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A Doutrina Bíblica das Ordenanças

A Doutrina Bíblica das Ordenanças
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Todo o crente precisa ser batizado e assim tornar-se membro da Igreja local. Para isto, é previamente necessário que tenha sido feito antes uma confissão de fé e aceitação de Cristo Jesus como Salvador.

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Estudos Para Classe de Batismo –

Pr Jonas Xavier Pessoa

INTRODUÇÃO

Todo o crente precisa ser batizado e assim tornar-se membro da Igreja local. Para isto, é previamente necessário que tenha sido feito antes uma confissão de fé e aceitação de Cristo Jesus como Salvador. Também é necessário à Igreja conhecer o testemunho do candidato antes de recomendá-Io ao batismo e à membresia eclesiástica.

O Batismo e a Ceia do Senhor são as duas Ordenanças estabelecidas por Jesus Cristo quando esteve aqui na terra com seus discípulos. Estas duas ordenanças tem a forma de ritual religioso e são administradas pelo pastor de cada Igreja com a aprovação da própria Igreja.

Uma vez definidas estas Ordenanças, segue-se que este é o propósito do estudo aqui em questão: apresentar e analisar o ensino bíblico acerca de tais Ordenanças e suas implicações práticas para a vida do novo membro da Igreja local. Com este conhecimento, cada aluno ou candidato poderá se sentir mais seguro e fundamentado para aquiescer ao batismo e às responsabilidades com a Igreja Local onde vai se filiar.

A Igreja de Cristo não é formada de autômatos ou pessoas ‘teleguiadas’. Jesus disse: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. (João 8:32) É somente através do conhecimento da verdade de Deus que todos nós poderemos tornar tais decisões. O propósito do autor é que este estudo sirva de esclarecimento pessoal e por sua clareza estimule sua obediência a Cristo e à Sua Palavra.

A IGREJA

A. Morfologia – Vem da palavra grega ECLESIA (ekklesía) que significa, originalmente “chamados para fora”. A idéia básica é de que Deus nos tirou ou nos chamou ‘de dentro do mundo para fora’, para criar uma ‘nova so-ciedade’, ‘um novo povo’ para Sí.

B.  Aplicações do termo ‘Igreja’:

1. Denominação ou grupo de cristãos.

2. Templo, construção para fins religiosos.

3. No caso da hierarquia de clérigos – Igreja Católica ou Igreja Docente.

4. Conjunto de cristãos na concepção local ou universal, segundo o ensino -bíblico.

C.  Definição de Igreja Local:

Um grupo de pessoas chamadas por Deus, regeneradas pelo Espírito Santo, que formam um corpo visível num determinado local e época, organizada, com propósitos específicos, batizados nas águas por imersão, que aceitam um pacto (um acordo com Cristo, ” … no seu sangue … “), que se reúnem para evangelizar os perdidos, batizar os convertidos, edificar os crentes, tomar a Ceia do Senhor regularmente, ter comunhão uns com os outros, enfim desempenhar a missão de Cristo sobre a terra.

Observe as seguintes referências: Mateus 28:18-20; Atos 2:41-47; 4:4; Atos 1:13 e 14:23.

A NATUREZA DAS ORDENANÇAS EM GERAL

Os termos a seguir, são colocados em contraste para se perceber melhor o que mais perfeitamente descreve estes dois mandamentos de Jesus Cristo à Sua Igreja.

A.        Sacramento

Alguma coisa apresentada aos sentidos físicos, a qual é de instrução di-vina e tem poder para conferir graça aos que disto participam.

Obs: Não aceitamos este ponto de vista. Para nós, Batistas Regulares, os elementos da Ceia ou o próprio ato em si do Batismo ou da Comunhão não conferem nenhuma graça àqueles que deles participam.

Ex: este é o ponto de vista Católico-Romano e Presbiteriano.

B.        Símbolo

É a representação visível de uma verdade invisível. O Batismo e a Ceia são símbolos, porém não apenas isto.

