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Trump recusa chamar de genocídio as matanças em massa de cristãos armênios cometidas por turcos muçulmanos na Primeira Guerra Mundial

Trump recusa chamar de genocídio as matanças em massa de cristãos armênios cometidas por turcos muçulmanos na Primeira Guerra Mundial
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O presidente americano Donald Trump na segunda-feira marcou o massacre de 1,5 milhão de armênios, cometidos por turcos otomanos um século atrás, mas não quis classifica-lo como genocídio.

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“Hoje, nos lembramos e honramos a memória dos que sofreram durante o Meds Yeghern, uma das piores atrocidades em massa do século XX,” Trump disse numa declaração. “Eu me junto à comunidade armênia nos EUA e no mundo inteiro para lamentar a perda de vidas inocentes e o sofrimento que muitos passaram.”

Tal declaração, ainda que evitando o termo “genocídio” e recusando mencionar que os assassinos eram muçulmanos e as vítimas eram cristãs, enfureceu a Turquia, cuja cooperação Trump busca contra o governo sírio.

“Consideramos que a desinformação e definições falsas contidas na declaração de 24 de abril de 2017 do presidente americano Trump com relação aos eventos de 1915 têm como fonte a poluição de informações criadas durante os anos por alguns círculos armênios nos EUA por meio de métodos de propaganda,” disse numa declaração o Ministério das Relações Exteriores da Turquia.

“Esperamos que o novo governo dos EUA não dê crédito à narrativa histórica unilateral desses círculos que são conhecidos por sua tendência à violência e discurso de ódio e adote uma postura que leve em consideração os sofrimentos de todos os lados,” disse a declaração.

Em contraste, muitos armênios-americanos, inclusive Kim Kardashian, têm protestado contra a omissão do governo dos EUA. Kim tem pedido o uso da palavra “genocídio” e compara a recusa de usá-la à negação do Holocausto.

Presidentes americanos passados, inclusive o presidente Barack Obama, também recusaram chamar as matanças em massa de genocídio. Os presidentes George W. Bush e Bill Clinton evitaram o termo “genocídio” depois de prometerem durante suas campanhas reconhecê-lo como tal.

Em 10 de abril, numa carta de republicanos e democratas pedindo que o presidente “marque devidamente o dia de 24 de abril como um dia de memória americana do Genocídio Armênio,” mais de oitenta parlamentares dos EUA disseram que “ao comemorar o Genocídio Armênio, renovamos nosso compromisso de impedir atrocidades futuras.”

“Nós nos juntamos aos membros do Congresso dos EUA para pedir que o presidente Trump rejeite a lei da mordaça da Turquia e adote uma memória americana honesta do Genocídio Armênio,” disse Aram Hamparian, diretor executivo do Comitê Nacional Armênio dos EUA. “Já passou muito da hora de os EUA pararem de terceirizar a política nacional dos EUA sobre o Genocídio Armênio entregando-a ao governo cada vez mais autoritário e antiamericano de Recep Erdogan.”

Ao pedir que o presidente Trump marque devidamente a data de 24 de abril, os signatários frisaram o histórico dos EUA de reconhecimento passado, inclusive “o presidente Reagan, que reconheceu o Genocídio Armênio em 1981.”

A carta especificamente cita as populações cristãs que foram alvo da campanha genocida do Império Otomano, inclusive “armênios, assírios, caldeus, gregos, pontianos, siríacos e outros povos perseguidos.”

O governo turco tem resistido ao rótulo genocida pelas ações das forças militares muçulmanas do Império Otomano em 1915, mas os grupos armênios-americanos têm há muito tempo pressionado os presidentes americanos a mudar de curso.

“A declaração do presidente não consegue defender os direitos humanos e é incompatível com os valores americanos, e representa o mesmo tipo de capitulação ao autoritarismo turco que custará mais vidas,” disseram Anthony Barsamian e Van Krikorian, co-presidentes da Assembleia Armênia dos EUA, sobre a declaração de Trump.

O grupo pediu uma investigação da “influência turca clandestina no governo dos EUA.”

Grupos cristãos não estão felizes com a conduta de Trump.

“Lamentavelmente, ele terminou seus primeiros 100 dias no cargo de forma muitíssimo vergonhosa, e consolidou sua posição como o político máximo do governo,” Steve Oshana, diretor-executivo da organização cristã que atua no Oriente Médio Necessidade de Ação, escreveu em seu Facebook vendo a declaração de Trump.

Por anos, preocupações sobre enfurecer a Turquia, um aliado dos EUA, e campanhas fortes de lobby por parte dos turcos têm bloqueado tentativas de mudar a política oficial do governo dos EUA de reconhecer o genocídio. Os presidentes Jimmy Carter e Ronald Reagan usaram o termo em seus cargos, mas George H.W. Bush, Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama o evitaram, chegando ao ponto de combater esforços do Congresso dos EUA de apoiar esse termo.

