Pragmatismo na Igreja

Confissões de um Facilitador

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A Ágape Press informou em um artigo de 15/9/2003 que George Barna, fundador do Barna Research Group, uma empresa cristã especializada em pesquisas de marketing, diz, “A igreja na América está em grande parte ineficiente porque a maioria dos crentes não adota uma cosmovisão bíblica”. (sem brincadeira).

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Escrevendo sobre o novo livro de Barna, intitulado Think Like Jesus, Allie Martin, diz, “… Barna diz que a maioria dos cristãos nascidos de novo não vive suas vidas de formas distintamente diferentes dos incrédulos porque pensam do mesmo modo. Em vez disso, ele diz, muitos crentes tentam se enquadrar na sociedade a todo o custo, o que contamina seus comportamentos e decisões e prejudica radicalmente o relacionamento deles com Deus”. (Eu mesmo não poderia dizer melhor.).

O.K. — Sabendo que George Barna é o presidente da organização cristã de pesquisa de marketing mais proeminente no país e uma parte integrante do Movimento de Crescimento de Igrejas, em que o marketing, a contemporização, o consenso, as pesquisas de opinião e o pragmatismo são todos procedimentos operacionais padrão, permitam que eu faça uma pergunta:

Ele está fazendo uma admissão de culpa ou uma declaração de missão cumprida?

Demonstrando perfeitamente a duplicidade do processo dialético, Barna critica, sob a capa da inocência e objetividade, as práticas rasas, superficiais, materialistas e orientadas pelo orgulho da igreja atual — problemas trazidos exatamente pelo movimento do qual participa. Aqueles que estão familiarizados com Diaprax (dialética hegeliana + práxis) sabem muito bem que isso é exatamente o que os facilitadores fazem, razão por que fiz a pergunta anterior.

Fazer a igreja se enquadrar na sociedade a todo o custo, e vice-versa, é a filosofia motriz que está por trás do Movimento de Crescimento de Igrejas. Rick Warren, o reverenciado líder e principal expoente do cristianismo de Nova Era de hoje, disse a Erin Curry em um artigo na Baptist Press no ano passado que seu objetivo ao escrever Uma Vida com Propósitos (A Bíblia não-oficial do Movimento de Crescimento de Igrejas) era ajudar os cristãos a “desenvolverem um coração pelo mundo” — o que parece ser exatamente o que Barna concluiu em suas descobertas — que os cristãos não têm mais a mente de Cristo, mas somente um coração pelo mundo.

Esse tipo de discurso, como gosto de dizer, é muito parecido com o simbolismo ocultista e a linguagem ambígua das religiões de mistério. O significado e propósito que está por trás da terminologia esotérica, da ideologia e da metodologia do Movimento de Crescimento de Igrejas está freqüentemente oculto à primeira vista — tão descaradamente óbvio por seu próprio uso diário que poucos chegam a questionar sua validade escriturística. É como ter uma ferida na pele há vários anos. Ela está ali há tanto tempo que você nunca lhe dá muita atenção mesmo que no fundo saiba que possa ser uma ferida cancerosa. Mas até que ela realmente cause muita dor ou incômodo, você simplesmente a ignora e segue a vida normal. Essa atitude é muito parecida com a que a maioria dos cristãos tem em relação ao canceroso Movimento de Crescimento de Igrejas. Imagine um médico examinar um grande tumor no corpo de um paciente e dizer, “O tumor cresceu desde a última consulta — isto quer dizer que você deve estar saudável.” Essa é a lógica que está por trás do Movimento de Crescimento de Igrejas.

Veja: os cristãos não podem ser “distintamente diferentes” do mundo se imitam as modas, tendências, filosofias, atitudes, linguagem, hábitos, música, trajes, estilo de vida e valores do mundo. Todos esses vários atributos e características são simbólicos de quem somos. Se eles forem mundanos, então o fato de estarmos aceitando e adotando esses atributos e valores pode significar somente uma coisa — SOMOS MUNDANOS e não estamos imitando a Cristo. No entanto, como crescemos tão acostumados com esse mundanismo na igreja e nas nossas próprias vidas contemporizadas, nós o adotamos como se fosse apenas uma parte da auto-expressão individual, da personalidade e do individualismo. No entanto, a igreja de Jesus Cristo não pode simplesmente ser simultaneamente igual e diferente do mundo. Os seguidores professos de Cristo precisam decidir a quem irão servir. E, olhando o movimento que agora está dirigindo a igreja pós-moderna de hoje, a escolha já foi feita. Nossa “fé em Jesus Cristo” está se tornando rapidamente um pouco mais que uma sórdida exibição de imagens sedutoras, emoções, contradições e confusão.