C.        Rito

É aquilo que se emprega com regularidade em religião ou qualquer sistema religioso cujo propósito é sacro ou sagrado. Neste sentido, o Batismo e a Ceia do Senhor, também são ritos, mas não apenas isto!

D.        Ordenança

Aquilo que é de instituição imperativamente divina, que é feito com regularidade, e serve como simbolismo de determinadas verdades espirituais e que o Senhor Jesus Cristo aplicou a todos os crentes em todas as épocas como um mandado a ser observado.

O BATISMO

A.        Indícios de que o Batismo bíblico é OBRIGATÓRIO.

1.        Cristo pediu o Batismo – Ver João 1:33; Mateus 3:13-15.

2.        Cristo aprovou o Batismo – Ver João 4:1-2.

3.        Cristo ordenou o Batismo – Ver Mateus 28:18-20.

4.        Fazia parte da pregação apostólica:

“… Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo … ” Atos 2:38

5.        Foi prática dos apóstolos – Ver Atos 2:37-41.

6.        Era costume universal da Igreja Cristã no seu início e posteriormente (I Coríntios 1:12-17).

7.        A literatura universal da Igreja Cristã, extra-bíblica, isto é, fora da Bíblia, comprova que esta prática foi universal na Igreja daquela época.

B.        A Natureza do Batismo.

1.        O Batismo é um ato de amorosa obediência à Palavra de Deus tanto da-quele que se batiza como da parte da Igreja que o administra através dos seus oficiais. V. João 14:15; I João 2:3.

2.        O Batismo não salva nem perdoa pecados.

a.        Marcos 16:16 – É citado para basear o suposto poder batismal de perdoar os pecados. Esta doutrina errônea é conhecida pelo nome de regeneração batismal. Porém aqui, indica que o Batismo seque à conversão (momento quando os pecados são perdoados) e não implica para a condenação de ninguém se vier a ser suprimido por algum motivo.

b.        Atos 2:38 – Um complemento da afirmação de Pedro. Expressava simultaneidade relativa com que era administrado o batismo junto com a conversão. Ver Atos 2:41.

c.        Lucas 23:40-43 – O incidente do ladrão da cruz. Ele foi ao paraíso, porém, nunca se batizou. Sendo assim o batismo não é condição para salvação de nenhuma pessoa.

d.        Mateus 3:6 – Nos indica que o Batismo era feito após ter o candidato confessado os seus pecados a Deus.

C.        O Batismo de crianças.

1.        Atos 16:33 e 34 – Este texto é citado para basear o batismo de crianças por estar escrito que “…e logo foi batizado,  ele e toda a sua casa.” Para alguns intérpretes “..toda a casa…” do centurião incluía também suas crianças e/ou criancinhas. Este ponto de vista é defendido especial-mente pelos presbiterianos e também os católico-romanos.

É improvável que houvesse crianças pequenas na casa. É improvável porque o texto não declara isto. Trata-se de uma inferência inadequada para uma correta interpretação.

Se havia crianças, não nos é dito que elas eram pequenas ou grandes mas uma coisa é dita: que o centurião creu e com ele ” …toda a sua casa.”. De alguma forma seus filhos não eram tão pequenos que não pudessem crer,  se fosse este o seu caso.

2.        Jesus mesmo foi batizado aos 30 anos de idade e nunca foi considerado pagão, na sua época. Ver Lucas 3:21-23.

3.        O ponto de vista católico-romano e luterano. Defendem que:

· As crianças, originalmente, estão perdidas!

· Que o batismo salva as criancinhas do pecado original fazendo-as cristãs, urna vez que nasceram pagãs.

