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Em meio à guerra de palavras de Trump com o Irã, neocons buscam mudança de regime

Em meio à guerra de palavras de Trump com o Irã, neocons buscam mudança de regime
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Alex Newman

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Enquanto a guerra de palavras entre o governo de Trump e o regime iraniano se intensifica, a perspectiva de uma operação militar total para provocar uma “mudança de regime” contra Teerã por parte dos neoconservadores na Casa Branca também está crescendo. Relatórios já sugerem que o governo dos EUA está trabalhando para desestabilizar o Irã. No lugar da ditadura islâmica “revolucionária” atualmente em vigor, os neocons que aconselham o presidente Trump esperam instalar no poder uma seita islamo-marxista apoiada por Obama que esteve na lista terrorista dos EUA por cerca de 20 anos e teve muitas pessoas próximas a Trump em sua folha de pagamento — literalmente — desde antes de sair dessa lista sob Obama. Os tambores de guerra estão sendo batucados pelos mesmos indivíduos e grupos responsáveis pela guerra do Iraque e outros desastres de proporções épicas — as mesmas pessoas contra as quais Trump fez campanha e esmagou na eleição de 2016. A partir de agora, as autoridades do governo americano estão dizendo que “todas as opções,” presumivelmente inclusive a guerra, “estão em cima da mesa.”

Em um tuíte tarde da noite em 22 de julho, o qual atraiu manchetes instantâneas em todo o mundo, o presidente Trump emitiu um aviso severo às autoridades em Teerã. “Para o presidente iraniano Rouhani: NUNCA AMEACE OS ESTADOS UNIDOS NOVAMENTE OU VOCÊ TERÁ CONSEQUÊNCIAS COMO POUCOS EM TODA A HISTÓRIA JÁ SOFRERAM,” escreveu Trump no serviço de mídia social, usando todas as letras maiúsculas para dar ênfase. “NÓS NÃO SOMOS MAIS UM PAÍS QUE IRÁ TOLERAR SUAS PALAVRAS DEMENTES DE VIOLÊNCIA E MORTE. SEJA CAUTELOSO!” Enquanto Trump vem usando uma dura retórica contra o regime praticamente desde que foi eleito em uma plataforma de rasgar o “acordo de Obama com o Irã,” e muitas dessas autoridades vêm batucando ruidosamente os tambores de guerra contra o Irã, o tuíte de domingo foi de longe a ameaça mais severa até agora.

A mensagem veio em resposta aos comentários feitos no mesmo dia pelo presidente iraniano Hassan Rouhani. Respondendo a ameaças e belicismo de neocons no governo Trump, ele advertiu o governo dos EUA e o presidente Trump sobre a tentativa de intervir no Irã. “Senhor Trump, não brinque com a cauda do leão, isso só levará a lamentos,” disse Rouhani, segundo a mídia iraniana, a um grupo de diplomatas em meio a relatos de que o governo dos EUA já está trabalhando para minar o regime apoiando protestos. “Você não está em posição de incitar a nação iraniana contra a segurança e os interesses do Irã.” Mas Rouhani também sugeriu que a paz é possível: “Os EUA deveriam saber que a paz com o Irã é a mãe de toda a paz e a guerra com o Irã é a mãe de todas as guerras.” Rouhani disse que o governo iraniano era capaz de se defender, detonando as autoridades dos EUA por “declarar guerra” contra o Irã enquanto fingia apoiar seu povo.

Entre outras ameaças, o presidente iraniano Rouhani sugeriu que o regime consideraria bloquear o Estreito de Hormuz, um canal crucial pelo qual passa a maior parte do suprimento mundial de petróleo, se o governo dos EUA tentasse bloquear as exportações de petróleo iraniano. “Qualquer um que entende os rudimentos da política não diz: ‘vamos bloquear as exportações de petróleo do Irã,’” disse o presidente iraniano à imprensa nacional em resposta a reportagens sobre o que o governo dos EUA estava considerando. “Temos sido os responsáveis pela segurança das vias navegáveis regionais ao longo da história.” O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, o principal clérigo e autoridade, ecoou a ameaça de fechar a principal via marítima, o que faria com que os preços do petróleo disparassem no mundo inteiro e teria sérias implicações para a economia dos EUA. As autoridades iranianas rejeitaram o tuíte de Trump como “guerra psicológica” contra o Irã e disseram que ele “não ousaria cometer o erro de tomar medidas contra o Irã.”

