Apologética

O Culto Infantil

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Por Denis Monteiro

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Apresentarei neste breve artigo uma defesa do culto infantil e dicas para que não o distorçam, para que às nossas crianças não sejam mais dispersas do que congregantes.

Alguns entendem que o culto infantil é a forma de deixar os pais mais tranquilos na hora da pregação. Engano! Não somente um encontro com seus amiguinhos, o culto infantil é a forma de passarmos às nossas crianças, em uma linguagem menos formal (pastoral teológica), como devemos nos portar diante de um Deus que merece toda honra, glória e louvor.

Defesa

Assim como o eunuco descrito em Atos 8:26-35, as crianças precisam de pessoas que lhe expliquem em sua linguagem as verdades das Escrituras.

Quando Jesus falava as multidões e aos seus discípulos, às vezes transmitia a mensagem em forma de parábolas. A parábola (gr. Parabole) é uma narrativa fictícia, mas apropriada às leis e usos da vida humana, pela qual os deveres dos homens, ou as coisas de Deus, particularmente a natureza e história do reino de Deus, são figurativamente retratados (cf. Mt 7.24-27; Lc 15.8-10). A Palavra de Deus às vezes usa a metáfora para transmitir a sua mensagem. A metáfora é uma linguagem que consiste na transferência da significação própria de uma palavra para outra significação, em virtude de uma comparação subentendida (cf. Sl 42.1). A sinédoque também é usada para transmitir uma parte por um todo, do plural pelo singular (cf. Sl 16.9). E para finalizar, sabendo que existem outros tipos de figuras, existe a prosopopeia que atribui feito e ações de pessoas às coisas inanimadas (cf. Sl 85.10; Is 55.12). Logo, tais tipos de linguagem usados na Palavra de Deus para transmitir a Sua mensagem aos pecadores, também podem ser usados para uma melhor compreensão dos infantes. Se Paulo, ao advertir os Coríntios por serem crianças no entendimento, e por isso não podia dar coisa sólida quanto porque não podiam suportar, quanto mais às nossas crianças. Os símbolos sempre foram usados por Deus para nos mostrar e ensinar algo, por exemplo, a sarça ardente que mostrava a presença de Deus, assim como a Arca da Aliança; Já no NT entendemos as figuras que Deus mostrava ao Seu povo no AT, como a Pedra que saiu água, o Maná, etc. Paulo vai nos dizer que são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo (Cl 2.17 NVI).

Para finalizar esta parte vemos que Jesus aos seus discípulos que fala da figura (imagem) mostrando realidades celestiais e futuras. Jesus diz aos seus discípulos que tudo aquilo que lhes fora dito (Jo 16.25) não seria mais necessário, pois nos falará “abertamente” do Pai. Ou seja, John Gill e o comentário JFB (Comentário de Jamieson-Fausset-Brown) dizem que, tais esclarecimentos destas figuras viriam após o recebimento do Espírito Santo, ou seja, após um “amadurecimento”. Logo, concluímos que o uso de figuras ou animações é válido para transmitir o Evangelho aos pequeninos. Não que nós estejamos “brincando” com o Evangelho, mas que estamos transmitindo a Palavra de Deus de um modo que todos os infantes o entendam, assim como nós, não entenderia o Evangelho sendo proclamado em uma língua desconhecida. Ou seja, a mensagem pregada por nossos pastores são direcionados a um povo que saiba entender, assim como no caso de Esdras (Ne 8.2 “trouxe a Lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres e de todos os que eram capazes de entender o que ouviam.” ARA, ênfase acrescentada).

Testemunho Histórico

“As escolas formais parecem ter aparecido aproximadamente cem anos antes do nascimento de nosso Senhor. Como uma extensão da sinagoga, elas admitiam o menino aos cinco anos de idade, e submetiam-no a um programa de memorização por meio da repetição, concentrada na Torá. Aos Treze anos, essa instrução terminava, pois o menino tornava-se legalmente maior e entrava no grupo dos homens, e assumia as obrigações de recitar o Shema, jejuar regularmente e fazer peregrinações [Observe a imagem abaixo, que na descrição na imagem as crianças ficavam em lugares separados dos adultos com as mulheres]. Alguns rabinos argumentam que as meninas não deveriam ser educadas, mas elas parecem ter adquirido um conhecimento bastante completo das Escrituras; por exemplo, as repetidas alusões de Maria ao Antigo Testamento em seu cântico (Lc 1:46-55). (GROUNDS, Vernon C., Ph.D., Presidente, Conservative Baptist Theological Seminary, Denver, Col. In: Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, pág. 474.)

“Nos tempos do Novo Testamento os judeus haviam adotado um método mais formal de educação. Criaram salas de aula e havia professores qualificados para instruir todas as crianças da aldeia… Desde tenra infância os jovens aprendiam a história de Israel. Na primeira fase da infância, provavelmente a criança memorizava uma declaração de crença e a recitava uma vez por ano, pelo menos, na oferta das primícias… Deste modo os filhos aprendiam que a nação de Israel havia feito aliança com Deus. Esta aliança impunha-lhes certas restrições. Não eram livres para buscar seus próprios desejos, mas tinham responsabilidade perante Deus porque ele os havia redimido. Diligentemente lhes eram ensinadas as diretrizes que Deus lhes dera… [atingindo] idade suficiente para aprender as lições sabáticas, eles se reuniam na “casa do Livro” ― a sinagoga. Aqui eles entravam na sala onde eram guardados os rolos da Tora e preparavam as lições sob a supervisão do Hazzan, o guardador dos rolos. Mais tarde lhes era permitido discutir questões da Lei com os mestres fariseus. Essas discussões constituíam o nível “Secundário” da educação judaica.” (Vida Cotidiana nos Tempos Bíblicos. – Merril C. Tenney; J.I. Packer; William White Jr. Ed. Vida; págs. 51-53).

Dicas

Mesmo sendo um culto infantil, a responsabilidade não pode ser deixada de lado. O culto é composto de oração, leitura da palavra, cântico e pregação (não necessariamente nesta ordem). Ou seja, as crianças em seu culto devem saber o que se faz no culto e como se faz isso. Evite o máximo para que o culto infantil não se torne uma escola bíblica, um piquenique e nem mesmo um lugar que pareça mais um circo do que um culto. Mas que elas saiam de lá, a cada culto, sabendo que há um único Deus que deva ser cultuado “de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças.” (Marcos 12.30).

Divulgação: Bereianos

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