· Refutação bíblica a este ponto de vista:

a.        Jesus considerou as crianças como sendo pertencentes ao Reino dos Céus. Ver Mateus 19:13-15.

b.        O episódio da criança morta de Davi – Quando a criança de Davi morreu, ele ficou em paz e declarou que a criança não podia voltar para ele, mas ele um dia iria para onde ela estava, isto é, ele se encontraria com ela outra vez. Se Davi tinha a esperança imarcessível de usufruir a ressurreição, após esta vida (o que é um fato – Veja Salmo 16:9-11), foi na presença de Deus que sua criança iria aguardá-lo. Ver 11 Samuel 12:21-23.

c.        Conclusão: as crianças não são perdidas até que tomem a consciência de que são pecadoras e estão destituídas da glória de Deus Ver: Romanos 3:23. Ninguém pode nem deve especular sobre a idade da consciência, pois varia de pessoa para pessoa e somente Deus é que pode determinar tal coisa.

4.        Ponto de vista presbiteriano.

· Teologia da Aliança – A circuncisão representa o batismo que toda criança israelita recebia, depois de oito dias de nascida.

· A Igreja e a nação Israelita tem a mesma natureza e colocação.

· O Batismo é o sinal da mesma aliança agora sob a graça, como a cir-cuncisão o era sob a lei.

Refutação Bíblica:

a.        Entre a Igreja e Israel existem muitas semelhanças. As lições espirituais para Israel servem para a Igreja de Cristo, na Dispensação da Graça. Porém não podemos afirmar de acordo com o ensino das epistolas paulinas, que ambos tem a mesma natureza e, portanto, igual colocação. Ver Gálatas 6:16; I Coríntios 10:32.

b.        O batismo não é um sinal da Dispensação da Graça. Isto não ser comprovado dentro do NT, e se esse fosse o caso, tão pouco poderia ser aplicado às crianças. Não se observa de modo claro, indícios de tal prática e compreensão no NT.

D.        Modos do Batismo. e o Modo Bíblico.

1.        Aspersão

Quando é simplesmente derramada água na cabeça do batizando. Não há justificativa Bíblica para essa maneira de administrar o batismo.

2.        Derramamento (Efusão)

Quando é derramada água no corpo inteiro do batizando. Também não en-contramos indícios bíblicos a este respeito.

3.        Imersão

Quando o batizando é mergulhado na água de um rio ou num batistério, sendo a condição requeri da que o candidato seja inteiramente mergulhado em água.

a.        Deriva da palavra grega   (transl. “baptísmos’) que quer dizer “imergir” ou “mergulhar”.

b.        Nos locais onde eram efetuados os Batismos, se evidenciava a exis-tência de “…muitas águas … ” .

Vejamos:

(1) João 3:23 – ”         e havia ali muitas águas … “

(2) Mateus 3:6 – ”         no rio Jordão         “.

(3) Marcos 1:10 – ”         e saiu da água                 “

(4) Atos 8:36-39 – ”         e tmtrou na água … e saiu da água … “

E.        O Simbolismo do Batismo.

1.        A identificação do crente na morte, sepultamento e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, conforme nos indica Romanos 6:3-5:

“Ou porventura ignorais que fomos batizados em Cristo Jesus, tomos batizados em sua morte? Fomos pois sepultados com Ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressucitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida … “O ato de mergulhar na água simboliza a morte e o sepultamento do crente para o mundo enquanto que o ‘levantamento da água’, simboliza a ressurreição para Deus, para uma nova vida.

Ver Clo 2:12.

2.        O Batismo do Espirito Santo é simbolizado pelo batismo das águas, porque assim como entramos nas águas, o Espírito de Deus é batizado em nós, por Deus. Isso é o que se chama de ‘batismo no Espírito Santo’, e fala da nossa conversão, urna experiência já acontecida.

F.        Requesitos para o Batismo.

1.        Arrependimento e Fé – elementos da conversão.

2.        Instrução doutrinária (quando é possível).

3.        Bom testemunho do candidato perante a Igreja e o mundo.

G.        Período de Carência para o Batismo.

1.        Reconhecemos ser responsabilidade da Igreja, orientar e examinar os candidatos ao Batismo, que devem ser crentes com um bom testemunho e desejo professo de obedecer a Cristo e seu Evangelho.

