Estudos Bíblicos

A Paz em Duas Sentenças

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Os profetas e apóstolos estão de acordo. Pelos séculos afora, os homens falaram de paz enquanto faziam a guerra. Eles discursaram sobre utopias, enquanto reduziam a cinzas grandes cidades…

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“Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz” (Jr 6.14).

“Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão” (1 Ts 5.3).

Os profetas e apóstolos estão de acordo. Pelos séculos afora, os homens falaram de paz enquanto faziam a guerra. Eles discursaram sobre utopias, enquanto reduziam a cinzas grandes cidades, e prometeram eras de paz, prosperidade e serenidade pessoal, enquanto observavam seu povo sendo vitimado por desnutrição e doenças. Para falar claramente, o curso da história humana tem sido uma longa série de promessas quebradas, ambições desfeitas e corpos ensangüentados.

Ao longo de décadas repletas de desapontamento, proponentes da evolução social e política iludiram a si mesmos e ao seu público proclamando a ascensão a um grau mais alto na ordem da civilização, da paz e da prosperidade. Além disso, alegaram que, deixando de lado as restrições bíblicas autoritárias do judaísmo e do cristianismo, em favor da emancipação através do liberalismo secular, tornar-nos-íamos a brilhante “aldeia global” pagã, recentemente tão popularizada por revolucionários políticos e culturais que agora se encontram em descrédito.

Essas são realmente histórias muito velhas. Algumas surgiram das brumas de filosofias antigas; outras nos foram impingidas no decorrer do século passado. Mas, onde nos encontramos na atualidade? Estamos hoje mais próximos dessas bem-aventuranças e belezas das quais tanto ouvimos? Não precisamos que alguém nos responda, pois a verdade surge diante de nós a cada dia nos noticiários sobre acontecimentos desoladores e horríveis. Ironicamente, palavras escritas há milhares de anos são mais pertinentes que a maior parte das que são ditas nas cátedras das universidades, nos palácios governamentais, nas mesquitas e até mesmo nos púlpitos de muitas igrejas nos dias de hoje, uma época em que se cultua crenças baseadas em desejos e não em fatos. Enquanto a conversa sobre a paz jorra como cascatas sobre nós, não há paz – nenhuma paz. De fato, o mundo está mais dividido, mais capaz e disposto a provocar a destruição em massa do que em qualquer época da história da humanidade. Não! Não há paz.

Mas, por que é tão difícil alcançar a paz?

Grupos de resgate e de limpeza removem escombros do local em que ocorreu um ataque suicida contra um ônibus em Jerusalém. Nele foram mortos 19 israelenses 

e feridos outros 50.

Um ponto central na persistente instabilidade no mundo é, sem dúvida, Israel. Mesmo que todos os lados concordem que uma solução para o conflito árabe-israelense tem de ser encontrada, o assunto permanece tão ilusório como a fonte da juventude. Nenhuma nação ocidental trabalhou mais arduamente que os EUA para chegar a um acordo que garantisse a segurança nacional de Israel e concedesse aos palestinos um território próprio. Mas, apesar de todo o investimento em termos de tempo, dinheiro e esforços sinceros para chegar a algum tipo de acordo aceitável para todas as partes envolvidas, o presidente dos EUA e os diplomatas especializados em política do Oriente Médio sempre voltaram de mãos vazias.

Quando o presidente George W. Bush preparava sua proposta de um Estado Palestino “provisório”, seus esforços foram ridicularizados pelas próprias pessoas que ele e muitos membros da administração americana estavam tentando fortalecer como líderes nacionais do povo palestino. Enquanto Yasser Arafat, o presidente da Autoridade Palestina (AP), clamava: “Não recebemos ordens de ninguém!”, a liderança palestina e seus meios de comunicação (controlados pela AP) divulgavam intensamente uma resposta pouco elogiosa. Ela veio na forma de uma tríplice diatribe contra os EUA e contra Israel.

Eles lançaram uma campanha conjunta de relações públicas com as organizações terroristas muçulmanas Hamas e Jihad Islâmico, dirigindo um intenso ataque pelos meios de comunicação de massa contra a América, rotulando-a de defensora “sedenta de sangue” do “racismo” e do “fascismo” de Israel.

Acima de tudo, porém, a AP rejeitou qualquer concessão na questão da volta dos “refugiados palestinos” a Israel (o suposto “direito de retorno”), apesar da oferta do então ministro do Exterior de Israel, Shimon Peres, de retirar e desmantelar completamente os assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Gaza.[1] Essa rejeição completa, até mesmo de um acordo provisório, parece um golpe de morte nos esforços americanos de trazer algum alívio para a situação.

Mas, perguntamos mais uma vez, por que é tão difícil conseguir a paz para esse povo sofredor? Há poucos dias, um amigo me enviou a solução do problema em apenas duas sentenças:

1. Se os árabes depusessem as armas hoje, não haveria mais violência

Apesar de todas as acusações – contra os israelenses – de agressão e intento expansionista, essa afirmação é a plena verdade. Israel quer a paz. Por tempo longo demais, os judeus já têm sido submetidos ao tormento e à agressão com a intenção de destruir a nação e o seu povo. Até que ponto alguns de seus líderes estão dispostos a ir para alcançar a paz foi demonstrado há alguns anos, na Conferência de Camp David, pelo ex-primeiro-ministro Ehud Barak. Mas, ao invés de aceitar virtualmente tudo o que afirmava desejar – a Cisjordânia, Gaza, uma parte de Jerusalém e um Estado Palestino soberano – Yasser Arafat desprezou a oferta e decidiu que preferia buscar a “paz” por meio das armas.

