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Os promotores do “novo mundo possível” não deixam nossas crianças em paz

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A escola já não tem acumulado fracassos suficientes com os quais lidar? Ou os pais já não querem responsabilidade alguma além daquela de trazer ao mundo um novo ser humano e pagar as contas por ele

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A escola já não tem acumulado fracassos suficientes com os quais lidar? Ou os pais já não querem responsabilidade alguma além daquela de trazer ao mundo um novo ser humano e pagar as contas por ele geradas, na melhor das hipóteses?

Pretender a legitimação de uma atitude com base na sua mera ocorrência é um dos modos mais recorrentes e falaciosos de se argumentar, embora pouca gente o perceba. Não é porque uma coisa acontece que ela deva ser aceita. Menos ainda: não é porque uma coisa acontece que ela deva ser elevada a regra, a padrão, a norma. Todavia, temos visto isso acontecer com uma frequência cada vez maior, em diversos ambientes e com diferentes alcances em nosso país.

Um exemplo bobo do que estou falando são alguns dos comentários originalmente presentes neste post (Marta Suplicy e Laerte ensinando “português”). Muitas pessoas defenderam a intromissão e a tutela da escola em um assunto tão íntimo e delicado como o incipiente despertar para a sexualidade dos adolescentes porque, pasmem, as crianças têm curiosidade sobre o assunto. Sim, é verdade, algumas realmente têm tal curiosidade. Mas vejamos a coisa mais de perto.

Não é preciso ser muito esperto para ver que o assunto sexo está ostensivamente presente em nosso dia a dia. Você se desloca de carro e passa por quantos outdoors com propagandas de modelos insinuantes, sensuais e seminus? Você abre o Youtube e quantos dos vídeos sugeridos são de músicas, videoclips e propagandas extremamente sexualizados? Você para no caixa do supermercado e encontra quantas revistas femininas com mulheres quase peladas na capa? Isso para mencionar apenas três exemplos “amenos” (sem nem entrar na questão alimentar da ingestão excessiva de hormônios, entre outras que repercutem no despertar da sexualidade). Três exemplos dos quais nós dificilmente temos como livrar os nossos filhos. Mas sabemos que há coisa muito mais pesada por aí (as novelas não me deixam mentir).

Assim sendo, dado um tal contexto, como esperar que o assunto não acabe aparecendo na pauta das curiosidades infantis? Mas reflitamos: essa é uma pauta natural ou uma pauta artificial, forçada, impingida sobre nós e nossos filhos, com origem, motivos e propósitos que desconhecemos? Soa estranha a minha pergunta? Imaginemos, então, como as coisas transcorriam cerca de 100, 60 ou 50 anos atrás. Isso fazia parte das preocupações infantis? O assunto era abordado dessa maneira?

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Claro, sempre haverá quem alegue que “os tempos são outros”, que “o mundo não é mais o mesmo”, como se isso por si só chancelasse tudo o que vemos por aí. É verdade que os tempos são outros. É verdade que o mundo não é mais o mesmo. Mas ele melhorou? Será? Em que sentido? Tecnologicamente falando, um retumbante SIM é a resposta. Moralmente falando, um vergonhoso NÃO é inescapável. Nunca vimos e sofremos tantos flagelos morais em nossa sociedade: o adultério como sendo algo corriqueiro, a poligamia institucionalizada, o roubo e a mentira personificados nos mais altos postos do governo, a pedofilia amenizada e despontando no horizonte como uma forma de “amor”, crianças que não conhecem e não têm sequer o nome de seus pais, famílias em que os membros pouco convivem, e, horror dos horrores: assassinatos em quantidades superiores a de muitas guerras civis e a execução de inocentes diretamente no ventre de suas mães tratada como um “direito”.

Diante disso tudo, será que aceitar e até defender a intromissão da escola neste assunto tão íntimo e delicado é o mais adequado? Ou, na verdade, aceitar e defender algo assim não é o mesmo que assinar o atestado de derrota no cuidado real da saúde emocional das nossas crianças, entregando-as, cada vez mais cedo, a algo para o qual elas não têm maturidade psíquica para lidar? A escola já não tem acumulado fracassos suficientes com os quais lidar? Ou os pais já não querem responsabilidade alguma além daquela de trazer ao mundo um novo ser humano e pagar as contas por ele geradas, na melhor das hipóteses? Enfim, abandonamos de vez quaisquer critérios morais absolutos, aqueles mesmos que conduziram a civilização ao longo dos séculos, ou abraçamos de vez o relativismo expresso nos últimos modismos, sem termos a menor ideia de para onde ele nos levará?

Não lavemos nossas mãos, esperando que um milagre gere adultos equilibrados, maduros, responsáveis e íntegros se, na infância, os entregamos aos “produtores de um mundo melhor” que cada vez nos aproximam mais do vazio, da maldade e da morte.

Camila Hochmüller Abadie é mãe, esposa e mestre em filosofia. Edita o blog Encontrando Alegria.

Fonte: Mídia sem Máscara

Divulgação: Eismeaqui.com.br

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