Dúvidas Bíblicas - Juízes

Como Deus poderia permitir que Jefté oferecesse a própria filha em holocausto?

Como Deus poderia permitir que Jefté oferecesse a própria filha em holocausto?
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REFERÊNCIA: Juízes 11.29-40

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PROBLEMA: Antes de sair para a batalha contra os filhos de Amom, Jefté fez um voto ao Senhor, no qual ele ofereceria a Deus, em holocausto, quem primeiro da porta de sua casa lhe saísse ao encontro, caso o Senhor lhe concedesse vitória sobre seus inimigos. Quando Jefté retornou, a primeira pessoa que lhe saiu ao encontro foi sua filha. Ele recusou-se a não honrar o voto que havia feito. A Bíblia, no entanto, diz com clareza que o sacrifício humano é uma abominação ao Senhor (Lv 18.21; 20.2-5; Dt 12.31; 18.10). Como é que Deus poderia permitir que Jefté oferecesse sua filha, e ainda relacionou-o entre os campeões da fé em Hebreus 11.32?

SOLUÇÃO: Muitos têm entendido que Jefté ofereceu a vida de sua filha ao Senhor, dada a natureza inviolável de um voto feito a Deus (cf. Ec 5.2-6). E mais, observam que um holocausto envolve o sacrifício de uma vida, e justificam esse procedimento tendo por base que um voto a Deus tem precedência sobre tudo o mais, até mesmo sobre a vida humana (cf. Gn 22). Deus é soberano sobre a vida e a toma quando quer (Dt 32.39), como finalmente o faz (Hb 9.27).

Entretanto, por diversas razões, não é necessário admitir que Jefté tenha oferecido um sacrifício de morte. Primeiro, ele tinha consciência da lei contra o sacrifício humano, e se essa fosse sua intenção quando fez o voto, um sacrifício humano, ele saberia que isso teria sido uma clamorosa rejeição da lei de Deus.

Em segundo lugar, o texto não diz ter ele realmente matado sua filha como holocausto. Isso é apenas inferido por alguns porque ele tinha prometido que quem quer que primeiro saísse de sua casa seria oferecido a Deus “em holocausto” (11.31). Como Paulo mostrou, os seres humanos devem ser oferecidos a Deus como “sacrifício vivo” (Rm 12.1), e não como sacrifício de mortos.

É possível que Jefté tenha oferecido sua filha ao Senhor como sacrifício vivo. Por todo o resto de sua vida ela serviria ao Senhor na casa do Senhor e permaneceria virgem.

Terceiro, um sacrifício vivo de perpétua virgindade era um sacrifício tremendo no contexto judaico daqueles dias. Fazendo voto de perpétua castidade, e sendo dedicada ao serviço do Senhor, ela não poderia jamais ter filhos e assim dar continuidade à linhagem familiar de seu pai. Jefté agiu com muita honra e grande fé no Senhor, não voltando atrás em relação ao voto que havia feito ao Senhor, seu Deus.

Quarto, esse modo de ver a questão apoia-se no fato de que quando a filha de Jefté saiu para chorar por dois meses, ela não saiu para lastimar sua morte iminente. Não, ela saiu e “chorou a sua virgindade” (v. 38).

Finalmente, se ela tivesse de enfrentar a morte ao fim dos dois meses, teria sido muito simples para ela casar-se com alguém e viver com essa pessoa durante os dois meses que antecederiam sua morte. Não havia razão para a filha de Jefté lastimar por sua virgindade, a menos que estivesse com a perspectiva de viver toda uma vida nessa condição. Como Jefté não tinha outros filhos. sua filha não se lamentou acerca de sua virgindade por causa de algum desejo sexual ilícito.

Fonte: Bíblia de Estudo – Perguntas & Repostas

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