Neopentecostalismo Teologia

Teologia Pentecostal e Pentecostalismo

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Referenciais Históricos

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Apesar de ser um movimento considerado, via de regra, da Idade Moderna, autores como Campos[1]traçam uma linha histórica que, iniciando no Pentecostes ocorrido na igreja primitiva, passando pelo Montanismo (150 d.C.), Tertuliano (155-200 d.C.) e John Wesley (1703-1791 d.C.), culminaria no “século pré-pentecostal” (século XIX) com Moody, Torrey, Mahan e Scofield.

As raízes do Movimento Pentecostal remontam ao Pietismo luterano, ao Conversionismo arminiano e ao Movimento Holiness (Movimento de Santidade), oriundos da Europa e dos Estados Unidos no final do século XVII e início do século XVIII.

Os historiadores do movimento da Rua Azuza (Azuza Street), em Los Angeles, em 1906, são unânimes em mencionar esse avivamento como o centro irradiador, de onde se espalhou para outras cidades, estados e nações.[2]Apesar de “irradiador” não é considerado como “marco inicial”. Charles Fox Parham (1873-1929), em 1901, é considerado, por muitos, como o fundador do Movimento Pentecostal, quando em Topeca (em Kansas), seus alunos começaram a falar em línguas, atribuindo o fenômeno ao batismo no Espírito Santo. Foi fundador e único professor do Bethel Bible College. Para outros, William Joseph Seymour (1870-1922), em 1906, em Los Angeles, seria seu fundador. Seymour sentiu-se carente de formação teológica, foi freqüentar a escola de Parham e convenceu-se dos ensinamentos acerca do Espírito Santo. Seguiu para Los Angeles, de onde recebeu o convite para assumir o pastorado de uma igreja Holiness. A igreja fechou. As reuniões continuaram na casa dos irmãos, até que, em uma das casas da Rua Azuza, as reuniões passaram a chamar a atenção após matéria do jornal Los Angeles Times. A partir daí as reuniões ficaram gravadas na História.

No Brasil, as denominações pentecostais mais antigas são as Assembleias de Deus e a Congregação Cristã no Brasil. A Assembleia de Deus é iniciada no Brasil em 1911, fundada pelos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, no Pará, sob o nome de Missão da Fé Apostólica (MFA). Estas igrejas são consideradas “pentecostais de primeira geração”. Posteriormente, surgem no Brasil a Igreja do Evangelho Quadrangular (1953),[3]“O Brasil para Cristo” (1956) e a Igreja Pentecostal Deus é Amor (1962). Estas igrejas são reconhecidas como igrejas pentecostais de segunda geração, junto com a igreja Casa da Bênção, organizada em 1964.

Os “pentecostais de terceira geração” são também conhecidos como “neo-pentecostais”, dentre os quais, podem ser mencinados: Igreja de Nova Vida (1960), Igreja Universal do Reino de Deus (1977), Igreja Internacional da Graça de Deus (1980) e Igreja Cristo Vive (1980). Além destes, inúmeros outros segmentos denominacionais neo-pentecostais atuam fortemente no Brasil. Fala-se ainda em grupso “pós-pentecostais” contemporâneos, que perfariam um grupo de “pentecostais de quarta geração”.

Características Gerais

São características dos pentecostais (de primeira geração): a experiência pessoal, a comunicação oral, a espontaneidade, a autoridade das Escrituras e o repúdio ao mundanismo.[4] Alencar[5] alinhava como características: síndrome de marginal, absoluta negação do mundo fomentada pelo seu escatologismo, aversão a mudanças, mentalidade conservadora, liderança nativa e diversificada, mas de doutrinação homogênea (EBD), organização eclesiástica tendente ao episcopalismo vitalício. Ainda segundo Alencar:

Nada mais brasileiro que um assembleiano: omisso e feliz… O Pentecostalismo sempre foi uma religião das classe rurais empobrecidas, portanto, mesmo em igrejas urbanas, ainda tem muito da mentalidade mística rural. Por isso, há muito em comum entre um coronel nordestino e um presidente de ministério.[6]

Publicações Teológicas

Para Alencar, o maior referencial teológico pentecostal é Stanley Monror Horton.[7] Nascido em 1916, foi ordenado pastor pela Assembleia de Deus do distrito de Nova Iorque e Nova Jérsei, em 1946. Estudou no Seminário Teológico Gordon-Conwell, na Faculdade de Divindade de Harvard e no Seminário Teológico Batista Central.