O fato é — não podemos simplesmente copiar a cultura que desejamos salvar. Não é isso o que o apóstolo Paulo quis dizer com “fiz-me tudo para todos”. Se fosse, então embriagar-se com todos os bebuns da cidade seria considerado evangelismo, não seria? Qual melhor modo de NÃO OFENDER um bêbado do que embriagar-se com ele? Devemos ser mentirosos, ladrões, assaltantes, assassinos, estupradores, prostitutas, pedófilos, sodomitas, apostadores e fofoqueiros para Jesus também? Por que não, se o fim justifica os meios e ser tolerante e inofensivo ao mundo à nossa volta é nosso propósito principal como discípulos de Cristo?

Em um artigo de 12 de setembro, também escrito por Allie Martin, ela informa que Barna chegou também às seguintes conclusões:

“Em muitos aspectos, a igreja na América tornou-se como a igreja de Laodicéia, descrita em Apocalipse 3. Somos uma igreja muito complacente, muito satisfeita consigo mesma.” Martin acrescenta: “Barna acredita que, em grande parte, a igreja na América perdeu seu foco, aparentemente preferindo sentir orgulho de todas as “coisas” que estão à sua volta.”

Desculpe-me, mas todas essas “coisas à sua volta” é precisamente a preocupação do Movimento de Crescimento de Igrejas e as seduções das “NECESSIDADES SENTIDAS” dos buscadores, das praças de alimentação à Psicologia Freudiana.

Por mais impressionantes que sejam essas afirmações, fiquei de queixo caído, em total descrença, quando li a seguinte citação de Barna:

“Mesmo quando tentamos medir o quão bem-sucedidos somos, não olhamos para as transformações pessoais tanto quanto olhamos para os números…”

(Nota: A organização de Barna é especializada em coletar números e estatísticas).

“… quantas pessoas comparecem às reuniões da igreja, quanto dinheiro é arrecadado, quantos metros quadrados de terreno ou de construção temos, quantos carros estão no estacionamento, quantas atividades temos, quantos oficiais integram a diretoria. Realmente, essas preocupações não se encontram em parte alguma das Escrituras”. Ele conclui dizendo que “não foi por isso que Jesus morreu.”

O.K. Se Barna acredita que não foi por essas coisas que Jesus morreu, então por que construiu sua carreira fazendo o controle delas, como se fossem? Se não está fazendo isso por Jesus, então para quem, posso perguntar, ele está fazendo todas essas coisas? Como vejo a situação, essa é a verdadeira pergunta que precisa ser pesquisada e tratada aqui.

Eu digo a vocês, amigos — ler os comentários dele é como ler um dos meus próprios artigos dos últimos três anos. No entanto, ele fala como ele e sua organização fossem meros observadores inocentes.

Bem, se Barna realmente acha que a igreja está desviada, então talvez deva fazer mais algumas pesquisas e nos dizer exatamente como tudo isso aconteceu e, mais importante, quem exatamente é o responsável por nos levar a essa apostasia.

Paul Proctor reside em uma área rural no estado do Tennessee e é um veterano na indústria da música sertaneja americana. Ele abandonou suas atividades musicais no fim dos anos 90 para se dedicar a abordar importantes assuntos sociais a partir de uma perspectiva bíblica. Como autor independente e colunista regular da News With Views, exalta a sabedoria e as verdades das Escrituras em seus comentários e opiniões sobre as tendências culturais e os eventos da atualidade. Seus artigos aparecem regularmente em diversos sites de notícias e de opinião na Internet e em publicações impressas. Este artigo, em particular, foi copiado de Kjos Ministries, em http://www.crossroad.to/articles2/2002/proctor/confessions.htm

Data de publicação: 9/2/2004

Revisão: V. D. M. — Campo Grande / MS e http://www.TextoExato.com

A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/confissoes.asp

 

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