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Pastores e impostores

Pastores e impostores
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Nestes dias de tanta falsificação nem mesmo a igreja de Deus ficou isenta de ser alvo dos impostores que negando a verdade e a santidade do ministério pastoral se fazer passar por servos de Deus quando são na verdade servos de satanás, me refiro àqueles que se dizem..

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Por Rosivaldo Silva Santos

Nestes dias de tanta falsificação nem mesmo a igreja de Deus ficou isenta de ser alvo dos impostores que negando a verdade e a santidade do ministério pastoral se fazer passar por servos de Deus quando são na verdade servos de satanás, me refiro àqueles que se dizem pastores sem que o sejam. Vamos aprofundar o conteúdo abordado no capitulo anterior mostrando com mais clareza as atribuições do ministério pastoral autêntico.
Os impostores
No mundo pós-moderno o contexto gospel está na moda, está em alta. As pessoas na atualidade não vêem mais o meio evangélico como o povo de Deus, mas como mais uma modalidade social entre tantas outras que há no mundo. Os evangélicos têm conseguido obter seu espaço no meio secular, sem precisar para isso usar o evangelho de Jesus Cristo. O mercado de produtos evangélicos tem crescido assustadoramente e isso pode parecer bom, mas a julgar pelos resultados nulos que esse crescimento tem mostrado, não há razões para se alegrar senão para entristecer-se.
E como nesta geração tudo é mercadoria de comercialização, o termo “pastor” tem sido divorciado da função ministerial que Deus confiou aos homens. O termo “pastor” hoje é mais um adereço usado para conceder peso ao nome de muitos que saem candidatos a cargos políticos, a cantores que lançam seus CD´s aos montes, etc. precisamos resgatar urgentemente a missão de pastor para que consigamos despertar a igreja que corre a largos passos rumo à adesão de uma identidade que Deus não idealizou para ela.
Não é tempo de calar em face dos horrores cometidos por homens amantes de si mesmos que se infiltraram dissimuladamente no meio da igreja. Estes são ímpios, que transformam a graça de nosso Deus em libertinagem fazendo da igreja sua empresa e usando o nome de pastor para extorquir os crentes que pouco ou nada sabem sobre Deus e sobre sua Palavra.
Os impostores são aqueles contra quem o Senhor pronunciou sentença em Ezequiel 34.10:
“Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu estou contra os pastores; das suas mãos demandarei as minhas ovelhas, e eles deixarão de apascentar as ovelhas; os pastores não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e não lhes servirão mais de pasto”.
O cenário aqui é um rebanho sofrendo o abandono enquanto seus pastores cuidam de si mesmos e ignoram as dificuldades e necessidades das ovelhas. Ezequiel fez ecoar o grito de Deus contra os homens que estavam mais preocupados consigo mesmos e que sacrificam o bem estar das ovelhas em nome do seu egoísmo e do seu desejo de poder. Deus estava e está contra tais pastores que são impostores que negociam seu chamado ou atribuem a si este título sem que Deus lhes tenha confiado tal ministério. Esses homens fazem um grande serviço ao diabo e um enorme estrago no reino de Deus.
Em nossos dias esse tipo de prática tem se tornado cada vez mais comum. “Pastores” ricos enquanto membros de sua igreja passam fome ou sofrem necessidades básicas. “pastores” orgulhosos, egoístas e arrogantes ocupados demais com seus bens, com seu lazer, com a fama, enquanto membros de sua comunidade cometem suicídio por não haver quem lhes dê apoio ou acompanhamento pastoral.
“Pastores” que estão mais interessados na carteira dos homens do que com suas almas são pastores vocacionados por satanás para cumprir a missão de destruir as almas das pessoas.
Nos dias em que Jesus desenvolveu seu ministério aqui na terra, havia dezenas de sacerdotes em Israel, havia também muitos escribas e os fariseus, que eram membros de uma classe de judeus radicais, estava experimentado um grande crescimento no número de adeptos, mas apesar disso Mateus nos informa que Jesus “vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor” .