Os primeiros tratados de Teologia Pentecostal foram:

Colunas da Verdade – S. A. Jameison, publicada em 1926;

Doutrinas Bíblicas – P. C. Nelson, publicada em 1934;

Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Myer Pearlman, publicada em 1937;[8]

Systematic Theology – Ernest S. Williams, publicada em 1953.

A primeira instituição de ensino teológico de natureza pentecostal no Brasil foi inaugurada em 1958: o Instituto Bíblico das Assembleia de Deus (Ibad), em Pindamonhangaba, São Paulo. N. Lawrence Olson, em 1962, fundou o Instituto Bíblico Pentecostal (IBP), na cidade do Rio de Janeiro. Na década de 70, Bernhard Johnson fundou a Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus (EETAD), em Campinas.[9]

Atualmente, a Teologia Sistemática de Horton ainda exerce grande influência no povo pentecostal. Além dela, a Teologia Sistemática de Bergstein,[10]o Plano Divino Através dos Séculos, de Olson,[11]Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, de Pearlman e as Bíblias de Estudo Pentecostal e Scofield. Recentemente publicada, a Teologia Sistemática Pentecostal,[12]publicada pela CPAD, por vários autores brasileiros, poderá encontrar lugar dentre estes. É esperar para ver.

Teologia Pentecostal

A teologia pentecostal confunde-se com sua história. Desde os tempos de Dwight Lyman Moody a teologia pentecostal aparece em formação. Moody fundou o Instituto Bíblico Moody (1837-1898) através do qual influenciou toda uma geração de pastores. Charles Finney (1792-1875) e Asa Mahan (1799-1889) publicaram o livro O Batismo no Espírito Santo. Ruben A. Torrey (1856-1928) foi também presidente do Instituto Bíblico Moody e publicou o livro O Batismo com o Espírito Santo (1895). Cyrus I. Scofield (1843-1921) popularizou a Teologia da Dispensação através das notas de comentário de rodapé de sua Bíblia, que tornou-se ponto característico da teologia pentecostal. Na segunda metade do século XIX, Keswick tornou-se centro irradiador da proposta teológica da separação entre a experiência de santificação (segunda bênção) e o batismo com o Espírito Santo (terceira bênção). Posteriormente, o conceito das três bênçãos foi abandonado pelos pentecostais e adicionado o sinal visível que indica se alguém recebeu o batismo com o Espírito Santo, o falar em línguas.

Após diversos movimentos antecessores do pentecostalismo, segundo Lemos, podem-se citar como ensinos e traços teológicos moldadores do pentecostalismo do século XX:[13]

A aceitação como verdade que os princípios teológicos e doutrinários não são tão importantes quanto os aspectos práticos da vida cristã, resultando em uma mentalidade prática e antiintelectualista;

A centralização da religião cristã nos sentimentos e emoções;

A preocupação com a conversão de outros para a sua denominação como condição para a salvação;

Simplificação da religião cristã para que os seus elementos básicos fossem aceitos até pelas pessoas de pouca cultura;

Ênfase no trabalho leigo em detrimento da existência de um clero profissional;

Educação teológica abandonada, deslocada para patamares inferiores, ou, quando mantida, tornada mais instrumental.

Na mais recente obra sistemática teológica conjunta pentecostal do Brasil[14]é possível ter uma visão bastante pontual e contemporânea do pensamento teológico pentecostal do Brasil, por todos os autores serem brasileiros e estarem enumerados entre os principais “doutrinadores” pentecostais em atividade no solo tupiniquim.