2.        Náo há base bíblica quanto ao tempo de carência.

a.        Foram comuns, na Igreja Primitiva, os batismos ocorrerem logo após a conversão do discípulo. Por que foi feito assim?

(1) Porque o Cristianismo estava no seu início – não existia ainda a figura de “igreja organizada”. O lado organizacional veio muito tempo depois e por necessidade.

(2) Na legitimidade do testemunho e fé dos cristãos que nesta época jaziam sob intensa perseguição e sofriam repúdio dos judeus. Numa época assim, ninguém passaria por um ‘suposto cristão’ correndo até risco de vida. Tudo foi muito genuíno!

(3) Na ausência de orientação escrita, a não ser a tradição oral transmitida pela pregação do Evangelho, de geração em geração.

3.        As Razões para um período de Carência:

a.        Para testar a legitimidade da fé do novo convertido, uma vez que a sociedade em nosso País, já aceita o cristianismo protestante como legal e não clandestino. Nesse caso é muito bom para verificar “cristãos” que aderiram Simplesmente por uma questão de opção ou experiência e daí reorientá-los.

b.        Para instruir o novo convertido nas doutrinas capitais do Evangelho de Cristo e assim prepará-lo para estar convicto a tomar este passo importante.

c.        Dessa forma, a Igreja evita um pouco mais, ter no seu corpo de membros, pessoas insinceras e duvidosas, portanto não autênticas.

A CEIA DO SENHOR

A.        É uma ordenança de Cristo.

1.        Lucas 22:16 – Mostra indiretamente que Jesus náo a comeria novamente, até que o Reino se cumprisse.

2.        I Coríntios 11: 24 – “Fazei isso todas as vezes que… “.

3.        Atos 2:41 e 42 – A Ceia do Senhor sempre está relacionada com o Batismo numa relação de consequência, ou de continuidade.

B.        Simbolismo dos Elementos da Ceia.

1.        A morte e o sofrimento vicário de Cristo – I Coríntios 11:26.

2.        A apropriação pessoal dos benefícios de Cristo, O Crucificado – que já são apropriados por nós:

a.        João 6:51 – ” … o pão é a minha carne … “

b.        I Coríntios 1: 23; 2: 2 – ” … Cristo, O crucificado … “

3.        Uma comunhão espiritual entre os crentes e portanto, unidade.

a.        Atos 2: 42 – ”         e na comunhão uns com os outros. “

b.        Atos 2:46 – ”         e comiam juntos … “

4.        Dependência do crente, da parte de Cristo – João 6:55.

5.        Anuncia a vinda de Cristo no seu Reino:

” … em memória de mim … até que Ele venha.” I Corintios 11:26

C.        Elementos da Ceia do Senhor.

1.        O pão

Simbolizando o corpo de Cristo que foi partido no Calvário quando Ele deu Sua vida por nós. Ver Lucas 22:19.

2.        O Vinho

Simbolizando o sangue de Cristo ” … derramado em favor de muitos. ” Ver Lucas 22:20; Marcos 14:24.

D.        Requisitos para a Participação da Ceia do Senhor.

1.        Ser batizado e membro da igreja local.

2.        Estar em comunhão ‘plena’ com a igreja local e com Deus.

a.        “Comunhão plena”, não significa que o crente tem de ser perfeito.

b.        Significa estar cônscio de que qualquer falha pecaminosa havida até aquele momento, já foi confessada ao Senhor não havendo barreiras de ordem moral e espiritual que impeça sua participação.

3.        Segundo as Escrituras, cada um é responsável de si mesmo (cada membro da igreja local) a julgar se pode participar da Ceia. Ver I Corintios 11:27-29.