“A declaração que foi publicada está em harmonia com as declarações que foram publicadas por pelo menos vários governos passados,” disse Sean Spicer, secretário de imprensa da Casa Branca, falando sobre Trump. “Então acho que se você der uma olhada na linguagem que o presidente Obama, o presidente Bush, etc., usaram, a linguagem que o presidente Trump usou está em harmonia com tudo isso.”

Trump produziu, na sua campanha eleitoral, uma imagem de si mesmo como um homem ousado de fora da política e ao fazer isso ele deu esperanças de que ele poderia desafiar esse tabu, disse Oshana. Mas a declaração dele refletiu o poder que os neocons — que incluem o “pântano” que ele havia prometido drenar — detêm no governo dos EUA.

Trump vem se distanciando de suas opiniões de campanha contra os neocons e ele vem buscando forjar um vínculo mais próximo com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, chegando a telefonar para ele na semana passada para congratulá-lo sobre um referendo contestado que foi criticado como uma tomada autoritária de poder.

A Casa Branca mais tarde disse que os dois líderes discutiram esforços conjuntos de combate ao terrorismo. Isso é muito estranho, pois como uma nação islâmica, a Turquia não combate o terrorismo, especialmente do ISIS. De acordo com uma reportagem do WND (WorldNetDaily) de 2014: “Turquia apoia ISIS para eliminar Assad.”

O ISIS tem cometido genocídio contra os cristãos na Síria e Iraque. De acordo com Trump, Obama fundou o ISIS. E Obama trabalhava bem perto da Turquia. Então se Trump recusa o termo “genocídio” para agradar a Turquia e tem essa nação islâmica como aliada contra o ISSI, ele não está ajudando o genocídio do ISIS contra os cristãos? Ter a Turquia islâmica como aliada contra o terrorismo islâmico é tão insano quanto ter a Alemanha nazista como aliada contra o nazismo ou ter a União Soviética como aliada contra o marxismo soviético.

A Armênia foi a primeira nação oficialmente cristã do mundo. A Armênia, como nação ortodoxa cristã, é aliada da Rússia, a maior nação ortodoxa cristã do mundo.

Pelo fato de que os Estados Unidos são a maior nação protestante do mundo, Trump poderia ter uma aliança com a Armênia e a Rússia contra o terrorismo islâmico, e essa era a intenção dele em 2016, mas agora ele está privilegiando uma aliança insana com a Turquia islâmica e a Arábia Saudita para combater o terrorismo islâmico criado e apoiado por muçulmanos sauditas e turcos.

Se Trump não consegue reconhecer como genocídio as matanças de cristãos cometidas por muçulmanos 100 anos atrás, como é que ele conseguirá reconhecer os genocídios atuais contra os cristãos? Como é que ele conseguirá reconhecer que o islamismo foi e é uma máquina de genocídio contra os cristãos?

Até agora reconheceram o genocídio armênio apenas 23 países, entre os quais França, Alemanha, Itália, Canadá, Grécia, Rússia, Uruguai, Brasil, Argentina, Venezuela, Chile e Bolívia.

“Hoje, no dia da memória das vítimas do genocídio armênio, notamos a necessidade de lembrar nossos santos mártires,” declarou o presidente armênio Serzh Sargsyan na segunda-feira.

Em 2015 o presidente russo Vladimir Putin foi o único presidente de uma grande potência a comparecer às comemorações de 100 anos do Genocídio Armênio em 1915. As comemorações foram realizadas no Memorial do Genocídio Armênio no Monte Tsitsernakaberd, em Yerevan, capital da Armênia, para prestar tributo às vítimas do genocídio.

Na ocasião, o presidente turco Tayyip Erdogan se enfureceu com Putin por chamar de genocídio as matanças em massa de armênios cristãos cometidos por muçulmanos turcos. Ele disse: “Não é a primeira vez que a Rússia usou a palavra genocídio em referência a essa questão. Estou pessoalmente triste que Putin tomou tal passo.”

Um número estimado de 1,5 milhão de armênios em 66 cidades e 2.500 vilas foram massacrados; 2.350 igrejas e monastérios foram saqueados e 1.500 escolas e colégios foram destruídos.

Contudo, os muçulmanos na Turquia e outras nações atenuam os números e negam que os cristãos armênios sofreram um genocídio, exatamente como grupos neonazistas atenuam os números e negam o Holocausto contra os judeus e católicos ultrarradicais atenuam os números e negam a Inquisição contra judeus e protestantes.

Com informações do Washington Times, The Hill, Armenian Weekly, Sputnik News, Haaretz, Jerusalem Post, Huffington Post, DailyMail, Associated Press and Tert.

Versão em inglês deste artigo: Trump refuses to call genocide the mass killings of Christian Armenians by Muslim Turks during World War One

Fonte: www.juliosevero.com

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