A Teologia Sistemática Pentecostal conta com nove autores e é dividida nos dez temas clássicos cujas temáticas são abordadas nos seminários em geral: bibliologia, teologia, cristologia, pneumatologia, antropologia, hamartiologia, soteriologia, eclesiologia, angelologia e escatologia. Cada autor foi responsabilizado por uma temática (cada qual ocupando um capítulo), à exceção de Antônio Gilberto, responsável por duas temáticas. A perspectiva doutrinadora aparece clara nesta obra, trazendo, até mesmo, exercícios a serem aplicados em classe no final de cada capítulo, com uma proposta evidentemente manualística, indo contra a tendência contemporânea anti-manualística.

Os assuntos centrais da fé cristã subsequenciam-se capitularmente sem qualquer novidade. A Bíblia é apresentada como Palavra de Deus, inerrante, infalível e inspirada. A Trindade e os atributos divinos são examinados. A Cristologia e Angelologia apresentam a exposição clássica. Seus aspectos distintivos encontram-se na Pneumatologia, com a glossolalia e o batismo com o Espírito Santo como assuntos centrais. Na Eclesiologia, a igreja é apresentada na perspectiva dispensacionalista scofieldiana, na qual a igreja é distinta de Israel. Na Soteriologia, o arminianismo é apresentado peremptoriamente como referencial. Na Hamartiologia, o homem é deformado pelo pecado, mas não completamente desfigurado. Na Antropologia, a tricotomia é apresentada como basilar, no tocante à natureza do homem. A Escatologia é pré-tribulacionista, pré-milenista, própria do Pentecostalismo. Na Escatologia são mencionados como “principais eventos escatológicos” de forma subsequenciada: o arrebatamento da igreja (nos ares, antes da grande tribulação); o tribunal de Cristo; a grande tribulação (na Terra, por sete ano); a vinda de Jesus à Terra; o fim do império do Anticristo; o julgamento das nações; o milênio; a revolta do diabo e seu julgamento; os novos céus e a nova Terra.

É uma teologia que dá ênfase às experiências.[15]Aceita a teoria da lacuna (denominada, nesta obra, de “teoria do intervalo”) sobre a Criação.[16]Seguem-se algumas considerações:

É ímpar a iniciativa pentecostal em formar uma sistemática composta apenas por autores brasileiros expondo a perspectiva pentecostal brasileira hodierna. As demais igrejas brasileiras históricas, apesar de terem formuladas suas confissões de fé e terem em seu seio teólogos que escrevem por iniciativas próprias, ainda não conseguiram a elaboração de uma teologia sistemática tupiniquim em um trabalho conjunto de diversos teólogos brasileiros;

A manutenção da perspectiva teológica clássica com os pontos fundamentais da fé cristã sendo apresentados de maneira estritamente bíblica em um tempo de tantas tentativas de descredibilizar a Bíblia como Palavra de Deus é salutar;

Há informações pertinentes na Cristologia acerca da vida de Cristo e algumas questões periféricas que, via de regra, não são encontradas em outras sistemáticas que são produzidas no Brasil, principalmente com assuntos acerca de sua vida e cronologia. A Antropologia também apresenta informações pouco difundidas (em se tratando de sistemáticas brasileiras);

O tema “Avivamento”, tão negligenciado nas teologias sistemáticas, é abordado nesta obra;[17]

A natureza anti-dialogal é patente na obra.[18]Não há citação de autores que seriam considerados leituras obrigatórias em teologia, nas referências bibliográficas, nem menção deles no escopo da obra. É impensável uma produção teológica de qualidade acadêmica contemporânea sem as contribuições de Barth, Bonhoeffer e Tillich, para não falar em diversos outros teólogos. A citação dos mesmos e suas leituras não implica em aceitação de seus pontos de vista ou de alinhavamento com suas perspectivas, portanto, a simples indicação de sua leitura é indispensável;

A carência de rigor acadêmico[19]jungida à atitude fundamentalista e subjetiva [20]é patente na obra;

Há erros de classificações[21]e ausência de conteúdo básico,[22]além de uma “queda homilética”.