4.        Tomar a Ceia indevidamente, estando em pecado, é expor-se ao juízo de Deus (I Coríntios 11:30; I João 5:16, etc.).

Este juízo pode ser:

·        doença;

·        fraqueza física (perda do gosto pela própria vida);

·       disciplina efetuada pela Igreja, tirando do seu corpo, o membro. em pecado ou sob disciplina(disciplina do tipo ‘exclusão’);

·        a própria morte.

E.        Teorias Errôneas a respeito da Ceia do Senhor.

1.        Transubstanciação.

É a idéia católico-romana em que os elementos da Ceia, após a do sacerdote, se transformam literalmente em vero corpo e vero de Cristo, respectivamente, em toda a sua natureza, essência e divindade.

Objeções a este ponto de vista:

a.        Quando Jesus usou a expressão “… isto é o meu corpo… “, Ele estava fazendo uso de uma figura de linguagem, da mesma forma que Ele empregou quando disse: “Eu sou a luz do mundo … “ou “Eu sou a porta … “, etc.

b.        “Em Memória de Mim…” – Fala da comemoração de alguém que está ausente em pessoa ou em corpo. Assim, enquanto estamos comemorando a morte e a vinda de Cristo através da Ceia do Senhor, estamos fazendo assim, porque Ele se encontra ausente de nós, fisicamente, muito embora esteja conosco espiritualmente. E isto não é contraditório, pois Ele falou da Sua memória com relação à sua ausência corpórea deste mundo, e esta situação permanecerá enquanto Jesus estiver na Presença do Pai e até Seu Retorno à terra.

Ver Mateus 28:20; João 14:19,25,28.

c.        Argumento lógico – Se o pão e o vinho fossem transformados no próprio Cristo, teríamos:

(1) No dia da Ceia pascal em Jerusalém, à véspera da morte de Cristo, ‘um Cristo partindo outro cristo, um Cristo abençoando outro cristo, este sendo abençoado e repartido entre os doze discípulos. Além disso, também haveria o caso de um Cristo está estar comendo ‘outro cristo’! Um verdadeiro absurdo!

(2) Muitos ‘cristos’ sendo tomados depois de consagrados pelos sacerdotes romanos, milhares de vezes e todos os dias do ano por séculos e séculos.

(3) A possibilidade de classificar tal ato de ‘canibalismo metafísico’, pois estaríamos engolindo e nutrindo-se do ser físico de alguém.

2.        Consubstanciação.

É a idéia Luterana ou Reformada que ensina estar Cristo presente de alguma forma nos elementos que se tomam, de forma que os participantes recebem graça e algum poder divino decorrente deste ato. Para estas Igrejas a Ceia e o Batismo são sacramentos.

Objeções a este ponto de vista:

a.        Argumento lógico.

Pelas mesmas razões do que foi observado para a transubstanciação. Ver item E.1, acima.

b.        Argumento escriturístico.

Não temos nenhuma evidência na Escritura que torna este ponto fun-damentado. Além disso, tal presença, nunca seria concorrente, nem mais importante se o fosse, em relação à presença espiritual de Cristo, que é ensinada pelas Escrituras.

(1) Mateus 28: 20 – ”         e estarei convosco todos os dias … “

(2) Mateus 18: 20 – ”         onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estarei no meio  deles … “

A MEMBRESIA DA IGREJA LOCAL

A.        Uma vez que o Batismo é praticado localmente e sob os auspícios de uma local, responsável pelos novos convertidos que o recebem, é naturalmente lógico que estes novos convertidos batizados se incluam na membresia desta mesma Igreja Local.

B.        É perfeitamente observável que, no NT, havia uma identificação imediata dos batizados com a Igreja Local onde foram batizados. A única exceção feita é com respeito ao Eunuco da Rainha de Candance (Etiópia – -Ver Atos 8:39-40).

