Mulheres

Uma espada que fere o coração.

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Por Renato Vargens

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Há pouco, uma irmã em Cristo compartilhou comigo a mágoa de ter sido abandonada por um de seus filhos. Ela contou que durante anos trabalhou arduamente como confeiteira a fim de poder pagar a  faculdade de medicina do rapaz e que depois de formado, por razões desconhecidas, o  moço passou a tratá-la com desdém  e desprezo. Soube de um outro caso em que a uma esposa investiu todas as fichas para que o seu marido se formasse em direito, todavia, assim que completou o curso, ele a abandonou, alegando que sua mulher não possuía o mesmo nível intelectual que ele.

Caro leitor, por acaso você já se deu conta que as palavras proferidas por individuos ingratos fazem um estrago enorme na alma? Já percebeu que ações e comportamentos oriundos de uma mente inundada pela ingratidão é como se uma faca afiada tivesse penetrado o coração?

Pois é, lamentavelmente a ingratidão de vez em quando se faz presente em nossos relacionamentos, e ser alvo dela é absolutamente estarrecedor. Comumente recebo em meu gabinete inúmeras pessoas que se queixam das ações e reações de amigos e entes queridos que por motivos banais esqueceram no canto da existência expressões de afetividade e amor. Tais indivíduos influenciados pela soberba e arrogância, desenvolveram em seus corações um espírito indolente e debochado onde a auto-suficiência se faz presente.

O reformador alemão Martinho Lutero comumente dizia que existem três cachorros perigosos: a ingratidão, a soberba e a inveja, e que quando mordem deixam uma ferida profunda. Shakespeare costumava dizer que possuir um filho ingrato é mais doloroso do que a mordida de uma serpente; já, Miguel de Cervantes afirmava que a Ingratidão é filha da soberba.

Ora, sofrer ingratidão por parte daqueles com quem nos relacionamos é extremamente dolente. Infelizmente num mundo “ensimesmado” e egoísta como o nosso, tornou-se comum encontrarmos nas estradas da vida pessoas ingratas. O apostolo Paulo afirmou em sua segunda carta a Timóteo de que nos últimos tempos os homens seriam amantes de si mesmos. Na verdade, segundo Paulo, a geração dos últimos dias estaria muito mais preocupada com seu próprio umbigo, do que com a dor do próximo.

O imperador brasileiro Pedro II, em um esplêndido soneto sobre a ingratidão afirmou que a dor que maltrata, a dor cruel que o ânimo deplora que fere o coração e quase mata, é ver na mão cuspir, à extrema hora, a mesma boca aduladora e ingrata, que tantos beijos nela deu outrora.”

Pense nisso!

Renato Vargens

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