Perguntas sobre Jesus Cristo

I PARTE: O PROPÓSITO DE DEUS

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O propósito de Deus ao enviar Jesus Cristo para morrer

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Capítulos

1. Apresentando o problema

2. O quem, o como e o quê de uma coisa

3. Deus, o Pai, agente de nossa salvação

4. Deus, o Filho, agente de nossa salvação

5. Deus, o Espírito, agente de nossa salvação

6. A obra de Cristo é o meio usado para obter nossa salvação

7. A entrega voluntária de Cristo e Sua intercessão são o único meio para realizar nossa redenção

(A Segunda Parte estuda em detalhes, o que Cristo verdadeiramente realizou com Sua morte)

1. Apresentando o problema

O próprio Cristo nos disse porque veio ao mundo. Ele disse: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” (Lucas 19:10). Numa outra ocasião Ele disse que o Filho do homem viera para “dar sua vida em resgate de muitos.” (Marcos 10:45).

O apóstolo Paulo também afirmou, claramente, porque Cristo veio ao mundo: “O qual (Jesus Cristo) se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau” (Gálatas 1:4). ” … Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores” (l Timóteo 1:15). “O qual (Jesus Cristo) se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” (Tito 2:14).

A partir destas afirmações, está claro que o propósito da morte de Cristo foi:

. salvar as pessoas do pecado, 

. libertar as pessoas do mundo mau, 

. tornar as pessoas puras e santas, 

. criar pessoas que façam boas obras.

Outras passagens bíblicas explicam o que Jesus Cristo realmente fez em Sua morte. Há cinco coisas que podemos notar:

1. As pessoas são reconciliadas com Deus através dela (Rom. 5: 1).

2. As pessoas são perdoadas e justificadas através dela (Rom. 3:24).

3. As pessoas são purifica das e santificadas através dela (Heb. 9:14).

4. As pessoas são adotadas como filhos de Deus através dela (Gal. 4:4-5).

5. As pessoas recebem glória e vida eterna através dela (Heb. 9: 15).

A partir de todas estas evidências, o ensino da Bíblia é claro: o propósito da vinda de Cristo foi (e realmente cumpre tal propósito) trazer perdão ao homem, no tempo presente, e glória no porvir. Portanto, se Cristo morreu por todos os homens, então…

…todos os homens estão agora livres do pecado, e estão perdoados e serão glorificados, ou… …Cristo falhou em Seu propósito.

Sabemos, através de nossa experiência diária com a humanidade, que a primeira afirmativa não é verdadeira. A segunda sugestão -que Cristo falhou -é um insulto para Deus. Para fugir ao problema de aceitar uma ou outra destas duas sugestões, aqueles que dizem que Cristo realmente morreu por todos os homens, dizem que não era propósito de Deus que todos os homens fossem beneficiados. Dizem que o benefício é só para aqueles que produzem uma fé para crer em Cristo. Este ato de fé deve ser algo que alguns homens fazem por si mesmos, tornando-os diferentes dos outros homens. (Se fé fosse alguma coisa obtida pela morte de Cristo, e se Ele tivesse morrido por todos os homens, então todos os homens teriam fé!). Tal sugestão parece-me diminuir aquilo que Cristo realmente obteve através de Sua morte, portanto vou combatê-la mostrando que o que a Bíblia ensina é bastante diferente!

2. O quem, o como e o quê de uma coisa

Há três palavras que usaremos bastante neste livro, e será bom aprensentá-las resumidamente aqui. Quando qualquer ação acontece, há um agente (o quem a pratica); há os meios empregados (o como é feita); e há um fim em vista (o quê, ou resultado final).

Decidimos como faremos uma coisa (os meios) de acordo com o quê se quer fazer (o fim). Portanto, podemos dizer que o fim éa razão para os meios. E se tivermos escolhido os meios adequados, o fim é certo. É claro que se o agente que pretende fazer alguma coisa, tiver escolhido os meios adequados, não poderá falhar.

Ora, podemos aplicar estes princípios à nossa discussão neste livro. Vamos ver, primeiramente, quem é o agente que pretende nos redimir. Depois vamos ver os meios que foram utilizados para nos redimir. E, finalmente (na Segunda Parte), vamos ver qual foi o resultado dos meios empregados.

De acordo com a Bíblia, o agente que está pretendendo a nossa salvação é o Deus Triúno. Todos os outros agentes foram apenas instrumentos em Suas mãos (Atos 4:28). O agente principal é a Santa Trindade. Vamos estudar isto mais detalhadamente…

3. Deus, o Pai, agente de nossa salvação

De que maneira foi Deus, o Pai, o agente de nossa salvação? Minha resposta para essa pergunta é a seguinte: por duas maneiras, isto é, foi Deus, o Pai, que enviou o Filho para morrer, e foi o Pai que puniu Cristo por causa dos nossos pecados. Podemos examinar estas duas coisas em maiores detalhes.

