Donald Trump é um corajoso político independente pró-Putin que acabará com as guerras externas dos EUA e talvez cesse as sanções americanas a Moscou. No entanto, Hillary Clinton é uma instigadora de guerras com conexões com…
Comentário de Julio Severo: Apoio oficialmente Ted Cruz para presidente dos EUA, porque ele é pró-vida. Não apoio Donald Trump porque ele não é pró-vida nem pró-família, embora eu apoie as posturas excelentes dele, que só existem em teoria, sobre ameaça islâmica e a política externa, especialmente relações mais amistosas com a Rússia, que hoje lidera uma revolução pró-família. Nessa perspectiva, é divertido observar a paranoia de direitistas brasileiros que veem Vladimir Putin como o grande Satã do universo. Habitualmente, eles acusam que qualquer um que defende o presidente russo é um agente da KGB. Agora, era hora de eles partirem para o ataque contra Trump, com força total. Mas desde que Trump defendeu Putin dos ataques de outros candidatos republicanos, nenhum desses supostos direitistas ainda acusou Trump de ser agente da KGB. Pelo contrário, muitos deles dizem que apoiam Trump, embora o candidato americano seja pró-Putin. O que direitistas anti-Putin estão fazendo apoiando alguém que normalmente eles chamariam de “agente da KGB”? Eles fatalmente entrarão em parafuso… Quanto a mim, não gosto nem um pouco do histórico esquerdista de Trump. Não gosto de sua falta de valores pró-vida. Mas gosto da postura dele de antagonizar o islamismo, não a Rússia, como a maior ameaça do mundo. Nisso, ele está absolutamente certo, invertendo totalmente o papel anacrônico de décadas dos EUA, que buscam amizade com o islamismo e não cessam de antagonizar a Rússia. Trump promete inverter isso. Gostaria que ele também tivesse o mesmo acerto em outras questões. Eis a reportagem da Reuters:
Donald Trump é um corajoso político independente pró-Putin que acabará com as guerras externas dos EUA e talvez cesse as sanções americanas a Moscou. No entanto, Hillary Clinton é uma instigadora de guerras com conexões com o complexo industrial militar.
A TV estatal russa, que segue fielmente a cosmovisão do governo russo, deixa pouca dúvida quanto a quem a Rússia apoia na eleição presidencial de novembro nos EUA: Trump.
Vladimir Putin tem aclamado Trump como “muito talentoso.” O presidente da comissão de assuntos externos do parlamento russo disse que ele seria um digno vencedor do título “homem do ano” 2015 nos Estados Unidos.
E Dmitry Kiselyov, apresentador do “Vesti Nedeli,” principal programa noticioso semanal de TV da Rússia, afirmou neste mês que a elite do Partido Republicano acertou um acordo secreto com os democratas para descarrilar Trump, em parte por causa da simpatia dele pela Rússia.
“Dá para se chamar as eleições nos EUA de verdadeiramente democráticas se a elite política se alinha contra a vontade do povo?” lamentou Peter Lavelle, o apresentador americano do “CrossTalk,” principal programa de debate da RT.
Trump vem recebendo assessoramento do tenente-coronel Michael Flynn, ex-diretor de serviços de inteligência militar dos EUA que defende melhores laços com a Rússia, e que almoçou com Putin em Moscou em dezembro para celebrar o aniversário de 10 anos da RT.
Trump vem ganhando amigos no governo da Rússia com declarações que louvam Putin como um líder forte com quem ele poderá provavelmente se dar bem. Os russos gostaram muito quando Trump apoiou os ataques aéreos russos na Síria.
Em janeiro, depois que um juiz britânico deu como decisão que Putin havia “provavelmente” autorizado o assassinato de Alexander Litvinenko, um ex-agente da KGB, em Londres, Trump disse que ele não viu “nenhuma evidência” de que o presidente russo fosse culpado.
Nesta semana, Trump disse que os Estados Unidos precisam reduzir seu financiamento da OTAN.
A simpatia mútua entre Trump e Putin vem provocando comparações com a amizade do presidente russo com outro bilionário que virou político, Silvio Berlusconi da Itália. Berlusconi deixou os ucranianos e os líderes da União Europeia irados no ano passado ao visitar com Putin a Crimeia anexada pela Rússia.
Em contraste, Hillary Clinton, que é bem conhecida no governo russo por causa de seu período de 2009 a 2013 como secretária de Estado, claramente não é o que a Rússia quer.
Fonte: Julio Severo
Divulgação: Eismeaqui.com.br
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