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Colômbia: Missão cumprida (para as FARC)

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Colômbia: Missão cumprida (para as FARC)Lendo as 297 páginas da capitulação de Havana, as FARC conseguiram o que vieram predicando e se ajusta sem equívocos aos ditados do Foro de São Paulo do qual tomo só alguns exemplos por razões de espaço.

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Colômbia: Missão cumprida (para as FARC)

Lendo as 297 páginas da capitulação de Havana, as FARC conseguiram o que vieram predicando e se ajusta sem equívocos aos ditados do Foro de São Paulo do qual tomo só alguns exemplos por razões de espaço. “O objetivo é conseguir em todos e cada um dos países da América Latina uma via chilena ao socialismo como a tentada por Allende, porém com final feliz”, adotando as lições da experiência da Unidade Popular antes e durante o governo de Salvador Allende no Chile de 1970 a 1973.

Trata-se de “ganhar e conseguir na América Latina o que perdeu-se no Leste Europeu com a queda do Muro de Berlim e da União Soviética”. Uma URSAL (União das Repúblicas Socialistas da América Latina), com todas as suas instituições de “integração sul-sul” para enquadrar politicamente todos os Estados e sociedades latino-americanos no socialismo-comunismo (UNASUL, CELAC – verificadora de deixação de armas -, etc.). Esta é a estratégia do Foro de São Paulo (do qual o PCC-FARC-PC3, junto com o ELN e o “Polo Democrático Alternativo” é membro fundador e integrante até o dia de hoje) detrás da negociação sobre o poder político na Colômbia contra a sociedade (chamada de maneira enganosa pelas partes “processo de paz”), que busca facilitar a instauração plena do socialismo-comunismo neste país como o castrismo já conseguiu praticamente em todo os resto da América Latina…” (2014).

Na medida em que se aprofunda a leitura da capitulação, encontra-se uma coincidência impressionante com a declaração do Foro e com os acordos, estratégias e objetivos discutidos e aprovados por este nas reuniões recentes, especialmente na última de El Salvador que começa assim: “De 23 a 26 de junho de 2016, o Foro de São Paulo realizou seu XXII Encontro em El Salvador, país governado desde há sete anos pela Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional, que no dia primeiro deste mês celebrou o segundo aniversário da tomada de posse do companheiro presidente Salvador Sánchez Cerén”.

Mais adiante a declaração acrescenta: “Uma indubitável vitória continental são os avanços estratégicos para alcançar a paz na Colômbia no marco do diálogo-negociação entre o governo colombiano e as FARC, resultado da heróica luta de um povo combativo e tenaz, frente ao terrorismo de Estado imposto por uma ultra-direita criminosa e genocida. A paz na Colômbia possibilitará que todas as forças populares, revolucionárias e progressistas desse país consigam avançar unidas na luta política, garantindo-lhes a vida, os direitos civis e a participação política a seus líderes e militantes. Fazemos um chamado ao governo colombiano e ao ELN para avançar no diálogo que permita dar conclusão final ao processo para alcançar uma paz definitiva nesse país irmão. Ressaltamos o papel de apoio e solidariedade da comunidade internacional de apoiar o processo de negociação e sua decisão de se envolver no seguimento e verificação dos acordos para seu cabal cumprimento”.

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As prebendas das FARC como partido político estão descritas nesse link: http://periodicodebate.com/index.php/opinion/columnistas-nacionales/item/12555-el-partido-de-las-farc-de-la-habana-al-poder.

À margem faço a anotação do comentário de um amigo: “É legal e vinculante a assinatura por parte de ‘Iván Márquez’ como figura no documento? Ao que se sabe, ‘Iván’ não tem cédula de cidadania colombiana e a venezuelana não serve aqui. Ou serve?”.

O rincão de Deus

“Uma má paz é ainda pior que a guerra”.

Tradução: Graça Salgueiro

Fonte: Mídia sem Máscara

Divulgação: Eismeaqui.com.br

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