Pastoras

Carta de um marido cuja esposa foi ordenada pastora

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Por Renato Vargens

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Na semana passada eu escrevi um texto explicando as razões porque eu não creio na ordenação de Pastoras. Como não podia deixar de ser, o artigo gerou uma série de debates tanto no blog como no Facebook. Ano passado eu escrevi um outro texto desconstruindo esse mais novo modismo neopentecostal, o de ordenarem apóstolas.

Bom, há pouco acabei de receber um email de um irmão compartilhando o seu drama, isto porque, sua esposa foi ordenada ao pastorado, o que lhe trouxe inúmeros problemas.

O irmão, cujo nome não vou revelar me autorizou a postar o seu ponto de vista sobre o assunto, bem como a sua carta de desligamento da igreja, cuja prática é a ordenação feminina.

Pr. Renato Vargens

Obs: Não vejo pressupostos bíblicos para que a mulher seja ordenada pastora, ainda que seu marido seja pastor. Aproveito o ensejo e indico o estudo do Rev. Augustus Nicodemus, o qual subscrevo INTEGRALMENTE. 

Pr. Renato Vargens

CONCORDO TOTALMENTE com o reverendo. A realidade é que um equívoco muito grave a ordenação de mulheres pastoras como autoridade/líder de uma igreja violando o princípio bíblico e se conformando com o mundo do movimento feminista.O princípio é que na Criação, Deus criou primeiro Adão e, depois, viu que não era bom ele estar só e lhe criou uma adjutora, auxiliadora que saiu dele. Além disso, o apóstolo Paulo, como confirmação desse princípio, fala do homem como cabeça da mulher assim como Cristo é o cabeça da igreja; e a mulher submissa ao marido. Isso não quer dizer que a mulher é inferior, e sim uma questão de posição, ordem natural dada por Deus. Sou um exemplo desse equívoco que a igreja está cometendo. Eu estava em uma igreja que só minha mulher foi ordenada a pastora, pois o pastor disse que foi revelado que o chamado era pra ela. Fiquei na igreja alguns anos e exercia a obra sob a autoridade da pastora, minha esposa. Sentia-me inadequado, incomodado em estar subordinado a minha esposa. Enfim, só pra encurtar, falei com o pastor sobre os versículos bíblicos, ele discordou falando da juíza Débora e desconsiderou o contido nas cartas paulinas [dizendo que era da cultura da época]; por isso, entreguei a carta de desligamento da igreja. Já há mais de um ano estou congregando em outra igreja e o pastor considera um erro grosseiro a situação espiritual que estava vivendo antes.

Eu amo minha esposa. E por eu amá-la já tive diversas conversas com ela sobre este erro que ela está cometendo, e dizendo que isso é uma heresia, uma violação séria ao princípio bíblico. Isso acaba prejudicando o casamento, uma só carne. Por mais que a mulher tente ser submissa, a posição de pastora viola a submissão da mulher ao marido, que é uma dádiva de Deus. A mulher acaba sendo a sacerdotisa da casa, tirando o sacerdócio do marido, pois nosso casal de filhos ficaram na igreja da minha esposa pastora. Deus tem me dado sabedoria para sobreviver a essa situação atípica (sendo acompanhado pelo meu atual pastor), mantendo [“aos trancos e barrancos”] o governo da casa e exortando-os com amor. Passeio com minha família, brinco, faço culto doméstico

Abaixo deixo a carta que entreguei ao pastor onde congregava, sem identificar nome nem igreja.

Ao Reverendo Pr.

Venho, por meio desta, comunicar meu afastamento da Igreja , em virtude dos motivos discorridos abaixo.

Aproximadamente, há dois anos venho sentindo incômodos em estar na mesma igreja que minha esposa que é a pastora, exercendo autoridade e liderança. Esses incômodos me deixavam tão mal que, na maioria das vezes, ficava lá atrás de pé quando minha esposa estava pregando. Nesse período todo, vários questionamentos vinha fazendo sobre o por quê de tais incômodos. Questionava, muitas vezes, que como marido não poderia estar em posição hierárquica inferior à minha esposa, pois isso violava o princípio da autoridade do homem sobre a mulher. Também questionava que não havia respaldo bíblico de ordenança de mulheres pastoras, pois na epístola de I Timóteo 3 só se refere à ordenança de homens: “… marido de uma só mulher …”. No entanto, comecei a deixar de lado tais questionamentos, mesmo ainda sentindo os incômodos, e começar a desenvolver atividades e ministério na igreja. Porém, quando havia reunião de lideranças dirigidas pela minha esposa, eu não ia ou chegava no final, pois nas vezes que tinha participado me sentia mal, incomodado.

Ao mesmo tempo vinha orando a Deus sobre esses incômodos.

Então, aproximadamente dois meses atrás, fui convidado para participar de um Seminário de homens em um final de semana em uma Comunidade Cristã. Foi abordado o tema: “Homens com identidade familiar” e fui ministrado durante esse período. Dentre várias ministrações, a que mais me impactou foi sobre papel de governo do homem. Vou descrever abaixo as coisas que mais me tocaram com referências bíblicas:

Primeiro foi falado sobre o termo governo que significa estar a frente, estar sobre, ser protetor ou guardião. As ministrações que me tocaram profundamente foram:

1- que a responsabilidade do governo é do homem, como se encontra em I Timóteo 3:4; I Coríntios 11:3; Efésios 5:22-24; Gn 3:16, transcritos abaixo:

“É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar, que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com todo o respeito” (I Tm 3:4). “Quero, porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo” (I Co 11:3). “Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo. Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos” (Ef 5:22-24). “E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a dor da tua conceição; em dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará” (Gn 3:16);

2- que a mulher não tem autoridade espiritual sobre o marido, com se encontra em I Timóteo 2:12 (“Pois não permito que a mulher ensine, nem tenha domínio sobre o homem, mas que esteja em silêncio). O papel da mulher é orar, auxiliar no serviço da igreja, instruir outras mulheres, profetizar, mas sem assumir autoridade na igreja;

3- que o voto da mulher pode ser anulado pelo marido, como em Números 30:1-13.

Por fim, o que recebi como resposta às minhas dúvidas, incômodos, foi quando o pastor preletor afirmou que não ordena pastoras na sua igreja, só no caso em que o marido é ordenado como pastor, autoridade da igreja, e mulher como pastora auxiliadora, sob submissão ao marido.

Depois desse seminário, continuei orando e jejuando sobre essa situação e passando isso a minha esposa.

Hoje, após orações e ministrações, estou seguro, sob a Palavra de Deus, de que estou em pecado em continuar em uma igreja que adota a posição de ordenar mulher pastora como autoridade, que é o caso da minha esposa.

Não estou reivindicando ser ordenado a pastor, estou apenas constatando um princípio bíblico: da autoridade espiritual do homem sobre a mulher que jamais pode ser violado. E se eu continuar nesta situação, mesmo desenvolvendo ministério, com minha mulher pastora, encontro-me em pecado, pois estou conivente com uma transgressão ao princípio divino.

Descordo também, já há mais tempo, sobre o recasamento, ou seja, a igreja casar novamente uma pessoa divorciada, como também a ordenação a cargos eclesiásticos de pessoas recasadas. Mas isso eu acabava acatando a posição da igreja, pois embora discordando, não me incomodava.

Finalmente, peço perdão por estar nesta igreja discordando de posições adotadas pela sua liderança. Por esse motivo solicito minha saída da Igreja.

Agradeço os ensinos importantes que aprendi durante este período congregando nesta igreja.

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