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Contra todo julgamento, mas a favor de toda opinião

Contra todo julgamento, mas a favor de toda opinião
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É certo que a bíblia não recomenda o julgamento. Entretanto, ela não deixa de incentivar a
opinião que temos a respeito dos demais. Veja que em I Coríntios 5, o apóstolo Paulo incentiva
a percepção do comportamento dos outros irmãos e encoraja a tomada de providências.
Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; Isto não quer
dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os
roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora
vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou
avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais.
Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão
dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois dentre vós a esse iníquo. 1 Coríntios
5:9-13

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Se não observarmos o que acontece ao nosso redor, deixaremos de perceber os devassos, os
avarentos e os lobos em pele de cordeiro. Ed Renê Kivtz, no livro, Outra Espiritualidade, aponta
que desmascarar é diferente de julgar e que essa primeira é essencial à sobrevivência
espiritual. Nesse exercício de percepção e reflexão sobre o que anda ao nosso redor, falaremos
de um dos protagonistas do movimento evangélico brasileiro: os pastores. Inspirados pelo livro
de Kivtz, vamos discorrer sobre os quatro tipos pastores do contexto atual.

1- Pastores Lobos
Infelizmente são os mais comuns nas igrejas evangélicas. Esses pastores são corrompidos –
alguns conscientemente e outros enganados. São corrompidos em todas as esferas – na
mente, na alma e no coração. O entendimento que eles têm sobre a verdade é corrompido e,
por isso, sua relação com o sagrado também é.
Fato é que esses pastores não têm quem os pastoreie e, talvez por isso, cedem aos seus
desejos, prazeres e objetivos pessoais. Usam o cargo para realizações pessoais, para
alimentação do ego e ganho de poder. O desespero alheio é gasolina para que o carro de suas
vaidades continue a rodar na estrada dos devaneios humanos. Afinal, eles são mais humanos
que espirituais.
Para deixar claro: “os pastores lobos atuam no ramo da religião, no segmento evangélico, mas
que estão absolutamente distantes do Evangelho de Jesus Cristo, distantes de sua mensagem,
seu espírito, seu caráter, seus propósitos, seus valores e seus conteúdos mais profundos.”*
2- Pastores ovelhas
Ao contrário dos pastores lobos, esses caíram de paraquedas no ministério. São cristãos
realmente dedicados e sinceros que não estão preparados para a autoridade que acompanha
o “ser pastor”.
A verdade é que esse nicho de pastores tem boa vontade, mas não tem separação do Espírito;
não são constituídos bispos por Ele. São aqueles que sempre foram irmãos dedicados –
contribuindo com finanças e suprindo outras necessidades da igreja -, mas que não são

vocacionados. São aqueles que tem o diploma de bacharel, mas não tem unção. Sem dúvidas,
um grande problema.
3- Pastores
Esses sujeitos realmente nos lembram do significado completo da palavra discípulo. Eles são
completamente pastores – do início ao fim do dia; de segunda a segunda; em todos os
ambientes. Esses pastores inspiram porque servem e servem porque compreendem a
mensagem da Cruz.
São vocacionados e, por isso, são tão apaixonados pelo chamado. Eles ficam verdadeiramente
aflitos quando alguém cai em pecado e se alegram quando Cristo é glorificado nos pequenos
detalhes. Como bons seres humanos que são, eles enfrentam seus dilemas e paradoxos. “São
homens de lutas e dores. Experimentam a contradição dos anseios profundos de santidade,
doação e autodoação, que convivem com o egoísmo arraigado, o pendor para o mal e o
pecadol que os obriga a grita: Miseráveis somos.”

4- Iluminados
Esses, é claro, parecem que transcenderam. São homens que romperam a linha que nivela os
mortais e que traduzem, com clareza, o que a bíblia chama de “plenitude no Espírito”.
Eles influenciam por sua vida e exemplo e não pela obra, diferente dos pastores. Não se
preocupam com o que os demais acharam do sermão e parecem ter um acesso especial ao
ouvido de Deus. Só achamos isso, pois ainda não somos como eles.

É claro que queremos estar mais perto dos Iluminados e dos Pastores do que dos Pastores
Ovelhas e dos Pastores Lobos, mas as vezes nos falta discernimento para perceber diante do
que nos encontramos. Se ouvimos expressões, como “não fale do Anjo da Igreja” ou “Minha
vida é impecável”, desconfie. Quem está do lado bom e verdadeiro da força sabe que tudo
vem dEle e volta para Ele. Que nEle nos movemos, vivemos e existimos. Como, então, poderia
haver perfeição? Somos vasos nas mãos do oleiro, independente do cargo. Quanto mais rápido
percebermos isso, melhor aplicaremos I Coríntios 5.

 Outra Espiritualidade | Ed René Kivitz

Fonte: Eismeaqui.com.br

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