Estudos Bíblicos

A ESPERANÇA DA MISERICÓRDIA

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O Salmo 123 era cantado como uma confissão de fé, de certeza de que Deus teria misericórdia deles no dia em que fossem desprezados pelos homens e nações.

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Por Wilson Porte Jr.

O Salmo 123 era cantado como uma confissão de fé, de certeza de que Deus teria misericórdia deles no dia em que fossem desprezados pelos homens e nações.

Ninguém gosta de desprezo. Ninguém gosta de escárnio (de ser caçoado). A situação fica um pouco pior quando o escárnio ou desprezo é nacional, e isso por causa da escolha que os israelitas fizeram de adorarem um único, soberano e suficiente Deus numa época quando isso era considerado quase um ateísmo.

Este Salmo, portanto, revela a esperança da misericórdia de Deus para o dia do desprezo.

Quando os olhos dos que confiam em Deus estão postos no Senhor, tais pessoas sempre verão o melhor de Deus vindo para eles. Seus olhos sempre verão a misericórdia do Senhor vindo ao seu encontro. Keith Brooks, comentando este salmo, diz: “Aquele que habita nos céus percebe todas as calamidades de Seu povo e de lá virá para salvar todos os que nele confiam”.

De modo que o Salmo 123 é um destes salmos que revela um aspecto da fé do povo de Israel. Leia o Salmo:

1 A ti, que habitas nos céus, elevo os olhos!

2 Como os olhos dos servos estão fitos

nas mãos dos seus senhores,

e os olhos da serva,

na mão de sua senhora,

assim os nossos olhos estão fitos no Senhor, nosso Deus,

até que se compadeça de nós.

3 Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia;

pois estamos sobremodo fartos de desprezo.

4 A nossa alma está saturada

do escárnio dos que estão à sua vontade

e do desprezo dos soberbos.

Este salmo é mais dos chamados Cânticos de Romagem. Os Cânticos de Romagem ou Cânticos de Degraus são 15: Sl 120 a 134. Uma das razões apontadas para a existência desse título é o fato deles serem cantados enquanto o Povo de Israel subia à Jerusalem para algumas festas anuais. Por causa disso, estes Salmos são também chamados de Salmos dos Peregrinos.

Jerusalém fica situada a 750 metros acima do nível do mar. Segundo alguns comentaristas, Degraus nos mostra a possibilidade dos peregrinos subirem por “graus” ou “estágios” até a cidade de Jerusalém. Romagem nos mostra a possibilidade deles nunca subirem isoladamente, mas em grupo para a festa do povo da aliança.

Três vezes no ano, todo homem aparecerá diante do Senhor Deus Ex 23.17

Êxodo 23.17 nos fala de três festas obrigatórias: Pães Asmos, Festa da Sega e Festa das Colheitas. Nestas festas, todo judeu deveria subir para Sião a fim de celebrar ao Deus que é mencionado nestes Salmos (120-134). O que eu gosto de estudar nestes 15 salmos é a mensagem cantada por eles em cada um deles. Se prestarmos atenção, veremos que eles formam uma confissão de fé do povo judeu em peregrinação.

No verso 1, vemos uma enorme confiança de que aquele que é o nosso “Pai nosso que estás nos céu”, é suficiente para socorrê-los. Veja que eles ainda não falam do motivo pelo qual eles pedem socorro. Por quê? Por que isso não é importante em um primeiro momento. Mais importante do que falar do seu problema, é falar de sua confiança, e daquele em quem você confia. Por isso, aprendemos com esse salmo que o peregrino que o canta, antes de lembrar-se do motivo que o perturba, lembra da grandeza daquele que o socorre.

Isso é mais importante do que tudo! Após falar sobre sua esperança, o salmista começa a falar do problema. E ele o faz de um modo muito belo, comparando-se com um escravo. A palavra hebraica usada aqui é עֶבֶד (eved) é principalmente traduzida com escravo, denotando aqueles que pertenciam a esta camada da sociedade antiga.

Veja que comparação! “Mãos”, no verso 2, não significa apenas nossas mãos, mas também “poder”.

Quais os motivos de um escravo olhar firmemente para as “mãos” (ou “poder”) de seu senhor?

Temor, respeito, prontidão, abnegação, segurança e compaixão! Estas são algumas das razões. É isso que também devemos esperar do Senhor quando pomos nossos olhos fitos nEle.

O salmista diz no verso 2:

“… assim os nossos olhos estão fitos no Senhor, nosso Deus, até que se compadeça de nós.”

Mas qual a razão dessa confissão? Por que eles estão dizendo isso? Qual o motivo dessa busca pelo socorro divino? A resposta vem no verso 3:

“Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia; pois estamos sobremodo fartos de desprezo.”

O desprezo era a razão de seu pedido de socorro. No verso 1, vemos o salmista pedindo só por si. Mas, dos versos 2 em diante, a nação está clamando a Deus por socorro.

Os judeus sofriam muito com o desprezo e a crueldade. As razões para isso são as mais diversas. Tanto consequência de sua infidelidade à aliança quanto escárnio devido à fé simples em um único Deus criador dos céus e da terra.

Tanto desprezo trouxe cansaço, de modo que eles pedem a misericórdia de Deus.

Nós também conhecemos o desprezo, em diversas ocasiões da vida. E esse é o exemplo que devemos carregar sempre conosco. Mantermos os olhos fixos na misericórdia de Deus. Só a misericórdia dEle nos garante paz em meio à tanto desprezo. Desprezo na família, no trabalho, na escola, nas amizades.

O salmista termina dizendo que, em meio a tanto cansaço, ele esperava firmemente na misericórdia. Sua alma estava saturada de tanto as pessoas caçoarem dele. O resumo de suas palavras é que os justos sempre confiaram em Deus e pedirão libertação e paz em meio a tanto desprezo.

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