Apologética

O Ofíuco da Questão

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Por Cleber Olympio

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Que não levantes os teus olhos aos céus e vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos céus; e sejas impelido a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o SENHOR teu Deus repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus. (Dt 4:14)

O ano de 2011 começou com uma polêmica tida como “assustadora” pela comunidade internacional. Trata-se da inclusão, no Zodíaco, de uma nova constelação, o que em tese terminaria com a suposta “harmonia” de 12 constelações. Essa “nova” constelação é a do Serpentário, também conhecida como Ofíuco (lat. Ophiuchus) e que, na prática, conflita com a Astrologia e sua divisão, tida como equânime, entre as constelações e seus correspondentes signos.

Sobretudo na minha adolescência, fui interessado em observar o céu, e só abandonei o interesse em estudar a Astronomia a fundo por ter de ser, nos dizeres de um antigo professor, “um ótimo químico, um excelente físico e um excepcional matemático”, características que jamais possuí. Nessas observações, que percorriam noites adentro, percebia que, ao menos, uma das partes de Ofiúco cruzava a Eclítica, linha imaginária que passa pelo céu e corta as constelações que, segundo o plano terrestre, teriam o Sol em sua área durante determinado tempo. Como o ciclo anual é de doze meses, para cada um deles os povos antigos elegeram uma constelação, e isso tinha a utilidade prática de marcar as estações do ano, auxiliar na previsão de chegada de estações de seca ou chuvosas, dentre outras, que permitiram, na verdade, a criação e evolução da Meteorologia. Acontece que, de uns 5 mil anos para cá, o eixo da Terra mudou, e consequentemente não enxergamos as constelações tal como eram quando ciências, como a Astronomia e a Meteorologia, foram criadas.

As mudanças foram tão repentinas e sérias que muitos signos, pelo (mau) uso que a Astrologia fez desse conhecimento astronômico, tiveram sua configuração completamente alterada. Alguns, como Escorpião, passaram a ter apenas 6 dias de duração, contra o aproximado 1 mês de antes, uma vez que o Sol cruza-lhe a área apenas durante 6 dias. Quem antes tinha um ascendente em determinado signo viu-se desnorteado, pois agora possui ascendente em outro: seus traços de personalidade, então, segundo esse “embasamento” astrológico, seriam completamente diferentes. Alguém que era, por exemplo, de Áries e poderia antes ser “intuitivo”, hoje é de Touro e seria “agressivo”.

Ora, afinal: a quem interessa essa gama de mudanças? Por que se viram, de uma só vez, todos os astrólogos, enredados por apuros difíceis de se desvencilhar? A explicação está justamente naquilo que lhes faltava, uma base sólida.

Desde há muito tempo sabe-se que os astros mudam de posição, segundo nosso ponto de vista. A Astrologia, entretanto, torna isso algo subjetivo, buscando embasamento “científico” para provar que os astros influem nas vidas de seres humanos que deles distam bastante, tudo sem a menor eficácia. O astrônomo Parke Kunkle, da Sociedade Astronômica do estado de Minnesota (EUA), declarou que o mapa astral de uma pessoa mostra um céu irreal, pois a posição das constelações lá inserida não é a mesma do céu de verdade. Elas, justamente por esse motivo, não têm poder algum de influir na vida e no comportamento de seres humanos, pois não é a posição do Sol numa delas que há de modificar acontecimentos na tão distante e insignificante Terra. O erro astrológico, então, está na origem, no centro de toda discussão e, por mais que teimem os astrólogos, o trabalho da Astrologia não possui eficácia alguma, é relegado ao acaso e à suposição de verdade, que pode dar certo, “desde que a pessoa acredite que vai dar certo”. Diante de abundâncias evidências para se comprovar o absurdo astrológico, por que tantos não saem de casa sem ler o horóscopo do dia?