Havia gente investida do dever de aplicar cuidados espirituais para as pessoas de Israel, mas tais homens estavam mais preocupados com a religiosidade e com os rituais que lhes rendiam maior fama e destaque.
Não é diferente em nossos dias. Temos “pastores” com os bolsos cheios enquanto seu rebanho sofre por não haver quem lhes estenda a mão e lhes abra o coração e a carteira. É necessário que cada ministro repense o significado do ministério pastoral bíblico.
Os verdadeiros pastores
O cansaço das multidões que Jesus testemunhou não era apenas espiritual, mas também físico. Jesus como bom pastor não lhes deu apenas pregação, mas também lhes deu pão. Ele não resolveu apenas o problema espiritual daquele povo, mas também o material.
O apóstolo Paulo nos dá uma lição de pastoreio em II Coríntios 12.14: “Agora, estou pronto para visitá-los pela terceira vez e não lhes serei um peso, porque o que desejo não são os seus bens, mas vocês mesmos. Além disso, os filhos não devem ajuntar riquezas para os pais, mas os pais para os filhos. Assim, de boa vontade, por amor de vocês, gastarei tudo o que tenho e também me desgastarei pessoalmente. Visto que os amo tanto, devo ser menos amado?”
Há características neste texto que nos revelam as reais intenções de um verdadeiro pastor:
1º Interesse sincero pelas pessoas.
“Agora, estou pronto para visitá-los pela terceira vez e não lhes serei um peso, porque o que desejo não são os seus bens, mas vocês mesmos”.
Paulo estava interessado nos irmãos de Corinto e não nos bens que eles possuíam, ele estava disposto a custear as próprias despesas enquanto estivesse hospedado na cidade e tudo isso para não ser um peso para a igreja. Paulo tirou todos os possíveis obstáculos para poder ir a Corinto visitar suas ovelhas. O apóstolo não estava em busca de ofertas generosas que podia receber daqueles irmãos.
O que Paulo realmente queria era rever os irmãos, ele queria visitá-los, saber como estavam, avaliar se estavam crescendo na fé, verificar se careciam de ministrações especificas para ajudá-los a amadurecer a fé, etc. ah como nós carecemos deste sentimento genuinamente cristão nos nossos ministérios. Como precisamos de obreiros com o caráter de Paulo. Como necessitamos deste amor pelas almas que transcende a preocupação com nosso próprio bem. Paulo estava disposto a pagar pelas suas despesas para que nada lhe impedisse de cuidar do rebanho que Deus lhe havia confiado. Precisamos desse amor em nossos templos, em nossos seminários, em nossas denominações.
2º Desejo de ajudar mais do que ser ajudado.
“Além disso, os filhos não devem ajuntar riquezas para os pais, mas os pais para os filhos.”
Paulo nos diz que é nosso dever enquanto pastores providenciar os cuidados que nosso rebanho precisa sejam eles de quaisquer tipos. Paulo diz que como pai dos coríntios ele se sentia na obrigação de ajuntar riquezas para seus filhos e não o inverso. Essa colocação do apóstolo é no mínimo interessante. Porque em nossos templos quando se lê Malaquias 3.10 sobre mantimentos, o foco é mirado apenas para as necessidades dos pastores e não também as dos membros menos abastados. Está claro na mente da maioria das pessoas que os dízimos e as ofertas estão apenas à serviço do pastor e não também do rebanho.
Não é o que Paulo nos diz aqui. Acredito que a renda das igrejas deva ser dividida em três partes: uma para assistir as despesas pastorais , uma para assistir as despesas dos pobres da igreja e uma para assistir a manutenção do templo . Paulo ao tomar conhecimento da crise econômica que estava abatendo as igrejas da Judéia iniciou uma campanha nas igrejas da Macedônia e em Corinto e enviou Tito e mais outros dois irmãos para recolherem os recursos obtidos nesta campanha e entregar aos irmãos da Judéia . Isso mostra o amor de Paulo pelas igrejas e sua preocupação em cuidar de suas carências não importando de que tipos fossem.