Quem está liderando a investida de guerra dentro do governo Trump tem sido o belicista neocon e o assessor de Segurança Nacional John Bolton, um membro do grupo do Estado Profundo que promove o globalismo conhecido como Conselho de Relações Exteriores. Para lhe dar uma ideia, considere que a então secretária de Estado Hillary Clinton admitiu publicamente que o CRE disse a ela o que fazer e como ela deveria pensar sobre o futuro. “Falei com o presidente nos últimos dias, e o presidente Trump me disse que se o Irã chegar a fazer algo negativo, pagará um preço como poucos países pagaram antes,” afirmou uma declaração de Bolton de 23 de julho. Ele vem exigindo guerra contra o Irã há anos e anteriormente ajudou a enganar os americanos na desastrosa guerra no Iraque. Apesar de nunca ter servido nas forças armadas, o amplamente ridicularizado Bolton, uma belicista nunca serviu nas forças armadas, tem estado entre os mais ardentes proponentes de mandar americanos para morrer em terras estrangeiras em prol de nebulosos “interesses americanos” e “democracia.”

Outro neoconservador globalista próximo ao presidente, o ex-prefeito da cidade de Nova Iorque, Rudy Giuliani, sugeriu em um discurso em maio que Trump já havia decidido adotar mudança de regime no Irã. Falando em uma manifestação do Mujahedin-e-Khalq (MeK), uma seita islamo-marxista, Giuliani também defendeu mudança de regime. “Quando a maior potência econômica parar de fazer negócios com você, você entrará em colapso… e as sanções se tornarão maiores, maiores e maiores,” prometeu Giuliani. “Os mulás devem sair do governo, o aiatolá deve sair do governo, e eles devem ser substituídos por um governo democrático que Madame Rajavi [a líder da seita MeK] representa… No próximo ano eu quero ter essa convenção em Teerã!” Giuliani, que está atuando como o advogado de Trump, também disse que os protestos no Irã “não estão acontecendo espontaneamente.” Em vez disso, “eles estão acontecendo por causa de muitos de nossos agentes.”

O MEK, que foi apoiado por Obama e pela ONU, apesar de estar na lista de organizações terroristas do Departamento de Estado dos EUA, é infame por usar o terrorismo e a violência para promover sua ideologia: uma mistura bizarra de comunismo e de islamismo. Esse grupo terrorista também é infame por ter assassinado numerosos americanos, inclusive altos funcionários americanos, ganhando um lugar na lista de terroristas dos EUA até que Obama o removeu em 2012. Para reparar sua imagem, a seita terrorista, às vezes conhecida como Organização Mujahideen do Povo do Irã (PMOI) colocou um grande número de funcionários americanos em sua folha de pagamento, oferecendo enormes somas de dinheiro suspeito a ex-autoridades americanas dispostas a fazer coisas por eles. Antes de cair em desgraça, esse grupo notório, com pouco ou nenhum apoio público no Irã, ajudou na ascensão do aiatolá Ruhollah Khomeini ao poder. Bolton foi o “convidado de honra” na conferência do MeK do ano passado.

O ex-deputado federal americano Ron Paul, do Texas, que concorreu à presidência e ajudou a construir um movimento nacional que favorece a liberdade e a não intervenção, tem estado entre as vozes que estão detonando Giuliani e Bolton por seu belicismo anti-Irã em nome do MeK. “Tanto Giuliani quanto Bolton estão na folha de pagamento do MeK e receberam dezenas de milhares de dólares para palestrar para seus seguidores,” escreveu Paul, que fundou o Instituto Ron Paul para a Paz e a Prosperidade. “Este é outro exemplo de como lobbies estrangeiros e grupos de interesses especiais mantêm um controle ferrenho na política externa dos EUA… Esse é praticamente o mesmo roteiro que os EUA seguiram no Iraque, na Líbia, na Síria e assim por diante. Os resultados foram absoluto desastre após o desastre. Desencadear terroristas no Irã para derrubar seu governo não é apenas ilegal e imoral: é também incrivelmente estúpido.”

