Dúvidas Bíblicas - Oséias

Os profetas desabonaram o sistema de sacrifícios de Moisés?

Os profetas desabonaram o sistema de sacrifícios de Moisés?
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REFERÊNCIA: Oséias 6.6

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PROBLEMA: Moisés ordenou que fossem feitos sacrifícios no culto ao Senhor, dizendo: “Assim, queimarás todo o carneiro sobre o altar; é holocausto para o SENHOR, de aroma agradável, oferta queimada ao SENHOR” (Ex 29.18). Entretanto, várias vezes os profetas que vieram posteriormente parecem ter repudiado o sistema de sacrifícios. Oseias cita o Senhor, dizendo: “Pois misericórdia quero, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos” (Os 6.6). Davi confessou a Deus: “Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos” (Sl 51.16). Deus declarou por meio de Jeremias: “Os vossos holocaustos não me são aprazíveis, e os vossos sacrifícios não me agradam” (Jr 6.20).

SOLUÇÃO: Os profetas posteriores não repudiaram o sistema de sacrifícios do AT – eles só esclareceram que Deus não desejava que eles fossem observados apenas exteriormente, mas que houvesse obediência interior. Isso é claro em razão de três linhas de evidência.

Primeiro, Deus expressou aprovação aos sacrifícios que foram oferecidos, mesmo durante os períodos em que os versículos acima citados foram escritos, e que erroneamente são entendidos como expressões da desaprovação de Deus aos sacrifícios. Por exemplo, Salomão ofereceu milhares de sacrifícios em holocausto ao Senhor, os quais Deus aceitou, enviando sobrenaturalmente fogo do céu (2ª Cr 7.1-4). O piedoso rei Josias manifestou sua obediência à lei de Moisés comendo o cordeiro pascal (cf. 2ª Rs 23.21-23). Outros bons reis ofereceram holocaustos, que foram aceitos por F Deus (cf. 2ª Rs 16.15; 2ª Cr 29.18). Mesmo depois do cativeiro, no fim do AT, sacrifícios eram oferecidos no tempo de Esdras (cf. Ed 3.5; 8.35) e Neemias (cf. Ne 10.33), os quais eram aceitos por Deus.

Segundo, até mesmo esses profetas que vieram depois de Moisés ofereceram eles mesmos sacrifícios e/ou incentivaram outros a fazê-lo. Samuel tomou “um cordeiro […] e o sacrificou em holocausto ao SENHOR” (1ª Sm 7.9). Elias ofereceu um “holocausto” no monte Carmelo, que foi aceito por Deus (1Rs 18.38). O profeta Joel lamentou “porque da casa de […] Deus foi cortada a oferta de manjares e a libação” (Jl 1.13). De igual modo, Sofonias profetizou acerca de um tempo em que os adoradores retornariam com “sacrifícios” ao Senhor (Sf 3.10). Ezequiel também previu a continuidade das ofertas no futuro reino (Ez 40.38). Até mesmo Davi, que salientou a necessidade de uma pureza de coração interior, não obstante, no mesmo salmo, falou da necessidade de oferecer “ofertas queimadas” (SI 51.19).

Finalmente, os versículos que parecem falar contra os sacrifícios e as ofertas não os condenam como tais, mas somente condenam as maneiras vãs pelas quais eles estavam sendo oferecidos. Foi o ritual não verdadeiro o que Deus condenou. Eles tinham “forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder” (2ª Tm 3.5). É evidente que esse é o significado desses versículos pelos seguintes fatos: 1) Como acabamos de observar, nos mesmos períodos Deus estava aceitando sacrifícios oferecidos de coração. 2) Também como observado, até mesmo os próprios profetas ofereceram sacrifícios ao Senhor. 3) O profeta Samuel, que foi um dos que se manifestou de forma condenatória (1ª Sm 15.22), ofereceu um sacrifício ao Senhor logo no capítulo seguinte (1ª Sm 16.2,5). 4) As próprias palavras de tais condenações dão a entender que Deus não estava contra os sacrifícios em si. Por exemplo, o profeta Samuel disse: “Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros” (1ª Sm 15.22). Está claro que não se trata de uma condenação dos sacrifícios, mas dos sacrifícios sem um coração obediente.

Fonte: Bíblia de Estudo – Perguntas & Repostas

Divulgação: Eis-me Aqui!

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