Aqui está o verdadeiro pastoreio. As palavras de Salomão em Provérbios 27.23 deve ser um mandamento para cada pastor: “Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; cuida bem dos teus rebanhos”. O pastor deve conhecer o estado das ovelhas para que possa cuidar bem delas. As necessidades e dificuldades dos irmãos precisa ser o que determina a agenda dos pastores. E cada problema que os crentes enfrentam precisa ser tratado pelos pastores com sabedoria, amor e zelo.
3º Uso dos próprios recursos para favorecer o rebanho e o reino.
“Assim, de boa vontade, por amor de vocês, gastarei tudo o que tenho e também me desgastarei pessoalmente.”
Em nossos dias quando um pregador é convidado para pregar em alguma outra igreja, geralmente ele exige que todas as suas despesas sejam pagas antecipadamente, além de estabelecer uma quantia em dinheiro dentre outras regalias. Não digo que parte desses cuidados seja errada, mas o fato de essas coisas serem exigidas pelo pastor ou pregador quebra o principio mencionado por Jesus ao dizer: “de graça recebestes, de graça dai .” Além do mais se algum pregador acredita ter uma mensagem de Deus para o povo, como pode ele exigir alguma coisa da igreja para pregar o que Deus já lhe ordenou que pregasse?
Paulo nos dá uma tremenda exortação se formos considerar seu modelo pastoral expresso nas palavras acima. “Assim, de boa vontade, por amor de vocês, gastarei tudo o que tenho e também me desgastarei pessoalmente.” Ele diz que por amor às almas dos irmãos ele gastaria tudo o que tinha para ir ter com eles e assumir completamente suas despesas enquanto estivesse na cidade à serviço da igreja. E ele ainda diz que não seria negligente em suas tarefas e na sua assistência para com a igreja.
As palavras: “(…) e também me desgastarei pessoalmente” fala-nos que Paulo não faria o serviço divino de qualquer jeito e nem seria negligente ou preguiçoso já que a igreja local não estaria lhe concedendo lucro material algum. Paulo sabia que seu tesouro de mais estimado valor não estava sob o poder de nenhuma igreja local, mas sob o poder eterno de Deus. Paulo nunca exigiu ou cobrou dinheiro das igrejas para fazer o que sabia que Deus lhe chamou para fazer. Ele nunca viu na escassez de recursos financeiros uma razão para desistir do ministério ou colocar obstáculos para não fazer a obra de Deus com destreza e valentia. Paulo era tão exigente consigo quanto o era com seus filhos na fé. Ele cobrava muito de si. Se há uma palavra que o apóstolo dos gentios desconhecia era “negligencia”. Essa palavra jamais achou lugar no coração ou nos serviços de Paulo. Ele era diligente, sábio construtor, obreiro aprovado, testemunha fiel, irrepreensível e por isso tinha autoridade para falar as coisas que falou e cobrar das igrejas e dos obreiros o que cobrou.
Na Bíblia o maior referencial de pastor é Deus e o texto que melhor traduz o pastoreio de Deus é o salmo 23.1: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará”.
Esse texto, escrito por Davi que também era literalmente pastor de ovelhas, nos faz refletir sobre o modo como temos cuidado das vidas sob as quais Deus nos fez líderes. Davi conduziu por anos os rebanhos de seu pai Jessé. Ele sabia o que precisava ser feito para garantir a sobrevivência de cada animal naqueles campos hostis do Oriente. Diante do rei Saul Davi testemunhou que havia matado um leão e um urso que tinham tentado destruir seu rebanho. Davi arriscou sua própria vida para salvar animais substituíveis. Ao escrever o salmo 23, Davi se coloca no lugar de uma das ovelhas de quem cuidava e chega à conclusão de que assim como nada faltava ao seu pequeno rebanho, nada faltaria também a ele, caso ele fosse uma ovelha do rebanho divino.