Conclusão

Indiscutivelmente, as contribuições para a dinâmica da vida espiritual são pertinentes. Entretanto, uma postura anti-reflexiva e anti-dialogal são aspectos extremamente negaticos, fato que, em alguns ramos pentecostais, tem mudado contemporaneamente. A sistemática analisada apresenta lacunas e incongruências, mas os aspectos práticos abordados são pertinentes e podem ser aproveitados para dinamizar a vida cristã.

[1] CAMPOS, Leonildo Silveira. Raízes Históricas, Sociais e Teológicas do Movimento Pentecostal. Em SIMPÓSIO, no 48, novembro de 2008. São Paulo: ASTE, p. 5.

[2] SOARES, Esequias. Principais Referenciais Teológicos da Igreja Assembleia de Deus. Em SIMPÓSIO, no 48, novembro de 2008. São Paulo: ASTE, p. 5.

[3] A Igreja do Evangelho Quadrangular teve ser início em 1922 nos Estados Unidos, por meio de Aimeé Semple McPherson. Assim, de maneira global ela é considerada pentecostal de primeira geração, enquanto no Brasil, pertence ao pentecostalismo de segunda geração. Para alguns, a IEQ é a igreja que marca a transição do pentecostalismo de primeira geração (pentecostalismo clássico) para o pentecostalismo de segunda geração (pentecostalismo de cura divina).

[4] SOARES, Esequias. Principais Referenciais Teológicos da Igreja Assembleia de Deus. Em SIMPÓSIO, no 48, novembro de 2008. São Paulo: ASTE, p. 6.

[5] ALENCAR, Gedeon Freire de. Matriz Pentecostal Brasileira. Em SIMPÓSIO, no 48, novembro de 2008. São Paulo: ASTE, p. 17.

[6] ALENCAR, Gedeon Freire de. Op. Cit., p. 17.

[7] Sua teologia foi publicada em português como: HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

[8] Este autor ainda é muito utilizado nos Seminários pentecostais brasileiros, sendo publicado até bem recentemente sob o título: PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. São Paulo: Vida, 1986.

[9] SOARES, Esequias. Principais Referenciais Teológicos da Igreja Assembleia de Deus. Em SIMPÓSIO, no 48, novembro de 2008. São Paulo: ASTE, p. 8.

[10]BERGSTEIN, Eurico. Introdução à Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

[11] OLSON, Lawrence N. O Plano Divino Através dos Séculos. 13ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1992.

[12] GILBERTO, Antonio, ANDRADE, Claudionor de, ZIBORDI, Ciro Sanches, CABRAL, Elienai, RENOVATO, Elinaldo, SOARES, Esequias, COUTO, Geremias do, SILVA, Severino Pedro da, GABY, Wagner. Teologia Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

[13] CAMPOS, Leonildo Silveira. Raízes Históricas, Sociais e Teológicas do Movimento Pentecostal.Em SIMPÓSIO, no 48, novembro de 2008. São Paulo: ASTE, p. 6.

[14] GILBERTO, Antonio, ANDRADE, Claudionor de, ZIBORDI, Ciro Sanches, CABRAL, Elienai, RENOVATO, Elinaldo, SOARES, Esequias, COUTO, Geremias do, SILVA, Severino Pedro da, GABY, Wagner. Teologia Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

[15] GILBERTO, Antonio, ANDRADE, Claudionor de, ZIBORDI, Ciro Sanches, CABRAL, Elienai, RENOVATO, Elinaldo, SOARES, Esequias, COUTO, Geremias do, SILVA, Severino Pedro da, GABY, Wagner. Op. Cit., p. 52.

[16]Ibdem, p. 96.

[17]Ibdem, p. 214-221.

