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A DOUTRINA FOI FEITA POR CAUSA DO HOMEM E NÃO HOMEM POR CAUSA DA DOUTRINA!

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A graça e o amor de Jesus nos constrange. Sua misericórdia escandaliza o legalismo que exige punição por meio da justiça. O capítulo 9 de Mateus…

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Por Fabio Campos

A graça e o amor de Jesus nos constrange. Sua misericórdia escandaliza o legalismo que exige punição por meio da justiça. O capítulo 9 de Mateus me chama a atenção pela quebra dos protocolos da ortodoxia judaica pelo Senhor dos judeus. O Senhor do sábado é livre para trabalhar neste dia. Não há regras quando Ele faz da regra a si mesmo. O Nazareno, o Deus encarnado, escandalizou os escribas ao afirmar que tem autoridade para perdoar pecados (Mt 9.1-8). O Senhor dos judeus e dos gregos, chama segundo o beneplácito da sua vontade, ainda que seja um publicano [considerado traidor pela liderança eclesiástica] sem precisar dar satisfação a teólogo nenhum (Mt 9.9).

Como entender um Deus Eterno que entrou fisicamente no espaço e no tempo – aquele que habita na luz inacessível – Criador dos Céus e da Terra-, agora comendo à mesa com “muitos publicanos e pecadores”, demonstrando assim a comunhão possível entre Deus e o homem, unicamente pela graça (Mt. 9.10-13). Enquanto muitos estavam [e talvez de forma louvável] fazendo ritos ascéticos cumprindo os preceitos da lei, o Noivo comia e bebia com os seus amigos (Mt 9.14-17). É difícil aos rabinos entenderem como pode uma mulher, menstruada por doze anos, ser curada no simples tocar na orla do vestido do Rabino dos rabinos, e por Ele ser louvada a frente de todos sem um pingo de preocupação no que poderiam pensar (Mt 9. 19.26).

Quando medito na beleza do Senhor Jesus e na sua graça, minha estrutura que é pó estremece. Meu maior medo é estar defendendo o sábado e rejeitando o homem criado a imagem e semelhança de Deus. Preciso aplicar minha teologia em prol do homem, pois o sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado. Por vezes “choro” e tenho vergonha do meu cristianismo duro, legalista, sem graça e misericórdia, em prol da defensa ferrenha do secundário. A dureza do coração de alguns irmãos; as discussões do secundário; uma rivalidade entre correntes teológicas; tudo isso me traz a sensação que o sal está insípido. Brigas aqui e o diabo deitando e rolando em Pedrinhas. Será que o Silas Malafaia comentou algo ao Mike Murdoch a respeito do Maranhão?

Muitas pessoas não partilham mais das minhas ideias pelo simples fato de ser eu um pentecostal continualista. Quanta pobreza espiritual! Quanta mediocridade e vaidade dentre as vaidades. Vem-me o temor quando entro por este caminho [da vaidade] e logo ressoa a frase ao meu coração: “como o Senhor tem visto a tudo isso”? Em nome da “verdade” posso murmurar contra Deus ao contemplar alguém fazendo um ato de bondade em prol do ser humano (Mt 9. 32-34). Ser for verdadeiro, bom, justo, puro e louvável, ainda que no âmbito da “graça comum”, tenha por certo que, o próprio Cristo está envolvido nisto, pois todo dom perfeito vem do “Pai das Luzes”. Talvez em “nome da minha ortodoxia morta” esteja sendo um “escriba e fariseu” entregando e crucificando o Filho de Deus.

Esse Senhor é Senhor dos céus e da terra. Em seu ministério terreno mostrou que sua prioridade era “andar pelas cidades e povoados, ensinando e pregando o evangelho do Reino”; “também curava os enfermos e de muitas pessoas expulsava demônios os quais aprisionavam os homens”. Na sua boca não se achou engano, e sua comida era fazer a vontade Daquele que o enviou. Tudo foi feito por causa do homem – até a doutrina foi estabelecida para que o homem pudesse adorar a Deus com entendimento.

Contudo, a doutrina foi feita por causa do homem. O Senhor da Doutrina se compadecia das “multidões”, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. Repare que Ele não segregou – não perguntou quem era de Israel – simplesmente se “compadeceu da multidão”. Este é o temor que me vem, amados – rejeitar alguém e tratar o homem com desprezo, enquanto Deus o olha com misericórdia. Nada traz mais glória para ao Senhor do quê as nossas boas-obras feitas unicamente por amor a Cristo (Mt. 5.16). A Glória de Deus precisa ser nosso principal alvo.

Este é o nosso Deus. Pelo seu amor nos entregou sua Doutrina [ensino], para que pudéssemos desfrutar da sua comunhão em “espírito e em verdade”. Ele nos deu a dica em como cumpri-la: “Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo com si mesmo”. Quanto ao próximo, quem de fato é ele? o “herege” do Samaritano, o displicente com a Torá, nos informa e nos ensina a forma de ama-lo (Lc 10.25-37).

Ao sermos tentados a “metralhar” alguém com a doutrina simplesmente para preservar nossa reputação religiosa diante dos homens, que Deus nos ajude e nos traga a memória o ensino de Nosso Senhor, “O sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado”.

O detalhe maior é que, até do Sábado, Jesus é Senhor! Portanto, imitemos a Ele e deixemos de lado o escriba e o fariseu hipócrita que há dentro de nós, preocupado apenas com a reputação e o louvor dos homens que é abominação diante de Deus.

“Vão aprender o que significa isto: ‘Desejo misericórdia, não sacrifícios’. Pois eu não vim chamar justos, mas pecadores”. – Mateus 9.13 NVI

Soli Deo Gloria!

Fonte: Fabio Campos

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