Dúvidas Bíblicas - 2ª Tessalonicenses

O ímpio será totalmente aniquilado ou sofrerá um consciente castigo eterno?

O ímpio será totalmente aniquilado ou sofrerá um consciente castigo eterno?
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REFERÊNCIA: 2ª Tessalonicenses 1.9

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PROBLEMA: Algumas passagens das Escrituras, como essa, dizem que o ímpio será “destruído” por Deus, sofrendo “a segunda morte” (Ap 20.14) ou indo para a “destruição” (2ª Pe 3.7). Contudo, em outras passagens o texto fala que os impios sofrerão um consciente tormento (p. ex., Lc 16.22-28). Os que não forem salvos serão aniquilados, ou terão um consciente sofrimento para sempre?

SOLUÇÃO: Nesse versículo, “destruição” não significa aniquilação, pois em caso contrário não seria uma destruição “eterna”. A aniquilação se dá num instante e pronto, terminou. Se alguém sofre uma destruição eterna, então tem de ter uma existência eterna também.

Além disso, a “morte” não significa aniquilação, mas separação. Adão e Eva morreram espiritualmente no momento em que pecaram, contudo ainda continuaram existindo e podiam ouvir a voz de Deus (Gn 2.17; cf. 3.10). De igual modo, antes de alguém ser salvo, ele está “morto em seus delitos e pecados” (Ef 2.1) e no entanto ainda é à imagem de Deus (Gn 1.27; cf. 9.6; Tg 3.9), e é convidado a crer (At 16.31), a arrepender-se (At 17.30) e a ser salvo.

Assim também, quando é dito que o ímpio vai para a “destruição” (2ª Pe 3.7) ou quando Judas é chamado de “filho da perdição” (Jo 17.12), isso não significa que eles sejam aniquilados. A palavra “destruição” (apoleia) significa apenas perecer ou ir à ruína. Carros sucateados já pereceram no sentido de terem sido totalmente arruinados, mas ainda são carros, arruinados como estejam, e ainda permanecem no cemitério de veículos. Fazendo um paralelo, Jesus falou do inferno como um cemitério de sucatas ou um campo de lixo, onde o fogo não cessara jamais, e onde o corpo da pessoa ressuscitada não será consumido (veja os comentários de Mc 9.48).

Finalmente, há várias evidências em favor da consciência eterna do perdido. Primeiro, o rico que morreu e foi para o inferno tinha plena consciência de seu tormento (Lc 16.22-28), e não há indicação no texto de que esse tormento um dia iria terminar.

Segundo, Jesus falou repetidamente que, para as pessoas no inferno, “haverá choro e ranger de dentes” (Mt 8.12; 22.13; 24.51; 25.30), o que indica que elas estarão lá conscientes.

Terceiro, a Bíblia diz que o inferno tem a mesma duração que o céu, ou seja, é “eterno” (Mt 25.41).

Quarto, o fato de o castigo ser eterno indica que as pessoas também são eternas. Não se pode sofrer o castigo, a menos que a pessoa exista para ser punida (2 Ts 1.9).

Quinto, a besta e o falso profeta serão lançados vivos dentro do lago de fogo quando começar o milênio (Ap 19.20), e ainda estarão lá, conscientes e vivos, depois de mil anos (Ap 20.10).

Sexto, as Escrituras afirmam que o diabo, a besta e o falso profeta “serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos” (Ap 20.10). Mas não há como ser atormentado pelos séculos dos séculos sem estar consciente pelos séculos dos séculos.

Sétimo, Jesus repetidamente referiu-se ao inferno como um lugar onde o fogo não se apaga (Mc 9.48), onde os próprios corpos dos impios nunca morrerão (Lc 12.4-5). Mas não faria sentido haver chamas eternas se os corpos não tivessem alma, que é necessária para a pessoa sofrer o tormento.

Oitavo, a mesma palavra usada para o verbo “perecer”, a respeito do impio, no AT (abad) é empregada também a respeito da morte do justo (cf. Is 57.1; Mq 7.2). A mesma palavra é usada para descrever coisas que simplesmente tenham sido perdidas, mas depois encontradas (Dt 22.3), o que prova que “perdido” no texto em questão não significa deixar de existir. Assim, se “perecer” significasse “sofrer uma aniquilação total”, então o salvo seria aniquilado também. Mas sabemos que isso não acontece.

Nono, seria contra a própria natureza dos seres humanos sua aniquilação, já que eles são feitos à imagem e semelhança de Deus, o qual é eterno (Gn 1.27). Para Deus, aniquilar sua imagem no homem seria atacar o reflexo dele mesmo.

Décimo, a aniquilação seria algo que diminuiria tanto o amor de Deus como a natureza do ser humano como uma criatura moralmente livre. Seria como se Deus dissesse ao homem: “Vou permitir que você seja livre somente se fizer o que eu digo! Senão, acabarei de uma vez com sua liberdade e com sua existência!”. Seria como um pai que dissesse ao filho que queria que ele se tornasse médico e, quando o filho decidisse ser guarda florestal, o pai o matasse!

O sofrimento eterno é um eterno testemunho da liberdade e da dignidade do homem, mesmo daquele que não se arrependeu.

Fonte: Bíblia de Estudo – Perguntas & Repostas

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