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África do Sul está indo pelo mesmo caminho de seus vizinhos pobres

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Walter Williams

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A África do Sul foi lançada no noticiário por causa do recente tuíte do presidente Donald Trump que instruiu seu secretário de Estado a “estudar de perto” os alegados confiscos de terra dos fazendeiros brancos na África do Sul.

No início deste ano, uma moção de confisco de terras foi apresentada pelo líder da oposição marxista radical Julius Malema, e foi aprovada no Parlamento da África do Sul por uma votação de 241 a 83. Malema tem um compromisso de longa data com o confisco de terras sem compensação. Em 2016, ele disse a seus partidários que ele “não estava pedindo o massacre de pessoas brancas — pelo menos por enquanto.” O sentimento de confisco de terras também é expresso por Lindsay Maasdorp, porta-voz nacional da Black First Land First, um grupo que tolera confisco de terras na África do Sul. Ele diz: “Vamos recuperar a terra, e faremos isso por qualquer meio necessário.” A política de confisco de terras foi um fator-chave na plataforma do novo presidente, Cyril Ramaphosa.

Visitei a África do Sul várias vezes, em 1979, 1980 e 1992. Minha visita de três meses em 1980 incluiu palestras em quase todas as universidades sul-africanas. A visita de retorno de 1992, dois anos após o fim do apartheid e dois anos antes das eleições democráticas, incluiu palestras sobre meu livro “Guerra contra o Capitalismo na África do Sul.” Durante cada visita, meu conselho para os sul-africanos, particularmente negros sul-africanos, era que a principal tarefa diante deles não era apenas livrar a nação do apartheid, mas decidir o que iria substituí-lo.

Essa é uma pergunta importante. William Hutt, o falecido economista da Universidade da Cidade do Cabo que era uma voz antiapartheid na comunidade acadêmica, escreveu em seu livro de 1964, intitulado “A Economia da Barra de Cores,” que uma das tragédias supremas da condição humana é que aqueles que foram vítimas de injustiças ou opressão “podem frequentemente ser observados como infligindo injustiças não diferentes em outras raças.” Em 2001, Andrew Kenny escreveu um artigo intitulado “Negros Não São Animais — Mas É Assim que os Esquerdistas Os Tratam.” Kenny perguntou se a África do Sul está condenada a seguir o resto da África e cair no esquecimento. Kenny deu uma resposta negativa à sua pergunta, mas ele não estava muito otimista por causa do padrão visto em outros lugares na África subsaariana. Ele argumentou que os africanos comuns estavam em melhor situação no colonialismo. Mestres coloniais nunca cometeram, nem de perto, os assassinatos e genocídio visto sob o domínio negro em Ruanda, Burundi, Uganda, Nigéria, Moçambique, Somália e outros países, onde milhões de negros foram massacrados de forma indescritível, inclusive sendo mortos a golpes de facão, cozidos em óleo, queimados e desmembrados. Kenny disse que se tantos elefantes, zebras e leões fossem massacrados com a mesma crueldade, os esquerdistas do mundo ficariam transtornados.

O economista ganense George Ayittey expressou uma queixa semelhante em seu livro “África Traída”: “Dava para condenar governantes brancos na África do Sul, mas não líderes negros africanos culpados dos mesmos crimes políticos.” Moeletsi Mbeki, irmão do ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki e vice-presidente do Instituto Sul-Africano de Assuntos Internacionais, um think tank independente com sede na Universidade de Witwatersrand, disse em 2004 que a África estava em uma espiral de declínio. “O africano médio é mais pobre hoje do que durante a era do colonialismo,” disse ele.

O Zimbábue, vizinho do norte da África do Sul, anteriormente chamado de Rodésia, era o celeiro da África austral. Isso foi antes do confisco de quase 6.000 grandes fazendas comerciais de propriedade branca durante a década de 1990. Na virada do século, o Zimbábue estava sob a ameaça de fome em massa e estava implorando por comida. Adicionado a essa tragédia, o Zimbábue experimentou a segunda maior taxa de inflação da história. A inflação atingiu 79,6 bilhões por cento em meados de novembro de 2008. (Em 1946, a Hungria experimentou a maior taxa de inflação do mundo, 41,9 por cento quadrilhão).

A África do Sul lidera em mineração, produção de alimentos e infraestrutura vital, como produção de energia e ferrovias, no sul da África. Mas está indo pelo mesmo caminho do Zimbábue, ameaçando desastre para toda a parte sul da África. O que é mais necessário agora é que os sul-africanos adotem alguns dos princípios enunciados por Nelson Mandela, um dos quais é: “Você alcançará mais neste mundo através de atos de misericórdia do que através de atos de retribuição.”

Fonte: Julio Severo

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