1. É claro, a partir de muitos versículos bíblicos, que o Pai enviou o Filho ao mundo. Por exemplo: “vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, afim de recebermos a adoção de filhos.” (Gálatas 4:4-5). O fato de enviar o Filho envolveu Deus, o Pai, em três coisas:

i. houve o propósito original que sempre estivera em Sua mente (I Pedro 1:20;

ii. houve o Seu ato de dar ao Filho todas as habilidades que Ele necessitava, a fim de fazer a obra para a qual fora enviado (João 3:34-35)[1];

iii. houve o Seu ato de prometer a Seu Filho toda a ajuda necessária quanto ao sucesso na obra (Atos 4: 10-11).

2. É claro, a partir de muitos versículos bíblicos, que o Pai puniu Jesus Cristo por causa dos nossos pecados. Por exemplo: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (II Coríntios 5:21). Pode-se dizer que Cristo sofreu e morreu em nosso lugar. Sendo assim, não seria estranha a idéia de que Cristo deveria sofrer em lugar daqueles que também irão sofrer por causa dos seus próprios pecados?

Colocamos o assunto da seguinte maneira: Cristo sofreu…

…pelos pecados de todos os homens, ou…

…pelos pecados de alguns homens, ou…

…por alguns dos pecados de todos os homens.

Se a última afirmativa é verdadeira, então todos os homens ainda têm alguns pecados, e, portanto, ninguém pode ser redimido.

Se a primeira afirmativa é verdadeira, então porque não estão todos os homens livres do pecado? Você poderá dizer: “Por causa da incredulidade deles. “Mas eu pergunto: “A incredulidade é um pecado?” Se não é, por que todos os homens são punidos por causa dela? Se é um pecado, então deve estar incluída entre os pecados pelos quais Cristo morreu. Portanto, a primeira afirmativa não pode ser verdadeira!

Assim, é claro que a única possibilidade restante é que Cristo levou sobre Si todos os pecados de alguns homens, os eleitos, somente. Creio que este é o ensino da Bíblia.

(A Quarta Parte deste livro trata das passagens das Escrituras que empregam as palavras “mundo” e “todos”).

__________________________

[1]Como Filho de Deus. Ele já possuía a perfeição da Deidade; mas como Filho do homem Ele tinha que receber os dons que necessitasse.

4. Deus, o Filho, agente de nossa salvação

Devido ao fato de Deus, o Filho, haver voluntariamente concordado em fazer o que o Pai tinha planejado, podemos dizer que Ele também era um agente de nossa salvação. Jesus disse: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.” (João 4:34). Há três maneiras pelas quais Cristo mostrou Sua prontidão para ser um agente:

1. Ele se dispôs a deixar de lado a glória de Sua natureza divina e fazer-Se homem. “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas… “. (Hebreus 2: 14). Note que é afirmado que Ele fez isto não porque toda a raça humana era composta de carne e sangue, mas porque os filhos que Deus lhe dera eram humanos. (Hebreus 2: 13). Sua prontidão estava relacionada àqueles filhos, não a toda a raça humana.

2. Ele Se dispôs a dar-Se a Si mesmo como oferta. É verdade que Ele sofreu muitas coisas passivamente. Contudo, é verdade que Ele deu-Se a Si mesmo para aqueles sofrimentos, ativa e prontamente. Sem tal consentimento voluntário, os sofrimentos não teriam qualquer valor. Assim Ele pode verdadeiramente dizer: “Por isto o Pai me ama, porque dou minha vida… Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou”. (João 10: 17-18).

3. Suas orações no presente em favor de Seus filhos mostram Sua prontidão em ser um agente em nossa salvação. Agora Cristo entrou no santuário. (Hebreus 9: 11-12). Sua obra ali é a intercessão (oração). Veja que Ele não ora pelo mundo (João 17:9), mas por aqueles pelos quais Ele morreu (Romanos 8:34). Ele pede que aqueles que Lhe foram dados possam ir para onde Ele está, para ver a Sua glória (João 17 :24). Portanto, é claro que Ele não poderia ter morri do por todos os homens!

5. Deus, o Espírito, agente de nossa salvação

A Bíblia fala de três coisas nas quais o Espírito Santo opera com o Pai e o Filho para nos redimir. E estas atividades mostram que Ele também é um agente de nossa salvação.

1. O corpo humano que o Filho tomou, quando Se tornou homem, foi criado pelo Espírito Santo, em Maria. ” … achou-se ter concebido do Espírito Santo.” (Mateus 1: 18).

2. A Bíblia diz que quando o Filho Se ofereceu a Si mesmo como sacrifício, Ele o fez pelo Espírito. ” … que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus … ” (Hebreus 9: 14). Disso fica claro que o Espírito Santo foi, de certa forma, o instrumento que tornou possível o oferecimento.

3. Há declarações claras na Bíblia mostrando que a obra de levantar Cristo dentre os mortos, foi operação do Espírito Santo. “….mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito.” (I Pedro 3:18).

Sem dúvida alguma, o Espírito Santo teve importantes coisas para fazer, unindo-Se ao Pai e ao Filho no propósito de nos redimir.