[18] Vide o “não concordo” da página 41. Apresenta-se crítica a uma obra não mencionado a obra ou a autoria, não permitindo, assim, o julgamento, do próprio leitor (p. 44). Ao tratar da tricotomia, afirma que “seu ensino honra as Escrituras” (p. 270) deixando-se inferir que os demais ensinos não honram. Seriam anti-bíblicos? É o que dá a entender. Usa a expressão “a base para a falácia” (p. 293) para tratar de uma teoria com ampla aceitação. O autor afirma que “é blasfêmia considerar Deus como autor do pecado” (p. 311) parecendo desconhecer que grande parte dos pensadores da Reforma caminharam nesta perspectiva. A teologia apresenta ainda que  “Não há dúvidas de que essa mulher é Israel” (p. 520) falando acerca da mulher de Apocalipse 12. Como assim, “não há dúvidas”?

 [19] Ao falar de teólogos que não crêem na Bíblia como Palavra de Deus nos dias atuais, afirma que “não são poucos os teólogos que não mais a defendem como Palavra de Deus inspirada e inerrante”, mas não cita nenhum nome (p. 19). Afirma que Barth “pecou pelos meios-termos” (p. 24), mas não cita quais. Utiliza o termo coloquial “meninices” (p. 203), próprio do Pentecostalismo não acadêmico, sem qualquer explicação da conotação do termo. Menciona decisão de Niceia, via Hodge (p. 449) ao invés de ir direto à fonte.

[20] “No Brasil, onde a fé evangélica ainda é pura” (p. 42) parece uma afirmação incoerente e alienada da realidade do meio evangélico hodierno. “Trata-se de uma escola de mentecaptos” (p. 14) é a referência dada a uma suposta (não é mencionada qual) escola que preocuparia-se em minuciar a aparência física de Jesus. Passa-se por cima de correntes teológicas sérias e históricas ao afirmar: “e a graça de Deus não é irresistível, como muitos ensinam, valendo-se do falacioso chavão ‘uma vez salvo, salvo para sempre’” (p. 367). Afirma que a interpretação de Gênesis 6.2 como “anjos” não tem respaldo bíblico (p. 461). Entretanto, esta atitude é extremamente subjetiva, pois a partir da perspectiva de um texto que não é claro, nenhuma outra opinião acerca do texto também terá respaldo bíblico, pois será apenas interpretação subjetiva.

[21] “Hoje, quando referimo-nos à teologia cristã, referimo-nos à teologia sistemática” (p. 52) é afirmação genérica e sem qualquer embasamento acadêmico. Calvino é apresentado como o “maior perito do pensamento agostiniano do século XIV” (p. 88). Calvino nasceu em 1509, ou seja, no século XVI, desta maneira é impossível ele ser o maior perito do pensamento agostiniano no século XIV. A afirmação de que os gnósticos “também eram liberais” (p. 124) é anacrônica. Afirma que “os críticos e opositores dos dons alegam que no original de 1Co 12.1 não consta a palavra dom” (p. 198). Não é uma questão de ser crítico ou opositor, é uma questão de exegese e conhecimento do texto bíblico em grego, pois o termo não consta dos originais. Faz uso do dicionário Aurélio para conceituar “ressurreição”, termo iminentemente teológico (p. 280). Justificação, Santificação e Glorificação são apontados como “tempos da salvação” (p. 340-341).

[22] Afirma que serão apresentados cinco tipos de solidão e apresenta quatro (p. 148). Na seção acerca dos dons há uma verdadeira miscelânea, pois os tópicos são diferentes dos conceitos que são apresentados (p. 194ss). O autor dá um salto do problema do mal para os conceitos de pecado (p. 310) sem encerrar o assunto do problema do mal, de uma ora para outra. “As Escrituras apresentam 372 formas de pecado” é afirmação feita, sem qualquer explicitação destas “formas de pecado” ou citação de fontes para consulta, ou qualquer exemplo (p. 343). Na seção sobre igreja, falta abarcar a natureza da igreja, da missão da igreja, sua função, ministério, etc., questões consideradas básicas (p. 439).

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