Infelizmente para os não-intervencionistas, de acordo com a Reuters, o governo dos EUA já está envolvido em subversão e o que os militares costumam chamar de “operações psicológicas,” ou psyops, contra o Irã. “Em Washington, autoridades americanas informaram à Reuters que o governo de Trump lançou uma ofensiva de discursos e comunicações on-line para fomentar agitações e ajudar a pressionar o Irã a encerrar seu programa nuclear e seu apoio a grupos militantes,” afirmou o serviço noticioso da elite. “Autoridades atuais e ex-autoridades americanas disseram que a campanha retratava os líderes iranianos sob uma luz hostil, às vezes usando informações que são exageradas ou contradizem outros pronunciamentos oficiais, inclusive comentários de governos anteriores.”

O secretário de Estado Mike Pompeo também vem sugerindo que as operações anti-Irã estavam em andamento. Falando na semana passada na Biblioteca e Museu Presidencial Ronald Reagan, Pompeo fez algumas de suas observações mais duras até agora sobre o regime iraniano. “O nível de corrupção e riqueza entre os líderes do regime mostra que o Irã é governado por algo que mais se assemelha à máfia do que a um governo,” disse Pompeo, acrescentando que o governo dos EUA apoiava “cidadãos iranianos” contra o governo. “Todos os que expressam insatisfação compartilham uma coisa: eles têm sido maltratados por um regime revolucionário. Os iranianos querem ser governados com dignidade, responsabilidade e consentimento.” Pompeo também sugeriu que o governo dos EUA já está trabalhando para apoiar a mudança de regime, dizendo aos manifestantes no Irã que “os Estados Unidos apoiam vocês, os Estados Unidos estão com vocês.” Ele também disse que “quando chegar a hora certa,” o “mundo” seria “obrigado” a apoiar uma revolta iraniana apoiada pelo globalismo.

É claro que o governo dos EUA tem um longo histórico de intervencionismo na região e no Irã. Aliás, sucessões anteriores de intervenções resultaram no atual regime revolucionário sendo instalado no poder. No Iraque vizinho do Irã, a intervenção do governo dos EUA ajudou a colocar Saddam Hussein, ditador assassino de massas, também no poder. A intervenção da elite globalista e do “Estado Profundo” no Irã viu pela primeira vez a CIA ajudar a depor o primeiro-ministro iraniano Mohammad Mossadegh no golpe de 1953. Mais tarde, a elite globalista traiu um fiel aliado dos EUA, o Xá do Irã, no que deve ser considerado como uma das mais vergonhosas e nojentas traições de uma nação na história do governo dos EUA. Essa traição resultou diretamente na ascensão do aiatolá Khomeini e seu regime brutal de terror que continua a oprimir os iranianos até hoje. Mas em todo o Oriente Médio, a intervenção do governo dos EUA produziu caos, genocídio de cristãos, tirania, terror, ondas massivas de refugiados e morte generalizada.

Se os protestos em todo o Irã são genuínos, o belicismo da elite mina sua legitimidade fazendo com que pareçam esquemas fajutos “do povo,” liderados por fantoches de globalistas, belicistas e neocons do Ocidente. O belicismo também legitima qualquer repressão oficial. Se, por outro lado, os protestos não são genuínos e são totalmente um produto de maquinações do governo dos EUA e dos globalistas, Trump e o Congresso deveriam exigir o fim disso agora, antes que mais instabilidade ou mesmo uma guerra total surja. O presidente Trump foi eleito em parte porque prometeu deter os globalistas e os neoconservadores e parar de interferir ilegalmente nos assuntos de outras nações. As críticas dele ao intervencionismo do governo americano no Iraque, na Líbia, na Síria, no Afeganistão e em outras regiões ajudaram a torná-lo admirado entre milhões de eleitores americanos cansados de guerras. Para verdadeiramente colocar os EUA em primeiro lugar, Trump e o Congresso precisam obedecer à Constituição e seguir o conselho dos Pais Fundadores dos EUA contra intervenções em outros países.

Fonte: Guia-me

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