Temos visto que cada pessoa da Trindade pode ser chamada de agente de nossa salvação. Mas é importante lembrar que, embora para o propósito de nosso estudo, tenhamos feito uma distinção quanto à operação de cada uma das pessoas divinas, não há, de fato, três agentes de nossa salvação, mas apenas um, pois Deus é Um. Portanto, podemos dizer que toda a Trindade é um agente para a nossa redenção.

6. A obra de Cristo é o meio usado para obter nossa salvação

Como nós vimos no capítulo dois, o agente que faz algo usa certos meios para alcançar o fim particular que ele tem em vista.

E na própria obra de nossa salvação, há -duas ações que Cristo fez. (Não me refiro ao plano eterno que torna possível nossa salvação, mas apenas na sua produção em tempos históricos). Estes dois atos históricos de Cristo, são:

1. Sua entrega voluntária, no passado, e

2. Sua intercessão por nós, agora.

Na entrega que Cristo fez de Si mesmo, incluo Sua prontidão para sofrer tudo o que estava envolvido em Sua vinda para morrer, isto é, o esvaziar-Se de Sua própria glória, e o nascer de uma mulher, Seus atos de humildade e obediência à vontade do Pai através de toda a Sua vida, e, finalmente, Sua morte na cruz.

E na intercessão de Cristo por nós, incluo também Sua ressurreição e ascensão, pois são a base de Sua intercessão. Sem elas, não poderia haver intercessão.

Veremos estas duas coisas em maiores detalhes no próximo capítulo, mas quero fazer alguns comentários agora. Estes dois atos têm a mesma intenção. Sua entrega voluntária e intercessão destinam-se a “trazer muitos filhos à glória.” (Hebreus 2:10). Os benefícios intencionados por estes dois atos destinam-se às mesmas pessoas; Ele ora em favor daqueles por quem morreu. (João 17:9). Sabemos que Sua intercessão deve ser bem sucedida -“Pai, graças te dou, por me haveres ouvido”, disse Ele certa vez. (João 11 :41). Segue-se, então, que todos por quem Ele morreu necessariamente receberão todas as boas coisas obtidas através daquela morte. Isso claramente destrói o ensino de que Cristo morreu por todos os homens!

7. A entrega voluntária de Cristo e Sua intercessão são o único meio para realizar nossa redenção

É importante verificar, nas Escrituras, como a entrega voluntária de Cristo e Sua intercessão estão ligadas intimamente. Por exemplo:

. Cristo justifica aqueles cujas iniqüidades (ou pecados) Ele carregou (ls. 53: 11).

. Cristo intercede por aqueles cujos pecados Ele carregou (ls. 53:12).

. Cristo ressuscitou dos mortos para justificar aqueles pelos quais Ele morreu (Rom. 4:25).

. Cristo morreu pelos eleitos de Deus e agora ora por eles (Rom. 8:33-34).

Isto deixa claro que Cristo não pode ter morrido por todos os homens, pois se tivesse, então todos os homens seriam justificados – o que, sem dúvida alguma, não acontece.

Sacrificar e orar são tarefas requeridas de um sacerdote. Se ele falhar em qualquer uma delas, terá falhado na qualidade de sacerdote de seu povo. Jesus Cristo é mencionado tanto como nossa propiciação (sacrifício) quanto como nosso advogado (representante) (I João 2: 1-2). Ele é mencionado tanto como oferecendo Seu sangue (Hebreus 9: 11-14), quanto como intercedendo por nós (Hebreus 7:25). Posto que é um sacerdote fiel, Ele precisa realizar estas duas tarefas com perfeição. Visto que Suas orações são sempre ouvidas, Ele não pode estar intercedendo por todos os homens, porquanto nem todos os homens são salvos. Isto deixa claro que Ele também não pode ter morri do por todos os homens.

Devemos também nos lembrar da maneira como Cristo agora intercede por nós. As Escrituras dizem que é pela apresentação de Seu sangue no céu (Hebreus 9: 11-12, 24). Em outras palavras, Ele intercede apresentando Seus sofrimentos ao Pai. Os dois atos, sofrimento e intercessão, devem, portanto, estar relacionados à mesma pessoa, caso contrário, não adiantaria usar um como base para o outro.

O próprio Cristo associa Sua morte e Sua intercessão como o único meio para nossa redenção, em Sua oração no capítulo 17 de João. Nesta oração, Ele se refere à entrega de Si mesmo na morte, e Sua oração é por aqueles que o Pai havia dado a Ele. Não podemos separar estes dois atos, se o próprio Cristo os une. Um sem outro não teria valor, como Paulo argumenta: “E, se Cristo não ressuscitou (e portanto não está intercedendo agora), é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.” (I Coríntios 15: 17).

Portanto, se separarmos a morte de Cristo de Sua intercessão, não há segurança de salvação para nós. De que valeria dizer que Cristo morreu por mim, no passado, se Ele agora não intercede por mim? É somente se Ele nos justifica agora que somos salvos da condenação de nossos pecados. Eu ainda poderia estar condenado se Cristo não intercedesse por mim. É claro que Sua intercessão deve ser em favor das mesmas pessoas pelas quais Ele morreu -e, sendo assim, Ele não pode ter morri do por todos!

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