Estudos Bíblicos

Manifestações espirituais do Rei Saul e dos evangélicos.

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O meu propósito neste artigo não é examinar as duas passagens de 1 Samuel 18.10 e 19.23 detalhadamente, mas quero apenas enfatizar a questão das “manifestações espirituais” que Saul teve após o Senhor tê-lo rejeitado (15.11, 26, 35) e o seu Espírito..

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Por Leonardo Dâmaso

O meu propósito neste artigo não é examinar as duas passagens de 1 Samuel 18.10 e 19.23 detalhadamente, mas quero apenas enfatizar a questão das “manifestações espirituais” que Saul teve após o Senhor tê-lo rejeitado (15.11, 26, 35) e o seu Espírito “ter se retirado dele” (16.14).

Em 1 Samuel 18.10 vemos descrito que, “no dia seguinte, o espírito mau da parte de Deus se apoderou de Saul”, que começou a ter “manifestações proféticas” no meio da casa enquanto Davi tocava a harpa, como de costume… Mas adiante, no capítulo 19.23, é dito também que ele (Saul) “foi para Naiote, em Ramá e o Espírito de Deus veio também sobre ele, e ele ia caminhando e tendo manifestações proféticas até chegar a Naiote, em Ramá.” (Versão Almeida Século 21)

Todavia, sabemos pelo contexto de 1 Samuel que Saul nunca foi regenerado, isto é, nunca nasceu do Espírito. Assim como Balaão (Nm 22-24), Judas Iscariotes (Jo 6.70-71; At 1.15-26), Himeneu e Alexandre (1Tm 1.20) e Demas (2Tm 4.10), Saul é um grande exemplo de um falso crente e de que Deus usa descrentes muitas vezes na sua obra para propósitos específicos na vida dos verdadeiros crentes (veja como exemplo Mt 7.21-23)! É bem verdade que o Espírito Santo não se retira do verdadeiro cristão; entretanto, podemos, sim, entristecer o Espírito através de nossos pecados (Ef 4.30) e extingui-lo (1Ts 5.19), que é apagar a chama da sua presença em nós através da prática habitual do pecado, onde ficamos cauterizados e passamos a não mais sentir a sua presença e a alegria da salvação em Cristo Jesus, como aconteceu com Davi, quando pecou contra Deus e escreveu esta experiência no Salmo 51.

Não obstante, quando é dito que o Espírito Santo se apoderou de Saul (10.6; 11.6), não significa que ele passou a habitar nele, pois se o Espírito Santo habita em alguém, logo esta pessoa foi regenerada e é um verdadeiro crente. Porém, com Saul não foi assim; antes, o Espírito Santo estava sobre ele ou vinha sobre ele em alguns momentos como em (11.6), mas não habitava permanentemente nele. Contudo, depois que o Espírito Santo não vinha mais sobre Saul porque Deus o rejeitou, vemos um fato curioso descrito em 1 Samuel 18.10 e no capítulo 19.23, onde no primeiro texto (18.10) Saul teve “manifestações proféticas” dentro de sua casa influenciado não pelo Espírito Santo, mas pelo espírito mau que vinha da parte do Senhor.

Era como se Saul entrasse numa espécie de transe extático; ou como diz um chavão evangélico popular no meio pentecostal e neopentecostal – era como se Saul entrasse no mistério ou no “reteté” e começasse a pular, rodopiar, dançar, falasse em línguas “estranhas” e glorificasse a Deus nesse comportamento aparentemente inusitado; porém, visto como uma manifestação fervorosa por parte de alguns pentecostais e neopentecostais desatentos e sem discernimento espiritual. No entanto, Saul não fez tudo isso influenciado pelo Espírito Santo, mas pelo espírito mau; ou seja, pelo demônio! Já no segundo texto (19.23), Saul teve mais uma manifestação profética, dessa vez influenciado pelo Espírito Santo que veio sobre ele novamente.

Em vista disso, o que podemos aprender com estas duas passagens de 1 Samuel?

(1) Nem toda experiência espiritual é oriunda do Espírito Santo; influenciada por ele.

(2) Nem toda experiência espiritual é oriunda do demônio; influenciada por ele.

(3) Algumas ou muitas experiências espirituais são de origem psicológica, tendo como influência o ambiente frenético e agitado, as pessoas ao redor tendo supostas experiências espirituais e pela indução das mesmas e do próprio pastor.

(4) A verdadeira experiência espiritual impinge a pessoa a se voltar mais para as coisas de Deus, isto é, produz fome por Deus, pela sua palavra, pela a oração e por uma vida mais piedosa.

(5) Se a experiência espiritual não atrair a pessoa a uma vida mais profunda com Deus na oração, no estudo das Escrituras, no serviço cristão e numa vida piedosa, tal experiência espiritual é falsa e não veio de Deus. Ou veio de um sentimento de emoção reprimido que foi extravasado no culto ou do Diabo!

Que venhamos a discernir entre a verdadeira experiência espiritual da falsa experiência espiritual pautados nas Escrituras, e não nelas mesmas. É a Palavra de Deus que deve nortear toda a nossa vida, e não as experiências espirituais. Se uma experiência espiritual não estiver de acordo com o que diz a Escritura, tal experiência é falsa e deve ser rejeitada.

Sola Scriptura!!!

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