1.        Com referência ao Eunuco, a tradição histórica da Igreja Cristã é unânime em afirmar que ao chegar à Etiópia, seu país de origem, ele pregou o Evangelho e fundou Igrejas, sendo assim o primeiro discípulo e o primeiro pastor naquele país.  A Igreja cristã fundada pelo eunuco, até hoje é conhecida como “Igreja Cristã Copta”.

2.        Referências que mostram a ligação entre os batizados e a sua inclusão na Igreja local que os batizou:

a.        Comp. Atos 1:12-14 com 2:41,47, com 4:4,5.

b.        Ver Atos 5:16; 6:7 – Até aqui, Conversões e batismos em Jerusalém.

c.        Em Samaria – Atos 8:12;

d.        O episódio de Saulo – Atos 9:18-19, 26-28.

e.        Menção tríplice – Atos 9:31 – Igrejas da Judéia,Galiléia e Samaria

f.        A Igreja na casa de Lídia – Filipos – Ver Atos 16:15,32-34,40. Esta foi a primeira Igreja da Europa fundada pelo apóstolo Paulo.

C.        O termo “revestir-sen em GáJatas 3:27.

Este termo está associado com a idéia de militarismo: o soldado veste o seu uniforme para se identificar com a sua companhia, seu batalhão ou seu comando. Foi assim na antiguidade entre gregos e romanos, e é assim ainda nos dias de hoje.  Qual a aplicação figurada desta idéia bíblica?

1.        O crente batizado é o ‘soldado’ que veste sua farda.

2.        O ‘ato de vestir-se’ é similar ao ato de filiar-se como membro da Igreja local.

D.        A filiação à Igreja é simplesmente a identificação oficial com o povo de Deus, de cuja filiação, o batismo é cabal requerimento.

RESPOSANBILIDADES E DIREITOS ECLESIÁSTICOS PARA OS MEMBROS

A.        Responsabilidades.

1.        Manter um testemunho digno perante a Igreja e o mundo.

2.        Zelo pelo trabalho de Deus.

3.        Participação em qualquer função para qual a Igreja solicitar o membro:

a.        O membro jamais deve dizer “não” ou rejeitar cargos que a Igreja lhe apresenta. Nem a inabilidade é desculpa justificável.

b.        Isto pode significar lançar fora oportunidades valiosas que Deus esteja proporcionando para sua vida.

4.        Participação assídua e pontual nas reuniões devocionais e administrativas da Igreja. Ver Hebreus 10:24 e 25.

5.        Cooperação através dos dízimos e ofertas motivadas pela própria Palavra de Deus.

a.        Fidelidade na manutenção do trabalho de Deus.

b.        Fundamento bíblico: Ageu 2:8,9; Malaquias 3:8-10; Mateus 23:23.

Hebreus 7:2, 5-9.

B.        Direitos.

1.        O direito à palavra nas assembléias de negócios – opinião democrática dentro de uma administração democrática.

2.        O direito de voto nas mesmas Assembléias.

3.        Participação da Ceia do Senhor.

4.        Direito de ser votado para cargos da Diretoria administrativa.

5.        Direito de participação por votação para Assembléias regionais ou nacional, quando delegados pela Igreja através de cartas de credenciamento.

A DISCIPLINA NA IGREJA

A.        No VT temos o clássico exemplo de Acã – Josué 7:1-26.

1.        É óbvio que a Igreja não estava no VT, pois Jesus nos seus dias, refere-se a ela como estando ainda no futuro – Ver Mateus 16:18.

2.        Entretanto o Deus que regeu a nação Israelita no VT e a Igreja no NT, é exatamente o mesmo. Ver Salmo 102:26,27; Malaquias 3:6; Hb. 13:8.

3.        Os princípios também não mudam! O que era válido espiritualmente no VT também o é no NT. A disciplina do povo de Deus, seja Israel ou se-ja a Igreja é um princípio válido em toda a história e o NT muito a-firma sobre isto.