Na noite em que Jesus nasceu, anjos apareceram aos pastores que estavam no frio do campo noturno guardando e cuidando dos seus rebanhos: “Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho” . Era noite, estava escuro e fazia frio, os rebanhos estavam nos campos frios do Oriente, mas os pastores estavam juntos. É triste quando os crentes passam por momentos de calamidade em seus casamentos, em sua família, pela perda de um ente amado, ou atravessam a adversidade pela falta de emprego ou qualquer outra situação calamitosa e seus pastores agem de modo indiferente como se sua única missão fosse apenas pregar um sermão no domingo.
Precisamos perguntar aos nossos rebanhos o que lhes falta. Nossos rebanhos precisam estar contentes por nos ter como seus pastores. Precisamos ser para nossos rebanhos o que Davi era para suas ovelhas no campo desértico do Oriente. Qual foi a ultima vez que você matou um leão ou um urso para proteger uma ovelha do seu rebanho? O mundo está repleto de ursos e leões que figuradamente representa os perigos das seitas e do próprio satanás e como pastores da equipe divina, precisamos lutar contra tais inimigos por amor daquelas vidas preciosas que foram compradas pelo sangue inocente de Jesus e confiadas a nós. Qual foi a ultima vez que você perdeu o sono pensando nos problemas ou dificuldades de uma pessoa que integra sua igreja?
Qual é o seu plano de ação imediato para ajudar seu rebanho a ser o que Deus quer que ele seja? Qual direção você está dando às suas ovelhas? Você já perguntou alguma vez a um membro da sua igreja o que você poderia fazer para ajudá-lo a melhorar em alguma área da vida dele? De que modo as pessoas que integram sua igreja serão pessoas melhores pelo fato de você ser o pastor delas? Qual impacto seu pastoreio deixa sobre as almas a você confiadas? Qual sentimento predomina entre os membros da sua igreja com relação a você: medo, amor, companheirismo ou simplesmente indiferença?
Transforme seu ministério pastoral pelo exemplo de Jesus e de Paulo. Seja o pastor que sua igreja precisa. Seja o pai de quem seu rebanho carece. Seja o modelo digno de imitação que seus membros necessitam. Construa uma igreja para a glória de Deus e não para a sua própria glória ou para a glória do mundo. Marque as pessoas que todos os domingos estão a sua frente. Marque-as com atos de bondade, de carinho, amor, de zelo de caridade. Dê seu ombro aos que choram, dê seu riso aos que celebram, dê seu coração aos que sofrem e dê suas mãos aos que precisam de ajuda. Viva sua vida de tal maneira que quando os membros da sua igreja o ver digam a seu respeito o que faraó disse sobre José: “Por isso o faraó lhes perguntou: Será que vamos achar alguém como este homem, em quem está o Espírito Divino? ”.
Jamais devemos nos esquecer de que nosso maior modelo de pastor é Jesus Cristo e não os homens famosos que preenchem os espaços em todos os horários nos canais de televisão. A ilusão de ter uma mega igreja pode ser uma armadilha de satanás porque pode nos levar a abrir mão do essencial: agradar a Deus e ser fiel aos seus ensinos e ao seu modelo. Muitas igrejas estão repletas de ovelhas mal cuidadas, subnutridas e subcristãs.
É melhor ter uma comunidade pequena, mas que é formada por ovelhas bem cuidadas e bem nutridas do que pastorear uma mega igreja que você jamais dará conta de cuidar e no sentido mais profundo da palavra pastoreá-la.
Seja fiel ao seu chamado e seja atencioso com o seu rebanho, repetindo as palavras do sábio: “Esforce-se para saber bem como suas ovelhas estão, dê cuidadosa atenção aos seus rebanhos. ”

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