Perguntas sobre o Espírito Santo

Dons Espirituais Cap. 2 – A distribuição dos dons

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Ronald Watterson   

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Cap. 2 — A distribuição dos dons

Já mencionamos que os dons espirituais são dados àqueles que são salvos. Indicamos também que foram recebidos no mesmo instante em que recebemos a vida eterna. Talentos naturais foram dados no início da vida natural; os dons espirituais são dados no início da vida espiritual. Veremos algumas provas disto à medida que avançamos neste estudo.

Precisamos ressaltar que dons são dados a todos os que crêem!

Como é comum ouvir cristãos dizerem: “Eu gostaria de fazer algo para o Senhor, mas não tenho dom.” Talvez o irmão que fala assim esteja pensando no dom de ensinar ou de pregar, e talvez tenha razão em dizer que não possui tal dom, mas está redondamente enganado em pensar que não possui dom algum. A Bíblia deixa bem claro que todos os verdadeiros cristãos tem algum dom espiritual. Cada cristão, além dos talentos naturais que herdou dos seus pais e das habilidades adquiridas pelo seu esforço e estudo, tem algo que nenhum incrédulo possui: ele tem pelo menos um dom espiritual.

No NT, encontramos três listas de dons (e mais algumas referências em outras partes). Em ordem cronológica são:

I Coríntios 12:8 a 10 e 28;

Romanos 12:6-8;

Efésios 4:11.

Estas três passagens, no seu contexto, nos revelam duas coisas importantes:

Quem dá os dons

A primeira coisa importante que vemos nestas passagens é que os dons são dados pelo Espírito Santo. “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo”. “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil”. “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (I Co 12:4, 7 e 11). Nesta primeira lista, portanto, aprendemos que o Doador dos dons é o Espírito Santo.

Quando lemos a lista de Romanos cap. 12, porém, descobrimos que os dons foram dados por Deus: “… conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Rm 12:3).

Em Efésios cap. 4 vemos que o doador é o Senhor Jesus Cristo. “Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo” (Ef 4:7). “Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. … E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores” (Ef 4:8 e 11).

Constatamos, portanto, que as três Pessoas divinas — o Espírito Santo, o Pai e o Senhor Jesus Cristo — se empenham em dar dons ao Seu povo. Este interesse da Trindade em distribuir dons nos mostra a sua grande importância.

A segunda coisa importante que vemos aqui é:

Quem recebe os dons

Todas as passagens acima citadas destacam o fato que cada membro do corpo de Cristo recebeu algum dom. A frase “a cada um” aparece no contexto imediato de cada lista. Em I Coríntios 12, já citamos os vs. 7 e 11, onde lemos que a manifestação do Espírito é dada a cada um, e ainda outra vez, que o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um. Mais adiante, no mesmo capítulo, lemos que Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis (I Co 12:18).

Em Romanos cap. 12, lemos que Deus repartiu a cada um (veja v. 3).

Em Efésios, lemos que a graça foi dada a cada um (veja Ef 4:7). Ainda no mesmo capítulo, falando do uso dos dons, Paulo diz que a igreja desenvolve segundo a justa operação de cada parte (veja Ef 4:16).

Deus repetiu tantas vezes, e de tantas formas, o fato de ter dado dons a cada um, que ninguém pode pensar que não possui dom. No Corpo de Cristo, a Igreja, não há nenhum membro sem função, e se ele tem uma função para cumprir ele tem o dom para realizar esta obra.

Quando Deus salva um pecador, Ele lhe dá riquezas incalculáveis. No momento em que recebemos a salvação a maioria, senão todos, não pensa nas demais bênçãos concedidas; mais tarde, descobrimos que naquela mesma hora recebemos o Espírito Santo (Jo 7:39 e Ef 1:13) para nos guiar e fortalecer na nossa jornada aqui. Recebemos também uma herança nos céus (I Pe 1:4). Além de tudo isto, recebemos dons espirituais, capacitando-nos a servir a Deus aqui neste mundo.

Receber dons de Deus é uma grande honra. Não merecemos nada dEle. Mas esta honra traz consigo uma responsabilidade proporcional. O dever é tão grande quanto a honra. Tornaremos a falar sobre nossa responsabilidade num capítulo posterior — por ora, basta dizer que não há ninguém supérfluo no corpo de Cristo. Todos os membros, até os que “parecem ser os mais fracos, são necessários” (I Co 12:22).

O corpo

Em todas as três listas mencionadas, a mesma figura é usada para ilustrar o ensino a respeito dos dons; a figura é o corpo.

Em I Coríntios cap. 12 o apóstolo usa esta figura para nos ensinar como cada membro é necessário. Nos vs. 15 e 16 ele apresenta uma conversa hipotética entre vários membros do corpo: “Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? E se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do corpo?“

O pé e a orelha, neste suposto diálogo, representam aqueles irmãos ou irmãs que pensam não ter utilidade no corpo. Vêem outros membros com dons que parecem ser grandes e importantes, e sentem-se tão pequenos e inúteis, e portanto não fazem nada. “Eu não sei pregar”, dizem eles, “portanto, não posso fazer nada; não sou ninguém”! Na melhor das hipóteses é um caso de humildade excessiva.

No v. 21, Paulo apresenta outro diálogo hipotético entre membros do corpo. “E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós.“

Este caso mostra a atitude oposta àquela que vimos na primeira conversa. Aqui não é problema de humildade exagerada, nem de preguiça, nem de senso de inferioridade. É o contrário. O olho e a cabeça, aqui, representam aquele irmão disposto e animado que pensa que sabe fazer tudo e está disposto a fazer tudo sozinho. Se ele não o diz em palavras, pelo menos a sua atitude diz aos demais: “Não tenho necessidade de vós.” E este irmão está tão errado quanto aquele primeiro que pensou que não podia fazer nada. Todos podem fazer alguma coisa, e ninguém pode fazer tudo. Cada um tem uma função. Não há membro supérfluo no corpo de Cristo. Cada membro, irmão ou irmã, é necessário.

Portanto, o irmão ou a irmã que pensa não ter utilidade, precisa lembrar-se que a igreja realmente precisa dele. Se ele ficar inativo irá prejudicar o corpo todo.

Por outro lado, o irmão que pensa que sabe e pode fazer tudo, precisa lembrar que os demais também são necessários à igreja; ele não pode fazer tudo sozinho. A igreja precisa da participação de todos. Não é simplesmente uma questão de deixar os outros fazer alguma coisa, mas que a participação de todos é essencial.

Como são distribuídos os dons

Não recebemos, necessariamente, os dons que desejamos. Os dons são distribuídos pelo Espírito Santo, conforme a Sua soberana vontade. “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (I Co 12:11). Ainda no mesmo capítulo, lemos que Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis (veja I Co 12:18). Falando dos dons, Paulo diz que Deus pôs uns na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, etc. (veja I Co 12:28).

Só Deus sabe, realmente, o que é melhor para a Sua igreja. Só Ele sabe de todas as necessidades da Sua igreja. Portanto, só Ele pode ter competência para distribuir os dons ao Seu povo. Na Sua onisciência e sabedoria, Deus dá dons a cada pessoa que crê no Senhor Jesus Cristo, levando em consideração as condições locais na esfera onde ele deverá servir a Deus.

Sendo assim, cada cristão tem uma função específica para a qual Deus lhe deu um dom, de sorte que mais ninguém poderá fazer aquela tarefa tão bem quanto ele. Como precisamos saber o que Deus quer de nós! Como devemos ser diligentes em usar o dom que Ele nos deu!

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