Vários são os problemas que se podem detectar, quando a pessoa não tem a Deus no centro de sua vida. Desde a queda do homem, em Adão, e a consequente formação de seres humanos distantes da graça e conhecimento divinos, cada qual foi trilhando seus próprios caminhos. Usam do conhecimento adquirido com relativa propriedade – até mesmo por questões de sobrevivência – mas erram, ao lhe darem ares espirituais, de algo revestido de uma pretensa autoridade e eficácia que não detêm, impingindo sobre as pessoas temor de tal sorte que contestar o sacerdote era presságio de mau agouro, desastre na vida pessoal ou mesmo a morte. Não apenas entre os egípcios e babilônicos, que tinham mania de divinizar todo e qualquer elemento natural, mas hoje em dia vê-se o mesmo ranço teológico contaminando a vida das pessoas que, pautadas na ignorância, veem nos astros a resposta para seus problemas existenciais, ou algo em que se apoiar para a tomada de decisões. Se isso fosse problema de ignorância intelectual, não teríamos tantos, famosos até, que possuem acesso enorme ao conhecimento, à cultura e à literatura, mas que devotam suas vidas à puerilidade de investigar, de acordo com os astros, “como será o amanhã”. E se o problema, então, não é de ordem intelectual, há algo que anda faltando nessas vidas: não fosse assim o Senhor não teria dado a expressa ordem de o hebreu jamais se submeter aos elementos naturais, assim como fazia quando estava no Egito.

O problema principal é o afastamento de Deus, ocasionado pelo pecado. Sem Deus o ser humano encontra-se fora de sua natureza original: a natureza decaída tira do homem a sua dignidade, rebaixando-o a uma condição lamentável, colocando-o aquém dos próprios animais por conta de suas atitudes autodestrutivas. A excelência da criação divina foi maculada por algo tão nocivo que lhe tira o discernimento sobre sua própria natureza. Sem a contaminação do pecado, o ser humano percebe que os astros compõem a criação divina, e podem ser admirados por sua beleza, motivos de louvor ao Senhor e úteis para orientação noturna, não para serem adorados e reverenciados como os responsáveis pelas mudanças na vida do homem. Outro problema são as consequências da separação entre o Senhor e o homem: o principal fruto disso é o cultivo do egoísmo, de buscar ver nos astros a resposta para as perguntas essenciais “quem sou eu?”, ou “de onde vim?”, ou “para onde vou?”, e se esquivar da ideia de um Criador entre o ser humano e seus interesses pessoais, traduzidos num relacionamento com o “Cosmo”. Finalmente, traz-se o cultivo da idolatria, uma vez que todas as referências astrológicas têm a referência a supostos poderes dos astros, de influírem no cotidiano humano, respondem-lhes as dúvidas existenciais já expostas e lhes aconselham a tomar decisões, aspectos esses típicos de consulta a um deus qualquer. A Bíblia trata como abominação não apenas a realização de consultas aos astros, mas também a de procurar suas orientações (Dt 17:3-5).

Não há apenas condenação dessa prática, mas sim deve-se mostrar que a única saída da Astrologia é deixar suas teorias, sua desorientação que se pauta em bases extremamente volúveis, enganosas e fracas, e curvar-se ao Senhor Deus que é dono da dinâmica celeste e de cada estrela componente das constelações do Zodíaco. A busca do ser humano por respostas é legítima, assim como a orientação para o cotidiano e o tratamento das suas questões espirituais, e isso não deve ser tratado com a leviandade do pecado, que seduz pelo enaltecimento do ego de quem é incauto – uma vez que os conselhos astrológicos sempre são genéricos e contêm palavras bonitas – e nada traz de bom, a não ser o estímulo ao erro e a condução à morte. Vê-se que a fé em coisas move muitos que procuram amoldar sua personalidade a um suposto signo, e que mesmo diante de comprovações científicas relativas ao erro de alinhamentos de planetas e constelações nos mapas astrais, essas pessoas insistem em permanecer no erro, por sua conveniência e futura condenação.

Um ninho de cobras – um serpentário – fez movimentar outro ninho de cobras. O sistema se boicotou pelo próprio sistema, de astro para astro. O engano se demonstrou patente diante da comunidade internacional. Há como ficar impassível, diante do que a Astrologia se mostrou, nos últimos tempos? Que estes possam olhar além dos astros, planetas e constelações, e descubram a verdade através do Deus Criador de todas as coisas, o único capaz de reger todo o universo.

Fonte: [ Militar Cristão ]

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