ele fez isso várias vezes publicamente.

“Isso poderá ser um inferno de duas semanas,” disse Trump. Ele acrescentou: “Você sabe que 100.000 é, de acordo com a modelagem, um número muito baixo. Aliás, quando vi esse número pela primeira vez… eles disseram que era improvável que eu fosse capaz de alcançar isso. Temos de ver, mas acho que estamos fazendo melhor do que isso.”

Trump minimizou as preocupações de Andrew Cuomo, de Nova Iorque, e de outros governadores, de que os hospitais de seus estados não têm respiradores suficientes para tratar um antecipado aumento explosivo de pacientes. Trump disse que o governo federal tem atualmente um estoque de 10.000 respiradores que planeja distribuir conforme necessário.

“Agora, quando o aumento ocorrer, se ocorrer de maneira uniforme, poderemos distribuí-los rapidamente antes que eles precisem,” disse Trump. “Mas queremos ter uma reserva agora. É como ter reservas de petróleo.”

Birx disse que as experiências do estado de Washington e da Califórnia lhe dão esperança de que outros estados possam manter o coronavírus sob controle através do distanciamento social. Isso ocorreu porque eles agiram rapidamente para conter os primeiros focos de coronavírus, fechando escolas, exortando as pessoas a trabalhar em casa, proibindo grandes reuniões e adotando outras medidas agora familiares à maioria dos americanos, comentou ela.

“Estou tranqüilo ao olhar para a linha de Seattle,” acrescentou ela. “Os estados da Califórnia e Washington reagiram muito cedo a isso.” Muitos outros estados e governos locais já têm controles rígidos sobre mobilidade e reuniões.

Trump disse que também pedirá ao governador da Flórida, Ron DeSantis, que permita a atracação de dois navios de cruzeiro com passageiros que tiveram contato com pacientes que sofrem do COVID-19. Os passageiros estão ansiosos para desembarcar quando chegarem à Flórida, mas DeSantis disse que os recursos de saúde do estado já estão muito escassos para suportar o número de casos de coronavírus de um navio.

“Eles estão morrendo no navio,” disse Trump. “Farei o que é certo, não apenas por nós, mas para a humanidade.”

Trump falou depois de outro dia preocupante para o mercado de ações, que está em queda livre, com o cononavírus praticamente paralisando a economia dos EUA e deixando milhões de desempregados. O Índice Dow Jones caiu mais de 400 pontos, ou aproximadamente 1,9%, para fechar o pior final do primeiro trimestre de seus 135 anos de história.

Fonte: www.juliosevero.com

Divulgação: Eis-me Aqui!

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