Dúvidas Bíblicas - Filemom

Paulo não está aprovando a instituição da escravidão?

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REFERÊNCIA: Filemom 1.12-16

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PROBLEMA: O apóstolo Paulo parece estar favorecendo a escravatura humana, ao enviar o escravo fugitivo Onésimo de volta a seu proprietário. Mas a escravidão não é ética. É uma violação dos princípios da liberdade e da dignidade do homem.

SOLUÇÃO: A escravidão não é ética nem bíblica, e nem as ações e os escritos de Paulo aprovam essa degradante forma de tratamento. De fato, foi a aplicação dos princípios bíblicos que acabaram derrotando a escravidão. Alguns fatos de importância deveriam ser observados a respeito disso.

Primeiro, desde o começo Deus declarou que todos os seres humanos foram feitos à imagem de Deus (Gn 1.27). O apóstolo reafirmou isso ao declarar que somos “geração de Deus” (At 17.29) e que “de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra” (At 17.26).

Segundo, a despeito do fato de que a escravidão era sustentada nas culturas semíticas de então, a lei exigia que os escravos um dia fossem postos em liberdade (Êx 21.2; Lv 25.40). De igual forma, os servos deviam ser tratados com respeito (Êx 21.20,26).

Terceiro, Israel, que tinha estado sob escravidão no Egito, constantemente era lembrado disso por Deus (Dt 5.15), e sua emancipação tornou-se o modelo para a libertação de todos os escravos (cf. Lv 25.40).

Quarto, no NT, Paulo declarou que no cristianismo “não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vos sois um em Cristo Jesus” (GI 3.28). Todas as classes sociais deixam de existir em Cristo; todos somos iguais perante Deus.

Quinto, o NT proíbe explicitamente o sistema maligno deste mundo, que comercializou “escravos e até almas humanas” (Ap 18.13). O comércio de escravos é algo tão repugnante para Deus que ele profere seu julgamento final sobre o sistema maligno que o perpetrou (Ap 17–18).

Sexto, quando Paulo insta os servos com as palavras “servos, obedecei a vosso senhor” (Ef 6.5; cf. CI 3.22), ele não está com isso aprovando a escravidão, mas apenas aludindo à situação prevalecente em seus dias. Ele os está instruindo a serem bons empregados, tal como os cristãos hoje em dia devem ser, mas de modo algum estava dando respaldo à escravidão.

Sétimo, olhando com maior cuidado o texto de Filemom, vemos que Paulo não estava favorecendo a escravidão, mas na verdade a combatendo, pois instou Filemom, o proprietário de Onésimo, a tratá-lo como um “irmão caríssimo” (v. 16). Assim, ao enfatizar a inerente igualdade de todos os seres humanos, tanto por criação como por redenção, a Bíblia estabeleceu os reais princípios morais que foram usados para acabar com a escravidão e para restabelecer a dignidade e a liberdade de todas as pessoas, de toda cor ou grupo étnico.

Fonte: Bíblia de Estudo – Perguntas & Repostas

Divulgação: Eis-me Aqui!

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