“Derrubar barreiras denominacionais é um dos indícios de avivamento”, diz pastor

A unidade entre as igrejas brasileiras pode resultar em avivamento para a nação, de acordo com Jackson de Aquino, que faz parte da equipe multiministerial da plataforma MEVAM.

“O avivamento virá através de um povo que integra, que oportuniza a comunhão, que possui visão global, que se movimenta de forma plural e inclusiva. O corpo de Cristo é pleno e não um corpo fragmentado”, disse ele em entrevista ao Guiame.

“Derrubar barreiras denominacionais e dogmáticas é um dos indícios de avivamento”, destacou.

Aquino observa que a igreja brasileira está a caminho de viver um processo de restauração dos valores bíblicos, trazendo impacto sobre a sociedade de forma geral.

“Há muito ainda por se fazer, mas há um contingente seleto de filhos e filhas do Deus altíssimo que estão ampliando a visão, repensando seu funcionamento, revendo seus valores, reestruturando seu fundamento e dilatando a mentalidade — tudo isso não com base em padrões aprendidos, mas sob a luz das Escrituras”, destacou.

“Buscar o que a Bíblia diz sobre cada aspecto da vida humana e aplicar de forma contextualizada, preservando os princípios, é um processo preparatório para um derramar do Espírito Santo”, completou.

A necessidade de alinhamento da igreja evangélica no Brasil foi tema da Convenção Internacional dos Filhos Ministeriais, promovida pelo MEVAM entre 7 e 11 de março em Itajaí, Santa Catarina.

Jackson de Aquino e Luiz Hermínio na Convenção Internacional dos Filhos Ministeriais 2019. (Foto: Facebook/MEVAM)

A mensagem de destaque no encontro é o “Fator Éfeso” que, segundo Aquino, baseia-se na carta do apóstolo Paulo aos cristãos da igreja efésia.

“Queríamos esclarecer pontos relevantes, estabelecer fundamentos e expandir conceitos sobre o funcionamento da igreja. Infelizmente, o movimento evangélico neopentecostal possui enxertos tóxicos de humanismo que nos afastam das bases escriturais do que é efetivamente ser igreja, e repensar a essência do corpo de Cristo é um assunto emergente”, afirmou.

De acordo com Aquino, a Convenção dos Filhos Ministeriais surgiu há 18 anos atrás com três objetivos básicos: “Conferir se estávamos nos movimentando de acordo com as prerrogativas do Reino de Deus; investirmos tempo em comunhão e relacionamento com a rede internacional apostólica, congregando no mesmo lugar propósitos afins; e liberar instruções de funcionamento para uma nova temporada da igreja com diretrizes inspiradoras que poderão nortear um novo tempo”.