É totalmente assombroso que Israel estivesse disposto a ser empurrado para uma área semelhante a um “gueto” e a ser submetido a um constante perigo mortal, em troca apenas de uma promessa de paz. Muitos crêem que as concessões que Barak ofereceu – e que o então presidente Bill Clinton apoiou – nasceram do desespero dos israelenses e teriam provocado ainda mais agressões por parte dos inimigos de Israel. Concordo com isso.

2. Se os judeus depuserem suas armas, não haverá mais Israel

Essa afirmação representa o outro lado da moeda, um lado mais sombrio. Esse é o único tipo de “paz” que satisfará os muçulmanos radicais. Eles não se contentarão com nada menos que a completa aniquilação de Israel. Talvez a demonstração mais reveladora e triste de quão profundamente arraigado e mortal é esse ódio fanático possa ser ouvida na oração de uma mãe palestina.

Umm Nidal, mãe de um homem-bomba suicida, foi entrevistada por um jornal em idioma árabe sediado em Londres, denominado “Al-Sharq Al-Awsat”. Primeiramente, ela descreveu aos repórteres como se encarava sendo mãe muçulmana:

Menino palestino vestido como terrorista.

Sou uma mãe compassiva para com meus filhos, e eles são compassivos para comigo e cuidam de mim. Por amor a meu filho [Muhammad], eu o encorajei a morrer como mártir por Alá… Jihad é uma obrigação incumbida a nós, e nós devemos executá-la. Eu sacrifiquei Muhammad como parte de minha obrigação.

Mais adiante, ela descreveu como rezou por Muhammad quando ele partiu para sua missão de morte:

Mas eu me preocupei e temi muito que a operação pudesse fracassar e que ele fosse preso. Eu rezei por ele quando saiu de casa, pedindo a Alá que fizesse da operação um sucesso e lhe concedesse o martírio. Quando ele entrou no assentamento [judeu], seus irmãos na ala militar [do Hamas] informaram-me que ele lograra infiltrar-se ali. Aí comecei a rezar por ele a Alá.

Rezei do fundo do meu coração que Alá fizesse com que sua operação fosse bem sucedida. Pedi a Alá que me concedesse 10 [israelenses] por Muhammad; ele atendeu meu pedido e Muhammad realizou seu sonho matando 10 colonos e soldados israelenses. Nosso deus o honrou ainda mais, pois muitos outros israelenses foram feridos.[2]

Para mães cristãs e judias, bem como para os habitantes das democracias ocidentais civilizadas, uma devoção irracional a tal deus é incompreensível. Os cananeus sacrificavam seus filhos a divindades pagãs, tais como Moloque, queimando-os num altar. Hoje, os palestinos lhes amarram explosivos em volta do corpo e os reduzem a pedacinhos. O conceito é o mesmo, apenas o método mudou.

Igualmente repreensível é a liderança moralmente corrupta que atrai esses sacrifícios humanos ao “altar”, usando o Corão e a fantasia carnal de inúmeras noivas perpetuamente virgens, festas e honras de Alá no paraíso. Para os inimigos de Israel e do povo judeu, tais práticas fazem parte do modo de ser de um deus que exige guerras santas de agressão. Mas a dura realidade é que nada há de santo em guerras dedicadas à erradicação de pessoas inocentes, cuja única “ofensa” é o desejo de possuírem uma pequena porção da terra de seus pais e de habitarem nela, em paz consigo mesmos e com seus vizinhos.

Vítimas e vencedores

Em qualquer conflito há vencidos e vencedores, mas há também vítimas. Umm Nidal e seu filho Muhammad representam centenas de palestinos confiantes que são levados por um caminho de ilusão destrutiva. Além de afligir toda uma geração de seus jovens com sua mentalidade de martírio movida a ódio, os líderes palestinos forçam seu povo a sofrer privações por causa da “intifada” (rebelião) e da obsessão maníaca com a “jihad” (guerra santa).

Existe, é claro, a outra opção: parar com a violência. Se e quando isto acontecer, haverá vitoriosos dos dois lados. Entretanto, propor a cessação dos tiroteios, das ações dos homens-bomba suicidas, das emboscadas para matar israelenses a caminho do trabalho, dos bombardeios de morteiros e dos lançamentos de foguetes Katyusha que poderiam levar ao caminho da paz, seria ridicularizado imediatamente como ingênuo e simplista. Pessoas que lidam com tais assuntos nos altos círculos diplomáticos raramente buscam soluções diretas ou de senso comum.

Mas, o que aconteceria se Yasser Arafat se desfizesse de seu corpo de matadores profissionais, dispensasse os militantes do Hamas e do Jihad Islâmico, e declarasse uma cessação total nas hostilidades? A resposta é clara e tem sido demonstrada repetidamente. Tal forma de agir trouxe paz ao Egito e à Jordânia, e oferece a mesma possibilidade aos palestinos. Se os líderes palestinos ordenassem aos seus militantes que parassem com os ataques, não haveria mais incursões israelenses em cidades palestinas e não haveria necessidade de cercas de segurança. Haveria liberdade para pais árabes irem ao seu trabalho, para os israelenses andarem de ônibus e caminharem nas ruas de Jerusalém, Haifa e Tel Aviv em segurança.

O grande benefício seria a volta à mesa de negociações para iniciar o demorado processo de busca de um acordo aceitável para ambos os povos.

Se os árabes depusessem as armas hoje, não haveria mais violência.

Isto não é tão impossível como parece. O ponto crucial é: Os muçulmanos árabes terão suficiente coragem e preocupação pelo bem-estar de seu povo para tentá-lo?

Elwood McQuaid é editor-chefe de The Friends of Israel.

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