4.        Assim, a disciplina é tão antiga quanto Adão, Os Patriarcas e Israel.

5.        O episódio de Acã nos reflete certos aspectos interessantes:

a.        Josué o líder de Israel não sabia do êrro, mas Deus o sabia!

b.        Enquanto o erro permaneceu escondido (tanto no coração como debaixo da tenda, Deus não abençoou o Seu povo e por isso foi derrotado.

c.        Deus jamais abençoará, mesmo o Seu povo enquanto se mantiver o pecado, ou não for tratado.

d.        Quando o pecado é antecipadamente confessado e tratado, há perdão e reconciliação sem que hajam maiores consequências.

e.        Quando o pecado causa destruição no meio do povo de Deus(o caso de Acã) , Deus somente perdoará o seu povo quando o pecado for erradi-cado.

f.        No caso de Acã, 36 soldados morreram na fuga de Ai(enquanto o pe-cado jazia escondido sob responsabilidade de Acã). Da mesma forma, Deus exigiu a morte de Acã e toda a sua família(de alguma forma, conivente com ele) e a queima de todos os seus pertences. Só assim Deus perdoou o pecado do povo.

g.        Note bem: a disciplina de Aca foi uma exigência de Deus e não de Josué e nem da nação israelita. Também com respeito à Igreja, de-vemos lembrar que Deus é Quem exiqe e a Igreja apenas executa.

B.        A Recomendação do Senhor no VT – Provérbios 3:11

C.        A Recomendação de Jesus no NT – Ver Mateus 18:16-18.

1.        Estabelece o modo como a Igreja deve tratar os casos disciplinares.

2.        A motivação principal para a disciplina é a rebelião ou a resistência à confissão e o reconhecimento do pecado – sinal de arrependimento.

3.        Se o membro chega a confessar em última instância e a arrepender-se, a Igreja não deve excluí-lo: pode administrar alguma disciplina moral como:

a. Suspendê-Io da prática da Ceia do Senhor por 1 ou 2 meses;

b. Suspendê-Io dos cargos assumidos por um tempo determinado;

c. Deixá-Ia por um período em observação até declará-Ia apto a exer-cer sua membresia.

4.        Entendemos também que quando o membro pratica algo escandaloso, do conhecimento notório da sociedade, a Igreja deve tornar notória sua disciplina ou exclusão, para não aviltar o Evangelho e a Fé Cristã.

5.        Sempre que o irmão falho for ganho, sem recorrer à Igreja, o assunto do seu pecado não tem mais valor para o conhecimento/ação da Igreja.

D.        Ver também I Coríntios 11:28-34; Hebreus 12:5-11.

1.        Deus nos disciplina para não sermos condenados com o mundo.

2.        Cada um de nós deve constantemente julgar a si mesmo – auto-exame.

3.        Quando não nos julgamos. então Deus e a Igreja hão de nos julgar!

4.        Hebreus: Devemos aceitar a disciplina como ato de misericórdia divina.

5.        A disciplina sempre produz frutos de justiça e paz no crente!

1ª Versão – I B de Cachoeirinha – AGO/1982 .

2ª Versão – IBR da Graça – AGO/1986.

Obs.: Digitalização feita em MAR/2006 pelo então Seminarista Miguel Ângelo Luiz Maciel – “Em memória”.

O Pr Jonas fio um dos mais fiéis, sábios, dedicados e inteligentes pastores da história dos batista regulares no Brasil. Sua coleção literária, bem como seu conhecimento geral, até hoje me causam forte impressão na memória. Tristemente foi desprezado, zombado e execrado pelo movimento e pelas espúrias associações que, seguindo o caminho da apostasia, recusaram-se a ouvir seus insistentes apelos por obediencia à Palavra de DEUS.

DEUS o levou em 24 de Outrubro de 2005, creio sinceramente que para poupá-lo de ver o vergonhoso destoar doutrinário do movimento que tanto amava e que tanto insistiu em que permencesse fiel.

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