Apostolado contemporâneo

Refutação ao apostolado contemporâneo [Parte 7]

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7ª Análise: Atos 3:21 – Esta passagem se refere à Restauração dos Apóstolos e Profetas nos dias de hoje?

“O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio.”

Talvez este seja o texto mais utilizado na Bíblia em que os defensores do apostolado contemporâneo utilizam para defender a tão chamada “restauração apostólica”. Eles dizem que: a “restauração de todas as coisas” significa a restauração dos apóstolos e profetas. Com isso, dizem que esta passagem seria profética para o ressurgimento dos mesmos, pois tais dons haviam sido perdidos durante a história da Igreja por causa da “incredulidade e da tradição da Igreja”. (fonte da afirmação: http://fundamentoapostolico.blogspot.com ).

Porém, após uma análise exegética correta nesta passagem, veremos facilmente que esta interpretação dos mesmos está totalmente fora de contexto do sentido original.

Quando o Apóstolo Pedro disse “aos tempos da restauração de tudo”, ele se referia exclusivamente à volta de Jesus. A “restauração” nesta passagem é o “cumprimento” ou “estabelecimento” das profecias ditas pelos profetas (Isaías 34:4; 51:6; 65:17; etc), ou seja, a consumação do reino na volta de Jesus.

Em nenhum lugar nas escrituras encontraremos algum versículo que afirme que os apóstolos e profetas seriam restaurados nos últimos dias, nem no tão utilizado texto de Joel 2:28-31 em que os defensores do apostolado contemporâneo insistem em dizer que seria uma profecia para esta suposta restauração (Clique aqui para ver a refutação referente a esta passagem).

Alguns comentaristas dizem que esta restauração seria a do povo de Israel, da nação Israel, tendo em vista sobre o que é tratado no contexto (clique aqui para entender o contexto). Porém, tal restauração será cumprida “somente” na volta de Jesus Cristo.

Vejamos o que alguns dos melhores e renomados comentários Bíblicos dizem a respeito desta passagem:

É verdade que a messianidade de Jesus ainda não havia sido reconhecida fora da igreja, e não o seria enquanto ele não voltasse. No entretempo, o Senhor deve ficar no céu: “convém que o céu o contenha”, não como se gozasse uma espécie de aposentadoria, mas ei-lo governando a igreja e o próprio mundo até os tempos da restauração (“tempos” é tradução literal; talvez Pedro tenha usado o plural a fim de transmitir a idéia de que o evento ainda estaria muito longe; cp. v. 20) “tempos da restauração de tudo” [por Deus]. Num sentido sumamente importante, a renovação de todas as coisas já havia começado com a primeira vinda de Jesus — e até mesmo antes, com a chegada de João Batista (cp. Malaquias 4:5s.; Mateus 11:14; 17:11). Todavia, o pensamento aqui é o da consumação do reino na volta de Jesus. Esta mensagem havia sido proclamada por Deus há muito tempo por meio de todos os seus profetas (cp. v. 18; Isaías 34:4; 51:6; 65:17; etc).

Fonte: Novo Comentário Bíblico de Atos – David J. Williams

Outro comentário:

Até aos tempos da restauração de todas as coisas (21). Em lugar de restauração (reintegração) leia-se “estabelecimento” ou “cumprimento”. O sentido é: “até ao tempo em que tudo quanto Deus falou pelos profetas tiver sido cumprido”.

Fonte: O Novo Comentário da Bíblia – F. Davison

Portanto, concluímos que não há absolutamente nada neste texto que indique alguma restauração preliminar de apóstolos e profetas antes da vinda de Jesus Cristo. É totalmente equivocado basear-se nesta passagem para afirmar que a mesma atesta a “restauração apostólica”.

Continua a série de refutações nas próximas postagens…

Veja as postagens anteriores desta série de refutações, clicando aqui!

Ruy Marinho
Fonte: [ Bereianos ]

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