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Felipe Vilela: “Não há avivamento sustentável sem engajamento bíblico”

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O pastor e compositor lembrou que “condutas morais” não definem o cristianismo, mas sim a base bíblica e o relacionamento cotidiano do cristão.

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“A vida cristã não é definida apenas pela santidade moral”. Foi com esse conceito que o pastor e compositor Felipe Vilela teve uma conversa franca e falou com exclusividade ao Guiame na Expoevangélica 2023 sobre temas como relevância da Igreja nos dias atuais e cristianismo fora das quatro paredes. 

Segundo o pastor Felipe, a Igreja atual e sua liderança precisam estar prontas para responder aos questionamentos mais diversos das pessoas, até mesmo aqueles que são considerados “polêmicos”. 

“Acredito que alguns assuntos que são tabus já não se sustentam mais nessa transição geracional. A próxima geração tem dúvidas que são legítimas, perguntas que são atuais e geralmente as pessoas usam o termo ‘polêmica’ para sustentar os tabus”, afirmou. 

“Eu considero um assunto ‘polêmico’ quando ele não existe. Se o assunto existe não é polêmico. A gente está fazendo uma abordagem de algo que está todo mundo perguntando. Então, a Igreja existe para responder às perguntas que o mundo está fazendo, as dores de agora”, acrescentou. 

O pastor destacou que a relevância da Igreja se mantém quando ela compreende a importância de cumprir a sua missão, respondendo aos anseios e questionamentos da Sociedade contemporânea.

Assista o vídeo completo:

“A igreja se torna velha quando – e algumas se tornaram – quando tem todas as respostas certas para os problemas de 50 anos atrás. Então, a gente precisa responder o que as pessoas estão perguntando agora e não o que as pessoas perguntaram lá atrás”, lembrou.

Cristianismo fora das 4 paredes

Questionado sobre sobre como se policiar para não cair no erro de acreditar que a apenas a conduta moral define a vida cristã, Vilela foi enfático em dizer que o testemunho vai bem além de se abster dos costumes mundanos. 

O pastor deu como exemplo o próprio Cristo que viveu entre pessoas que não o perceberam como o filho de Deus, por talvez estarem presas ao cotidiano religioso, mas sem sensibilidade.

“Jesus começou seu ministério com 30 anos. Jesus era Deus e ficou 30 anos em um bairro e as pessoas não se deram conta de que Deus era vizinho delas. Jesus foi gente!”, explicou.

“Quando eu falo sobre as abstinências, é claro que elas existem no contexto da vida cristã, mas Deus não é refém da nossa santidade moral. Caso contrário eu vou orar como os fariseus oravam: ‘Eu não sou como esses, eu oro, jejuo’. Isso não nos define. O que de fato nos define é a resposta que a gente dá para os dois principais mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas e ao meu próximo. E o amor se evidencia na minha relação humana. Isso nos define e não a nossa pauta moral”, acrescentou.

Vilela lembrou que Deus quer do ser humano mais que a conduta moral. Quer também a capacidade de olhar o próximo e estender a mão.

“Deus escolheu ser amado no próximo. ‘Você me viu com sede, com fome, com frio e eu te conheço’. Isso define a nossa fé e a nossa cristandade. Não as nossas abstinências, a nossa conduta moral, as nossas comunidades de fé, a nossa envergadura, a nossa popularidade no meio cristão”, explicou.

“Somos a Bíblia que o mundo lê”

Certa vez o evangelista Billy Graham afirmou que “o cristão é a Bíblia que o mundo está lendo”. E foi justamente por essa razão que o Felipe Vilela alertou sobre como estamos “errando na tradução” dessa mensagem.

“A gente erra na tradução. A gente está discutindo coisas muito periféricas ainda e deveria estar muito mais aprimorado em realmente encarnar essa mensagem, que só pode ser encarnada por gente que vive como gente, que anda com gente, que ama gente, que toca em gente e que se permite ser tocada”, destacou. 

“Talvez a gente criou um ambiente de estranheza, blindado, porque a gente está mais preocupado em vender a nossa santidade moral do que levar a nossa santidade genuína e pura aos lugares onde as pessoas estão perdidas. Essa é a missão do Cristo, de Jesus, da Igreja”, acrescentou. “A gente vai traduzir a Bíblia quando andar literalmente como Jesus andou. Ele era amigo dos publicanos e pecadores. Ele jantava na casa de Zaqueu”.

Engajamento bíblico

Vilela propôs ainda uma “dieta intelectual”, de modo que o cristão passe a selecionar melhor o alimento espiritual que recebe.

“É preciso fazer uma dieta intelectual. Tem muita gente dizendo coisas que não têm o que dizer. É preciso procurar pessoas sérias, homens de Deus. Procure o pastor da sua comunidade local, tenha uma relação com a Bíblia, porque Deus não se conhece em ondas de fé. Deus se conhece em uma experiência com a Palavra”, aconselhou. 

O pastor explicou que a base bíblica é essencial, seja para iniciar, seja para manter um avivamento sustentável.

“Não há avivamento sustentável sem engajamento bíblico. Então, essa é a maneira: Como manterá o jovem puro em seu caminho? Meditando constantemente na Palavra de Deus, pedindo que a Palavra de Deus invada o seu interior, que seja parte da sua vivência”, lembrou. 

“Pessoas que pregam fora da Bíblia? Pule fora delas! Pessoas que te apresentam um caminho oposto do ‘negue-se a si mesmo? Isso não é o Evangelho! Vejo hoje a onda de tantos coaches, tantos recortes, tantos vídeos curtos, gente com audiência muito grande, mas sem nada para falar… Então, fuja dessas coisas! Não ache que isso está te alimentando espiritualmente, o que vai te alimentar espiritualmente é a mensagem completa dessa nova vida”, acrescentou.

Fonte: Guiame.com.br

Postagem Original: https://guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/felipe-vilela-nao-ha-avivamento-sustentavel-sem-engajamento-biblico.html

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